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Polícia prende dois suspeitos de terrorismo em Berlim

16 de janeiro de 2015

Homens de origem turca seriam ligados ao grupo extremista "Estado Islâmico" e estariam planejando ataque na Síria. Em operação antiterrorismo, Alemanha tem como alvo indivíduos que retornaram do Oriente Médio.

Foto: Reuters/F. Bensch

Como parte de uma grande operação antiterrorismo, a polícia de Berlim prendeu nesta sexta-feira (16/01) dois suspeitos de planejar um atentado na Síria e recrutar combatentes para o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). Segundo a polícia, não há indícios de que eles estivessem planejando ataques na Alemanha.

Três comandos de operações especiais e 250 investigadores realizaram buscas em 11 residências berlinenses. Além dos dois detidos, de origem turca, três outros homens estariam ligados a eles e sob suspeita.

Um dos presos, Ismet D., de 41 anos, é acusado de liderar um grupo islamista no bairro de Tiergarten, composto sobretudo por cidadãos turcos e russos da Chechênia e do Daguestão. Ismet D. teria preparado o bando para se unir à Jihad na Síria. O outro detido, Emin F., de 43 anos, seria responsável pelas finanças do grupo.

Operação policial contra suspeitos de terrorismo em Berlim

01:25

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As detenções na capital alemã fazem parte de investigações iniciadas há meses no país. Recentemente foram realizadas várias buscas e prisões de indivíduos que retornaram da Síria e do Iraque. Nesta quinta-feira, um alemão-tunisino de 26 anos foi preso em Wolfsburg, acusado de ter se aliado ao EI e sido treinado pelo grupo na Síria. A Corte Federal de Justiça deve decidir sobre um mandado de prisão nesta sexta-feira.

As autoridades alemãs estimam que mais de 43 mil indivíduos façam parte da cena islamista no país. Cerca de mil são incluídos no espectro "islamista-terorrista", e 260 são considerados perigosos, ou seja, vistas como possíveis autores de atentados.

As detenções em Berlim aconteceram poucas horas depois de dois supostos islamistas terem sido presos numa operação policial contra jihadistas na Bélgica e uma semana após os atentados de Paris, que deixaram 17 mortos.

LPF/dpa/rtr/afp/ap

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