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Polícia e MP investigam denúncia de estupro coletivo no Rio

27 de maio de 2016

Adolescente teria sido violentada por mais de 30 homens, segundo imagens de vídeo que circulava nas redes sociais. Polícia recolhe depoimento dela e inicia investigação do caso, que gera onda de indignação.

Symbolbild Gewalt Frauen Schutz
Foto: picture-alliance/PIXSELL/Puklavec

Uma adolescente de 16 anos que teria sido vítima de um estupro coletivo por mais de 30 homens no morro da Barão, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, foi localizada pelas autoridades brasileiras e conduzida a um hospital nesta quinta-feira (26/05) para exames médicos e periciais.

A jovem também prestou depoimento à polícia. Ela disse ter sido drogada e estuprada por diversos homens após ter ido visitar seu namorado no morro da Barão, no bairro de Jacarepaguá, no sábado passado. Já os familiares da adolescente disseram que ela estava desaparecida desde o início da semana, quando anunciou que sairia para se encontrar com amigos.

Segundo o depoimento da jovem, na madrugada desta quinta-feira, quando acordou, ela viu 33 homens armados de pistolas e fuzis em um imóvel na comunidade. A Polícia Civil do Rio afirmou que dois jovens que aparecem no vídeo e supostamente estariam entre os violadores já foram identificados.

O caso está sendo investigado desde esta quarta-feira, quando várias pessoas denunciaram que, nas redes sociais, circulava um vídeo no qual a jovem aparece nua e desmaiada, com seus órgãos genitais sangrando, enquanto o autor da gravação comenta que ela foi violentada por ao menos 30 pessoas. A Polícia Civil pede que qualquer pessoa com informações sobre o caso entre em contato para denunciar os autores.

De acordo com a polícia, uma pessoa encontrou a adolescente ainda desorientada numa praça em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio, e a transportou em seu veículo até a residência da jovem, seguindo orientações dela mesma. Avisada por familiares de que a menor havia regressado a sua casa, a polícia decidiu levá-la a um hospital para exames periciais, já que abrira investigação sobre o caso e também sobre a divulgação do vídeo pelo Twitter.

De acordo com familiares, a jovem é usuária de drogas e tem um filho de 3 anos. Ela estaria sem consciência plena no momento das violações. Os familiares disseram que ela costumava sair de casa para ir a festas e a lugares de consumo de drogas e desaparecer por alguns dias.

A circulação do vídeo gerou inúmeros protestos, principalmente de grupos feministas, que exigem uma investigação ampla e detalhada do caso. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro recebeu cerca de 800 denúncias, e a direção do Twitter bloqueou o vídeo para impedir sua circulação, assim como a conta da pessoa que inicialmente o divulgou.

O Ministério Público advertiu que também investigará as pessoas que compartilharam o vídeo nas redes sociais e as que fizeram comentários ofensivos.

AS/efe/abr