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Occupy Wall Street

18 de novembro de 2011

Em dia especial de resistência, ativistas e polícia entraram em confronto nas ruas de Nova York. Movimento Occupy Wall Street entra no terceiro mês e inspira protestos pelo globo.

Prisões aconteceram em Nova York e outras cidades dos EUAFoto: dapd

Occupy Wall Street, o movimento de protesto contra o poder dos mercados financeiros, entra no terceiro mês nesta sexta-feira (18/11) e continua mobilizando ativistas em diferentes centros econômicos do globo. Na cidade onde a ideia nasceu, Nova York, os protestos não cessam: nesta quinta-feira, mais de 200 manifestantes foram detidos após confrontos com a polícia.

Depois de terem sido retirados de Manhattan, onde estavam instalados na área do parque Zuccotti, milhares de ativistas saíram em passeata pela cidade, num dia especial de resistência batizado como "Day of Action". "Ninguém vai conseguir nos frear. Um outro mundo é possível", gritavam os ativistas sobre a ponte do Brooklyn, em Nova York, durante a passeata, que reuniu, segundo estimativas, 20 mil pessoas.

Eles tentaram bloquear a Wall Street, centro financeiro da cidade, mas foram impedidos pela polícia, que interrompeu o acesso ao local por meio de barricadas nas ruas próximas. Alguns ativistas reclamaram da violência policial. Também em outras localidades dos Estados Unidos, como Los Angeles, Dallas e Washington, houve prisões. Policiais e manifestantes foram feridos durante as manifestações.

Manifestantes do Occupy Wall Street na região do parque ZuccottiFoto: dapd

Na Europa

Em Londres, os manifestantes continuam acampados em frente à catedral Saint Paul – eles ignoraram o prazo dado pela cidade para que deixassem o local. Às 18 horas desta quinta-feira (hora local), limite imposto para que desmontassem as barracas, cerca de 300 ativistas resistiram, levantando apenas as mãos para o ar, protesto que chamaram de "grito silencioso".

O acampamento está sendo observado por policiais, e a administração municipal de Londres ainda não anunciou providências legais contra os manifestantes por não terem respeitado o prazo. Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, a catedral precisou ser fechada por uma semana porque as barracas tomaram o espaço e dificultaram o acesso.

Na Alemanha, o modelo nova-iorquino inspirou movimentos de resistência em Frankfurt, Hamburgo e Berlim. Em Frankfurt, a autorização para o acampamento foi renovada até 27 de novembro, mas em Berlim os manifestantes precisam deixar o local, uma propriedade pública, até o próximo dia 30.

Contra os bancos

Os ativistas instalaram o acampamento em Nova York em 17 de setembro em oposição "poder do dinheiro e à injustiça social". Os manifestantes criticam principalmente o sistema financeiro. Wall Street, onde as principais bolsas de valores dos Estados Unidos estão instaladas, é vista como símbolo máximo desse princípio capitalista.

NP/dpa/afp/rts
Revisão: Roselaine Wandscheer

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