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Polícia encontra letreiro

21 de dezembro de 2009

Letreiro roubado na última semana foi encontrado partido em três num bosque na Polônia. Segundo a polícia, os suspeitos não pertencem a grupos neonazistas.

Letreiro roubado na entrada de Auschwitz foi substituído por uma réplicaFoto: picture alliance/dpa

A polícia polonesa recuperou o letreiro do portão de entrada do antigo campo de extermínio de Auschwitz, roubado na sexta-feira (18/12). A televisão estatal polonesa informou nesta segunda-feira (21/12) que foram detidos cinco suspeitos.

O letreiro, encontrado num bosque no norte da Polônia, foi partido em três pedaços. Segundo o chefe das investigações, Andrei Rokita, os cinco detidos, entre 20 e 39 anos de idade, não pertencem a grupos neonazistas.

Entrada do museu-memorial de AuschwitzFoto: AP

Eles foram levados a Cracóvia para interrogatório. A polícia está investigando se eles pretendiam vender os pedaços do letreiro a extremistas de direita. A prisão, na noite de domingo, foi possibilitada pela ajuda da população, que forneceu às autoridades mais de 100 pistas.

Se forem considerados culpados, os suspeitos poderão pegar uma pena de até dez anos de prisão. Um deles é proprietário de uma pequena loja de materiais de construção, enquanto os outros quatro são desempregados.

Símbolo do cinismo nazista

O letreiro com a frase "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta), de cinco metros de comprimento e 40 quilos de peso, havia sido desparafusado de um lado e arrancado do outro.

Crianças sobreviventes em janeiro de 1945Foto: AP

O desaparecimento da placa metálica provocou fortes protestos internacionais, principalmente por parte de Israel. No domingo, o premiê israelense, Benjamin Netanjahu, salientou o caráter simbólico da inscrição e sua relevância histórica para o mundo, lembrando que "ela é a lápide de mais de um milhão de judeus".

O Centro Simon Wiesenthal, entidade que se dedica à busca de criminosos de guerra nazistas, qualifica o cínico letreiro como "marcante símbolo do Holocausto". No antigo campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, cerca de um milhão e meio de pessoas foram assassinadas, em sua maioria judeus do Leste Europeu. O campo nazista foi libertado pelos soviéticos em 27 de janeiro de 1945.

RW/ap/rtrs/dpa

Revisão: Simone Lopes

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