Forças de segurança francesas impedem preparação de atentado, com a prisão de um suspeito de terrorismo. Segundo ministro do Interior Bernard Cazeneuve, plano já estava em "estado avançado".
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Em declaração ao vivo na TV, na noite de quinta-feira (24/03), o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou a prisão de um homem que provavelmente estaria preparando um atentado em território francês.
O suspeito de 34 anos identificado como Reda Kriket foi preso nos arredores de Paris, enquanto forças do serviço de inteligência francês (DGSI) vasculhavam um apartamento em Argenteuil, no departamento de Val-d'Oise.
Parte de uma rede terrorista
O ministro do Interior francês falou de uma prisão importante. De acordo com o ele, a pessoa em questão é francesa e está sob suspeita de desempenhar um papel relevante no planejamento do atentado. "O suspeito estaria envolvido numa rede terrorista que quer atacar a França", afirmou Cazeneuve, acrescentando que a detenção por parte do serviço de inteligência teria sido precedida de semanas de intensas investigações.
Bernard Cazeneuve disse ainda que até agora não existe nenhuma evidência tangível de uma conexão com os ataques de Paris e Bruxelas. "A investigação em curso irá esclarecer os contornos dessa ação criminosa e possíveis cúmplices."
Fontes policiais que preferiram ficar no anonimato afirmaram, no entanto, que o suspeito estaria sendo procurado na Bélgica, onde foi considerado culpado, à revelia, junto a Abdelhamid Abaaoud e outros, por fazer parte de uma rede de recrutamento para o jihad na Síria. As autoridades identificaram Abaaoud como o mentor dos ataques em Paris, que provocaram a morte de mais de 130 pessoas em novembro do ano passado. Abaaoud foi morto pela polícia alguns dias após os ataques.
Quase 80 prisões
Cazeneuve informou que o prédio residencial em Argenteuil foi esvaziado e que especialistas em explosivos estariam preparando a busca do apartamento e das áreas de uso comum do edifício. O ministro não forneceu mais detalhes, informando que seria tarefa do Ministério Público francês se pronunciar, caso ache sensato.
O ministro salientou que, desde o início do ano, 75 pessoas foram detidas na França em conexão com atividades terroristas. Contra 37 delas, já foram iniciados processos judiciais.
CA/dpa/afp/dw
Luto em Bruxelas
No dia seguinte aos atentados terroristas de 22 de Março, a capital belga presta homenagens às mais de 30 vítimas, com flores, velas e um minuto de silêncio. Cidades como Paris e Berlim também manifestam solidariedade.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Minuto de silêncio
A Place de la Bourse é um tradicional ponto de encontro de Bruxelas. Esta vista aérea dá uma ideia melhor da multidão reunida para homenagear as vítimas do terrorismo na capital belga.
Foto: Getty Images/AFP/K. Tribouillard
Praça da Bolsa
Pessoas observam um minuto de silêncio no largo da Place De La Bourse, a Praça da Bolsa, no centro de Bruxelas, em homenagem às vítimas dos atentados terroristas de 22 de março de 2016.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Homenagem oficial
Diversas autoridades europeias participaram das homenagens na capital belga. Na foto, à frente, aparecem o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, o rei Filipe da Bélgica, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a rainha Matilde da Bélgica e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
Foto: Reuters/F. Lenoir
Manneken Pis
Flores foram depositadas diante da estátua Manneken Pis, uma das principais atrações turísticas da capital belga.
Foto: Reuters/V. Kessler
Grande comoção
Logo depois dos ataques, as pessoas começaram a se reunir em homenagem às vítimas na capital belga.
Foto: Reuters/C. Platiau
Flores e velas
Logo cedo já havia muitas flores e velas neste memorial improvisado diante do antigo prédio da bolsa de valores, na Place de la Bourse.
Foto: picture-alliance/empics
Cada vez mais homenagens
O memorial improvisado na Place de la Bourse foi tomando forma ao longo da noite depois dos atentados terroristas.
Foto: Getty Images/C. Furlong
"Je suis Bruxelles"
A expressão de solidariedade "Je suis Bruxelles" (eu sou Bruxelas) ganhou força depois dos ataques na capital belga. Trata-se de uma referência à frase "Je suis Charlie", usada após o atentado ao jornal "Charlie Hebdo", em Paris, em 2015.
Foto: Getty Images/C. Furlong
Solidariedade pelo mundo
Em diversas cidades, monumentos foram iluminados em solidariedade às vítimas dos atentados terroristas em Bruxelas. Em Berlim, o Portão de Brandemburgo exibia as cores da bandeira belga.
Foto: Reuters/F. Bensch
Paris abalada
Na capital francesa, atingida por ataques terroristas há apenas quatro meses, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da Bélgica.