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Polícia francesa encontra material explosivo no sul de Paris

23 de novembro de 2015

Autoridades divulgam descoberta de cinturão de explosivos numa lixeira em Montrouge, um subúrbio da capital. Local é próximo de onde um telefone usado pelo fugitivo Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques.

Polícia francesa isola área em que um cinto de explosivos foi encontrado, em subúrbio ao sul de Paris
Foto: Reuters/E. Gaillard

Um cinturão de explosivos sem o detonador foi encontrado numa lixeira pública em Montrouge, um subúrbio ao sul de Paris, comunicou a polícia francesa nesta segunda-feira (23/11). O objeto foi encontrado "ao final da tarde num caixote de lixo" por um gari numa pilha de entulho, segundo os policiais.

O local da descoberta é perto de onde um telefone usado pelo suspeito Salah Abdeslam foi detectado na noite dos ataques. Abdeslam, um belga de 26 anos e cujo irmão se explodiu durante os atentados de Paris, tem estado em fuga desde os ataques, que mataram 130 pessoas em 13 de novembro. Ele é o foco de uma caçada humana na França e na Bélgica.

Investigadores inicialmente acreditavam que Abdeslam estava dentro do Seat preto usado no tiroteio em restaurantes e cafés nos arrondissements (bairros) 10º e 11º da capital francesa. Uma fonte próxima à investigação, no entanto, disse que o celular de Abdeslam foi detectado após os ataques no 18º arrondissement, no norte de Paris, perto de onde um veículo Renault Clio abandonado e que havia sido alugado pelo suspeito.

A fonte afirmou que agora existe uma "forte suspeita" que Abdeslam esteve dirigindo o Clio em vez do Seat. Além disso, ao reivindicar a responsabilidade pelos ataques, a organização terrorista do "Estado Islâmico" (EI) afirmou que tinha como alvo o Stade de France, a casa de shows Bataclan e os arrondissements 10º e 11º – assim como o 18º.

Porém, como não houve tiroteio ou explosões no 18º arrondissement, investigadores estão agora trabalhando com as hipóteses de que houve uma falha ou que Abdeslam abortou sua participação nos ataques como homem-bomba.

Apesar do celular de Abdeslam ter sido detectado por uma torre de telefonia em Chatillon, perto de Montrouge, investigadores ainda são cautelosos em conectar Abdeslam ao cinto de explosivos. "A tese de que ele abandonou [o ataque] está vindo de pessoas que o levaram de volta [à Bélgica]. Mas nós não sabemos por quê. Talvez ele teve um problema técnico com seu cinto de explosivos, por exemplo", disse a fonte policial.

PV/lusa/rtr/ap

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