Polícia faz balanço positivo do carnaval de Colônia
Alexandre Schossler9 de fevereiro de 2016
Número de denúncias de crimes sexuais aumentou em relação ao ano passado, passando de 21 para 51. Chefe da polícia avalia que reforço na segurança do Carnaval mais famoso da Alemanha trouxe bons resultados.
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A polícia de Colônia, no oeste da Alemanha, contabilizou 51 denúncias de crimes sexuais durante os cinco dias de Carnaval, incluindo casos de estupro. O número é mais que o dobro dos 21 casos registrados em 2015, afirmou o órgão nesta terça-feira (09/02).
Para a polícia, o aumento se deve à maior presença de policiais nas ruas e também à uma maior disposição das vítimas para registrar queixas.
Entre os carnavalescos e as autoridades havia o temor de que o número de crimes sexuais aumentasse depois dos ataques do tipo ocorridos durante a festa de Ano Novo nas proximidades da Catedral de Colônia e da estação central de trens da cidade.
O chefe da polícia de Colônia, Jürgen Mathies, avaliou que os policiais trabalharam "muito bem". Segundo as autoridades, o número final ainda pode ser alterado com novas denúncias que devem chegar nos próximos dias.
De acordo com a polícia, os agentes tiveram que intervir mais do que ano passado, expulsando foliões que se envolveram em algum tipo de crime ou que tiveram mau comportamento – foram cerca de 1.300 expulsões, 800 a mais do que em 2015.
O número de pessoas mantida sob custódia policial dobrou em relação ao ano passado, subindo para 414, e 93 suspeitos de crimes foram detidos, o triplo do ano anterior.
O contigente de policiais nas ruas, cerca de 2.000, foi mais do que o dobro dos anos anteriores. O esquema de segurança também foi reforçado com a participação de agentes da polícia federal alemã. A prefeitura de Colônia também instalou um centro de apoio a mulheres vítimas de abusos no centro da cidade.
"O equilíbrio entre a maior segurança possível e a liberdade dos foliões foi bem sucedido", afirmou Wolfgang Wurm, presidente do Departamento de Polícia Federal de Sankt Augustin, cidade que integra a região administrativa de Colônia.
Cancelamentos
O principal inimigo do Carnaval alemão neste ano foi a tempestade Ruzica, que trouxe ventos de mais de 100 quilômetros por hora ao oeste do país.
Depois do alerta do Serviço Meteorológico Alemão, a parada Rosenmontag (Segunda-feira das Rosas) foi cancelada em Mainz e Düsseldorf. Em Colônia, os tradicionais desfiles ocorreram com restrições – cavalos, bandeiras e adereços grandes nos carros carnavalescos foram proibidos por medidas de segurança.
O Comitê de Carnaval de Düsseldorf informou nesta terça que decidiu transferir os desfiles da Rosenmontag para este sábado (13/02).
KG/dpa/rtr/ots
Termos indispensáveis no Carnaval de Colônia
O dialeto "Kölsch" não é fácil de entender, mesmo para os alemães. Se você é um dos milhões de turistas que vão a Colônia para os "dias da loucura", uma pequena ajuda na comunicação com os foliões locais – os "Jecken".
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Fastelovend, Fasteleer
Ambos são termos para "Carnaval" no dialeto coloniano. A temporada carnavalesca ("Session") de Colônia já é inaugurada em 11 de novembro, às 11h11. Porém a "quinta estação" ou "dias da loucura" propriamente ditos começam na quinta-feira antes do Carnaval, com o Weiberfastnacht (Carnaval das mulheres) e vai até a Quarta-Feira de Cinzas.
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Jecken
Só uma questão de nome: os foliões de Colônia são denominados "Jecken", mas apresentam a mesma disposição para se fantasiar e "encher a cara" que seus colegas em outras partes do mundo. No resto do ano, "Jeck" quer dizer "louco". Uma reação comum quando os colonianos se deparam com um absurdo é: "Bist du eijentlich jeck?" – "Está maluco?"
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Kölsch
Além de significar "coloniano" e designar o dialeto local, "Kölsch" é o nome da cerveja de Colônia. No Carnaval, para evitar acidentes, os tradicionais copos cilíndricos e delgados de 200 ml são substituídos pelos de plástico. Garrafas são proibidas em certos locais. Dica: nos bares ("Kneipe"), nessa época, só se paga com vales comprados à entrada. Isso evita que o garçom perca tempo com o troco.
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D'r Zoch kütt!
Aí vem o desfile de Carnaval! Carros alegóricos com engraçadas esculturas de papel machê e gente que acena e atira flores e doces. Nas ruas estão os foliões, música e grupos de dança. Além do desfile da segunda-feira ("Rosenmontagszug"), o ponto alto do Carnaval, há um importante desfile de bairros e escolas no centro da cidade no domingo. Nos bairros, há desfiles menores de domingo a terça.
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Kamelle
Balas e doces são a clássica "munição" carnavalesca, arremessada dos carros alegóricos para a multidão. Hoje em dia, o termo "kölsch" "Kamelle" foi ampliado para designar todo tipo de guloseimas: sacos de pipoca e batatinhas fritas, ursinhos de goma, waffles, barras de chocolate inteiras. Por vezes, a generosidade dos clubes é tão grande, que um ou outro folião sai machucado.
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Strüssjer
Pequenos buquês de flores também são distribuídos ou atirados durante o desfile. Quem consegue ficar na primeira fila do desfile da segunda-feira e grita mais alto "Strüssjer!! Kamelle!!" costuma se dar bem, podendo ganhar até mesmo uma beijoca.
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Bützcher
Beijar a torto e a direito é outra peculiaridade da "Fastelovend": completamente estranhos distribuem "Bützcher" à vontade, até mesmo em policiais, sem qualquer consequência mais grave. A não ser uma maquiagem radicalmente borrada, em caso de entusiasmo beijoqueiro extremo.
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Schunkele un danze
No Carnaval renano ouve-se da marcha militar à valsa – passando até por um samba ou outro. Cada um dança ("danze") como quer e pode. Uma variante especial é o "Schunkele", em que os "Jecken" se engancham os braços e balançam de um lado para o outro. "Ich ben ene Räuber", "Mir sinn kölsche Mädcher", "Blootwoosch, Kölsch un en lecker Mädcher" constam entre os "Schunkellieder" mais apreciados.
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Jet ze müffele
"Algo para comer" é especialmente importante em caso de alto consumo de cerveja. Os pratos típicos de Colônia incluem "Flönz" (morcela vermelha), "Halver Hahn" (pão de centeio com queijo – embora o nome signifique, na verdade, "meio frango"), "Hämcher" (joelho de porco) e "Rievkooche" (bolinho de batata), além das onipresentes "Frikadellen" (almôndegas, na foto) e "Pommes" (batatas fritas).
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Weetschaff
Praticamente todos os bares ("Kneipe", ou "Weetschaff, em "kölsch") da cidade participam da festa que dura seis dias seguidos. Em geral os donos retiram o mobiliário, para deixar livre uma grande pista de dança, e decoram tudo. Em muitos locais só se ouve música coloniana, outros também tocam sucessos alemães, pop e rock. As filas diante dos mais tradicionais chegam a se estender por 300 metros.
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Decke Trumm
O tocador leva o "tambor gordo" pelas ruas preso ao corpo com um cinto e percute a pele com uma baqueta grande e fofa. O "Decke Trumm" é parte inalienável do Carnaval de Colônia: é ele que marca o ritmo das canções tradicionais e mantém os foliões – mais ou menos – na linha.