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Polícia invade hotel no Mali e liberta 80 reféns

20 de novembro de 2015

Estima-se que mais de 130 pessoas ainda estejam dentro do hotel. Homens armados invadiram local gritando em árabe "Alá é grande". Ação deixou pelo menos três mortos.

Mali Geiselnahme Hotel in Bamako
Foto: H. Kouyate/AFP/Getty Images

A emissora estatal do Mali informou nesta sexta-feira (20/11) que as forças especiais do país invadiram um hotel de luxo na capital Bamako e libertaram pelo menos 87 dos 170 reféns mantidos por atiradores que atacaram nesta manhã.

A rede de hotéis Radisson disse ainda que 125 hóspedes e 13 funcionários ainda estão dentro do hotel, mas nem todos são mantidos em poder dos terroristas. A companhia aérea Air France afirmou, por exemplo, que seus funcionários hospedados no local estão em "um lugar seguro".

Segundo a Radisson, dois homens teriam atacado o local. A agência de notícias Reuters, citando fontes da segurança, afirma que cerca de dez atiradores participam da ação. Eles teriam entrado no local atirando e gritando "Allahu Akbar" (Alá é grande, em árabe). Testemunhas relataram ter ouvido os atiradores falando em inglês.

Pelo menos três pessoas morreram e dois seguranças do hotel ficaram feridos no ataque. Fontes de seguranças disseram que os atiradores são jihadistas que entraram no local usando um veículo com placa diplomática. A identidade dos atiradores e o grupo a que pertencem ainda são desconhecidos.

A agência estatal de notícias chinesa Xinhua anunciou que diversos turistas chineses estão entre os reféns. Também haveria franceses, americanos e indianos entre eles. A companhia aérea Turkish Airlines divulgou que seis de seus funcionários estão entre o grupo detido no hotel.

Além da polícia, forças integrantes da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no Mali (Minusma) e militares franceses estão no local.

O ataque ocorreu no hotel Radisson Blu, localizado a oeste do centro da cidade, em uma região onde ministros e diplomatas moram.

Em 2012, o norte do Mali foi ocupado por milícias islâmicas, alguns ligados à Al Qaeda. Embora eles tenham sido expulsos por uma operação militar liderada pela França, a violência esporádica continua.

Apesar de um acordo de paz firmado em junho entre o governo de Mali e diversos grupos armados, entre eles rebeldes tuaregues, extremistas ainda promovem ataques no país.

Em março, um atentado em casa noturna em Bamako deixou dois europeus e três malineses mortos.

CN/rtr/afp/dpa/ap

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