Polícia francesa continua busca por suspeita de ataque
10 de janeiro de 2015
Companheira de Amedy Coulibaly, que matou quatro pessoas ao invadir mercado kosher em Paris, é o principal alvo das autoridades. França continua sob alerta máximo de segurança, afirma ministro do Interior.
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Após uma reunião no Palácio do Eliseu neste sábado (10/01) , o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, afirmou que a França continua sob alerta máximo de segurança, enquanto a polícia prossegue com as buscas a uma mulher suspeita de ligação com os ataques dos últimos dias em Paris.
Hayat Boumeddiene era a companheira de Amedy Coulibaly, que invadiu um mercado de produtos kosher no leste de Paris nesta sexta-feira, fazendo vários reféns. Quatro deles e Coulibaly foram mortos na operação policial. A polícia disse que Boumeddiene poderia estar "armada" e ser "perigosa".
A jovem de 26 anos é suspeita de ser a cúmplice de Coubaily no assassinato de uma oficial de polícia no sul de Paris nesta quinta-feira. A polícia também suspeita que ela tenha tido alguma participação na invasão do mercado de produtos kosher, ainda que não tenha sido identificada entre os mortos e feridos.
O procurador da República François Molin afirmou à imprensa que cerca de quinhentas ligações telefônicas teriam sido feitas do telefone celular de Boumeddiene para o da esposa de Cherif Kouachi, um dos irmãos que perpetraram o ataque ao semanárioCharlie Hebdo.
Durante a invasão do mercado, o próprio Coulibaly confirmou, num telefonema a uma rede de televisão francesa, que havia coordenado os ataques com os irmãos Kouachi.
Molin informou ainda que outros cinco indivíduos estão sob custódia policial, sob suspeita de ligação com os eventos dessa semana. A identidade dessas pessoas não foi divulgada.
Após reunião de segurança com o presidente François Hollande e os principais ministros do governo francês, Cazeneuve afirmou que ao menos 320 forças de segurança adicionais estão de prontidão e que a vigilância continuará intensa, principalmente nos locais religiosos.
Ele disse também que há planos para o reforço da segurança na marcha marcada para este domingo na capital francesa, em homenagem às vítimas dos ataques.
Vários líderes europeus já confirmaram presença no evento, entre eles a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, o premiê britânico, David Cameron, e os primeiros-ministros italiano, Matteo Renzi, e espanhol, Mariano Rajoy.
RC/afp/dpa
A caçada aos terroristas na França
Em imagens, o cerco realizado pela polícia francesa em busca dos autores do atentado contra a redação do semanário satírico "Charlie Hebdo".
Foto: A. Gelbard/AFP/Getty Images
Fim do cerco
Em Dammartin-en-Goële, a cerca de 40 km de Paris, polícia invadiu a fábrica onde os irmãos Kouachi estavam há horas entricheirados e matou ambos. O refém que eles mantinham em seu poder foi resgatado a salvo. Na operação, a polícia usou recursos, como a explosão mostrada na foto, para distrair os terroristas.
Foto: P. Le Segretain/Getty Images
Megaoperação
Forças de segurança estiveram envolvidas em duas operações policiais, nesta sexta-feira (09/01): uma é a caçada pelos irmãos Kouachi, encerrada numa fábrica a 40 quilômetros de Paris, na cidade de Dammartin-en-Goële e o sequestro em uma minimercado, no leste da capital francesa.
Foto: M. Piasecki/Getty Images
Reféns libertados
Homem é escoltado ao deixar o mercado de produtos kosher onde um homem, identificado inicialmente como Amedy Coulibaly, mantinha reféns. O terrorista foi morto pela polícia, numa operação simultânea à realizada em Dammartin-en-Goële.
Foto: AFP/Getty Images/T. Samson
Estado de sítio
Principais vias do leste de Paris foram fechadas aos trânsito, depois que homem armado faz reféns em minimercado judaico de Paris. Sequestrador seria o mesmo que matou uma policial no dia anterior.
Foto: picture alliance/dpa/Jb Quentin
Os suspeitos do sequestro em mercado judaico
Amedy Coulibaly (esq.) seria, segundo a imprensa francesa, o responsável pelo ataque ao minimercado kosher e pela morte, na quinta-feira, de uma policial. A mulher Hayat Boumeddiene é considerada cúmplice e está em fuga.
Foto: picture-alliance/French Police/Handout
Reféns em mercado judaico de Paris
Policiais abordam motoqueiros durante blitz em Paris. Eles violaram o bloqueio feito ao redor do mercado judaico, onde pelo menos seis pessoas foram mantidas reféns.
Foto: Reuters/Y. Boudlal
Perseguição nos arredores de Paris
Os suspeitos, que estavam no norte da França, roubaram um carro do modelo Peugeot 206 em Montagny-Sainte-Felicite, de uma mulher que disse ter reconhecido os irmãos. Depois, eles rumaram para os arredores de Paris, onde foi iniciada a perseguição.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Cerco a Dammartin-en-Goële,
Um comboio de segurança e helicópteros rumam para Dammartin-en-Goële, cerca de 40 quilômetros a nordeste de Paris, para uma operação de captura dos dois irmãos suspeitos de cometerem o atentado ao semanário Charlie Hebdo, Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Cerco ampliado
Polícia faz a segurança em Reims, durante uma investigação em um prédio na cidade, localizada no norte da França. Durante a madrugada de quarta-feira, um dos suspeitos, de 18 anos, se entregou às autoridades perto da fronteira com a Bélgica.
Foto: Reuters/J. Naegelen
Em fuga para o norte
A polícia trabalha com a possibilidade de que os dois irmãos tenham fugido para o norte. Eles foram vistos perto de um posto de gasolina nos arredores de Villers-Cotteret. Na foto, atiradores patrulham os subúrbios de Reims, também no norte da França.
Foto: Getty Images
Pista
Isolamento policial no posto de gasolina no norte da França onde os irmãos Cherif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, foram vistos dentro de um carro. Eles são os principais suspeitos de terem cometido o atentado contra o "Charlie Hebdo".
Foto: Reuters/P. Rossignol
Susto em Estrasburgo
Policial examina mala abandonada perto da universidade de Estrasburgo, na Alsácia. O objeto foi checado, e a ameaça se tratou de um alarme falso.
Foto: Reuters/Vincent Kessler
Segurança reforçada
Em pontos turísticos da capital francesa, como o Museu do Louvre, homens fortemente armados passaram a fazer a segurança. Após o atentado de quarta-feira, as autoridades deixaram claro que ainda há risco de outros ataques.
Foto: Reuters/G. Fuentes
Carro abandonado
Após o atentado, a polícia encontrou o carro usado pelos atiradores no 20º Arrondissement de Paris, região com grande população de imigrantes. O veículo havia sido roubado. A suspeita é de que, após abandoná-lo, os terroristas tenham seguido para o norte do país. Na foto, policiais durante a caçada aos atiradores na capital francesa.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Os irmãos Kouachi
Os irmãos Said e Cherif Kouachi são considerados os principais suspeitos. Segundo o jornal "Metro", Cherif era conhecido das autoridades e chegou a ser acusado em 2005 por fazer parte de uma organização jihadista que recrutava jovens para combater no Iraque. Ele teria sido sentenciado a 18 meses de prisão, em 2008.
Foto: picture-alliance/dpa/French Police/Handout
Identificados
Os terroristas foram identificados como os irmãos Said e Cherif Kouachi, de 34 e 32 anos, e Hamyd Mourad, de 18 anos, todos cidadãos franceses. Mourad, inicialmente suspeito de ter dirigido o carro no qual os dois atiradores fugiram, se apresentou a uma delegacia e negou envolvimento no ataque.