Polícia pede que Netanyahu seja acusado de corrupção
2 de dezembro de 2018
Primeiro-ministro de Israel nega acusações "de suborno, fraude e abuso de confiança" contra ele e sua esposa num caso de manipulação da mídia. Líderes da oposição exigem demissão de premiê e antecipação de eleições.
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A polícia de Israel recomendou neste domingo (02/11) que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu seja acusado no caso conhecido como 4000, que investiga se ele recebeu cobertura positiva do site de notícias Walla em troca de favores a seu proprietário, informou a polícia em comunicado.
A polícia afirmou ver indícios suficientes para acusar o chefe de governo "de suborno, fraude e abuso de confiança" e também para o indiciamento do acionista majoritário do grupo Bezeq e do site de notícias Walla, Shaul Elovitch.
"A principal suspeita é que o primeiro-ministro aceitou suborno e agiu num conflito de interesses, intervindo e atuando em decisões reguladoras que favoreceram Shaul Elovitch e o Grupo Bezeq, e, ao mesmo tempo, exigiu direta e indiretamente interferir no conteúdo do site Walla de forma que se beneficiasse", afirmou a polícia na nota.
Segundo a polícia israelense, "a evidência no caso indica que a relação entre o primeiro-ministro e seus associados próximos com o senhor Shaul Elovitch foi uma relação de suborno".
A polícia acredita que o chefe de governo israelense e seus associados "intervieram de maneira flagrante e contínua, e em algumas ocasiões inclusive diariamente, no conteúdo publicado pelo site Walla News, e também tentaram influenciar na nomeação de altos funcionários (editores e repórteres)" entre 2012 e 2017.
Essas intervenções "tiveram como objetivo promover os interesses pessoais do primeiro-ministro mediante a publicação de artigos e fotos aduladoras, eliminando o conteúdo crítico sobre ele e sua família".
A polícia conclui que "há indícios suficientes para sustentar as suspeitas contra as partes envolvidas". No caso do primeiro-ministro, por cometer "crimes de suborno, fraude e abuso de confiança e aceitar de maneira fraudulenta as circunstâncias agravantes". Quanto à sua mulher, Sara, os investigadores também consideram que há provas para uma acusação de "suborno, fraude, abuso de confiança e a interrupção de procedimentos de investigação e judiciais".
Em fevereiro, a polícia israelense recomendou ao Ministério Público que acusasse Netanyahu de suborno, fraude e abuso de confiança em outros dois casos pelos quais ele era investigado há um ano.
Benjamin Netanyahu negou neste domingo o seu envolvimento e o de sua esposa no caso de corrupção conhecido como 4000. "Tenho certeza que, também desta vez, as pessoas competentes, depois de investigarem o assunto, chegarão à mesma conclusão: que não vão encontrar nada porque não há nada", declarou Netanyahu através do Twitter.
O chefe do governo israelense afirmou que essas recomendações "não têm nenhum peso judicial" e que em ocasiões anteriores, que também envolviam personalidades públicas, elas foram rejeitadas "de forma absoluta".
"As recomendações da polícia a respeito da minha mulher e de mim não causam surpresa a ninguém, nem o momento preciso em que foram feitas públicas. Estas foram decididas e vazadas inclusive antes do início das investigações", escreveu o premiê.
Depois da recomendação da polícia, líderes da oposição pediram neste domingo a demissão de Netanyahu acusado de corrupção e solicitaram que as eleições sejam antecipadas.
"Suborno! A polícia israelense recomenda a apresentação de uma acusação de suborno contra o primeiro-ministro Netanyahu, que deve sair antes que ele destrua as agências de segurança para salvar a sua própria pele. O povo judeu merece uma liderança limpa. Eleições já", exigiu na sua conta do Twitter Tzipi Livni, líder do Campo Sionista, principal força de oposição no Parlamento em Tel Aviv.
"Netanyahu se transformou num peso para Israel. Deve renunciar. Um primeiro-ministro com tantos casos de corrupção em seu entorno não pode continuar no cargo e deve renunciar. Uma pessoa movida por uma obsessão mórbida em relação ao que é dito sobre ela nos veículos de comunicação não pode dirigir o Estado de Israel", criticou o secretário-geral do partido trabalhista, Avi Gabai, também no Twitter.
Por sua vez, a presidente do partido de esquerda Meretz, Tamar Zalber, afirmou que se trata da terceira "situação de suborno e a mais grave. O primeiro-ministro israelense, que está envolvido num dos casos mais graves, não pode continuar nem mais um dia no cargo. Deve renunciar hoje, Israel tem que realizar eleições".
Já o líder da Lista Unida, o deputado árabe Ayman Odeh, afirmou que o lugar de Netanyahu "é na prisão e, claro, não na residência do primeiro-ministro. Um primeiro-ministro que só está ocupado em divulgar o ódio e o medo, e os interesses próximos de sua família, já perdeu sua legitimidade. Deve ser expulso imediatamente".
Especula-se agora a possibilidade de esta situação resultar na convocação de eleições antecipadas, apenas algumas semanas depois que Netanyahu conseguiu evitá-la, devido à crise gerada pela renúncia de Avigdor Lieberman como ministro da Defesa e que deixou o governo de coalizão com maioria simples no Parlamento.
CA/efe/lusa
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Marco Aurélio decide libertar presos em 2ª instância
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF) pegou o mundo político e jurídico de surpresa ao conceder uma liminar que suspendeu o cumprimento de pena para condenados em 2ª instância. A medida poderia beneficiar presos da Lava Jato, como o ex-presidente Lula. Mas a decisão durou menos de cinco horas. Acabou sendo revogada no mesmo dia pelo presidente do STF, Dias Toffoli. (19/12)
Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF
Primeiro-ministro belga renuncia
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, anunciou sua renúncia diante do Parlamento. A administração de Michel vinha enfrentando dificuldades desde que um dos partidos que fazia parte sua coalizão abandonou o governo no início de dezembro por não concordar com a adesão do país ao Pacto para a Migração da ONU. Desde então, Michel vinha liderando um frágil governo de minoria. (18/12)
Foto: picture-alliance/dpa/Belga/V. Dufour
ONU aprova pacto global sobre refugiados
As Nações Unidas aprovaram um pacto global sobre refugiados. Ao todo, 181 países votaram a favor, enquanto EUA e Hungria foram contrários. República Dominicana, Eritreia e Líbia se abstiveram. O pacto procura promover uma resposta internacional adequada aos fluxos em massa e situações prolongadas de refugiados. No final de 2017, existiam quase 25,4 milhões de refugiados no mundo. (17/12)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Elias
Pássaros sul-americanos invadem Norte alemão
A única população selvagem de emas da Europa, na fronteira entre os estados alemães de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental e Schleswig-Holstein, aumentou recentemente de 205 para 566..Parentes sul-americanas da avestruz, elas crescem até 1,7 metro de altura, pesando até 40 quilos. Os fazendeiros não gostam das aves gigantes, que estão devorando suas plantações de colza e cereais. (16/12)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Júbilo em Katowice
Michal Kurtyka, presidente da COP24, pula de alegria. Após 13 dias de encontros e intensas negociações, 197 países encerraram a Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas com "livro de regras" que permitirá implementar o Acordo de Paris, regendo a luta contra o aquecimento global nas próximas décadas, numa importante etapa para a política climática internacional. (15/12)
Foto: Reuters/K. Rempel
Temer decide extraditar Battisti
O presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição de Cesare Battisti. Após o anúncio, o italiano, que é procurado pela Polícia Federal, tinha paradeiro incerto e era considerado foragido. Battisti, um ex-membro do grupo terrorista de esquerda, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970. Ele vivia em liberdade no Brasil desde 2011. (14/12)
Foto: picture alliance/dpa/Gattoni/Leemage
Autor de atentado em Estrasburgo é morto
O autor do ataque em Estrasburgo, na França, foi morto pela polícia do país na noite desta quinta-feira após uma caçada que durou 48 horas. Chérif Chekatt, de 29 anos, foi localizado e abatido na própria cidade após uma troca de tiros com policiais, a dois quilômetros do local do ataque, No ataque executado por Chekatt morreram duas pessoas e 13 ficaram feridas. (13/12).
Foto: Reuters/C. Hartmann
May sobrevive à moção de desconfiança
A primeira-ministra britânica, Theresa May derrotou uma moção de desconfiança dentro do Partido Conservador por 200 votos contra 117. Com a vitória, May permanece na liderança do partido e no cargo de premiê e ainda fica imune durante um ano a uma nova contestação interna. A moção foi apresentada por deputados insatisfeitos com o acordo sobre o Brexit que May negociou com a União Europeia. (12/12)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Homem mata quatro e se suicida na Catedral de Campinas
Um homem abriu fogo dentro da Catedral Metropolitana de Campinas (SP), matou quatro pessoas durante uma missa e depois se suicidou no início da tarde desta terça-feira. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da cidade paulista. O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. (11/12).
Foto: picture-alliance/D. Cesare
Após protestos, Macron anuncia "pacote de bondades"
Pressionado por manifestações e perda de popularidade, presidente francês anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e fim de impostos sobre horas extras para tentar apaziguar ânimos dos "coletes amarelos". Em discurso na TV, Macron condenou violência em protestos, mas disse reconhecer que “raiva” dos franceses é profunda e prometeu um debate sobre uma profunda reforma do estado. (10/12)
Foto: Reuters/L. Marin
River Plate conquista a Libertadores
Depois do adiamento da partida devido à violência nos arredores do estádio em Buenos Aires que culminou com o ataque ao ônibus do Boca Juniors, a final da Taça Libertadores foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. De virada, por 3 a 1, o River Plate venceu o Boca Juniors e conquistou no campo o quarto título no torneio. (09/12)
Foto: Reuters/J. Medina
“Coletes amarelos” voltam a protestar na França
Manifestantes voltaram a tomar as ruas de Paris e outras cidades francesas contra políticas do governo de Emmanuel Macron pelo quarto final de semana seguido. As novas manifestações ocorrem apesar de o presidente ter suspendido temporariamente um aumento de impostos sobre combustíveis. Mais de cem pessoas ficaram feridas em confrontos. (08/12)
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A sucessora de Merkel
Annegret Kramp-Karrenbauer, uma aliada de longa data da chanceler federal alemã, Angela Merkel, foi escolhida para sucedê-la como líder de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). A mudança marca o princípio do fim da era Merkel. Apesar de abrir mão da liderança da legenda, que assumiu há 18 anos, Merkel pretende seguir à frente do governo alemão até o fim de seu mandato, em 2021. (07/12)
Foto: Reuters/F. Bimmer
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Autoridades canadenses revelaram que a diretora financeira da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Whanzhou, foi presa, acusada de violar as sanções impostas pelo governo americano ao Irã. A prisão de Meng, filha do fundador da Huawei e uma das principais executivas da empresa, gerou novos temores sobre o agravamento das tensões comerciais entre a China e os EUA. (06/12)
Foto: Reuters/A. Bibik
Putin recebe Maduro em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, que visita Moscou em busca de ajuda financeira para seu país. Maduro espera contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin. (05/12)
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Shemetov
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A França suspendeu, ao menos temporariamente, o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que foi o estopim dos protestos de rua que acabaram se transformando em manifestações de massa contra o governo do presidente Emmanuel Macron. Esta é a primeira vez que Macron cede sobre uma decisão importante desde que assumiu o cargo, em 2017. (04/12)
Foto: Getty Images/AFP/S. Mahe
Fim de símbolo do turismo de massa
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Foto: picture-alliance/dpa/T. Linkel
Começa conferência do clima COP24
Negociadores de quase 200 países iniciam em Katowice, na Polônia, duas semanas de conversações sobre as mudanças climáticas e como implementar medidas para manter aquecimento do planeta abaixo de 2 graus Celsius. Encontro em Katowice é visto como teste do comprometimento dos países signatários em implementar medidas para alcançar suas metas climáticas. (02/12)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Dubray
Confrontos entre polícia e "coletes amarelos"
Tropa de choque da polícia francesa e grupos de manifestantes conhecidos como "coletes amarelos" voltam a entrar em confronto em Paris, durante o terceiro fim de semana seguido de protestos contra o aumento de impostos sobre combustíveis e a redução do poder aquisitivo. Policiais lançam bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água contra parte dos manifestantes. (01/12)