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Polícia suíça prende dois sírios em Genebra

11 de dezembro de 2015

De acordo com imprensa local, explosivos são encontrados no veículo dos detidos. Autoridades não comentam prisões. Polícia procura suspeitos de ligação com organização extremista "Estado Islâmico".

Polícia realiza operação em GenebraFoto: Getty Images/AFP/R. Juilliart

Dois sírios foram presos nesta sexta-feira (11/12) em Genebra, na Suíça. Segundo o jornal local Tribune de Geneve e a emissora de televisão pública RTS, explosivos teriam sido encontrados no veículo dos detidos.

Autoridades locais não comentaram as detenções. Ainda não se está claro se as prisões estão relacionadas com o aumento do alerta de segurança na cidade. Nesta sexta-feira, Simonetta Sommaruga, uma das sete integrantes do Conselho Federal que governa o país, afirmou que a polícia federal suíça elevou o nível de alerta em Genebra ao máximo nesta semana.

A decisão da polícia foi tomada depois de receber uma informação de autoridades estrangeiras sobre a suspeita de uma célula do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) na região. Duas fontes oficiais confirmaram à agência de notícias Reuters que o serviço central de inteligência tinha recebido uma fotografia com quatro homens que poderiam estar na Suíça.

A imagem que foi publicada em jornais do país mostra quatro homens barbudos sentados e com o dedo indicador apontado para cima. O grupo é suspeito de ter ligação com o "Estado Islâmico". Desde quarta-feira, a polícia suíça está procurando os possíveis jihadistas.

Genebra fica a apenas 500 quilômetros de distância de Paris e é praticamente cercada pelo território francês. As fronteiras na região são, com frequência, pouco vigiadas.

Em novembro, a polícia francesa realizou buscas nas residências de dois imãs da principal mesquita de Genebra, localizada a poucos metros do complexo da ONU. Ambos vivem numa cidade fronteiriça. A imprensa suíça reportou que os imãs pregavam ideologias extremistas, mas não foram encontrados indícios de que teriam participação em atividades criminosas.

Os ataques em Paris, cuja autoria foi reivindicada pela organização extremista "Estado Islâmico", mataram 130 pessoas e deixaram centenas de feridos. Um dos suspeitos, Salah Abdelslam, ainda está foragido. Diversas prisões foram efetuadas na Bélgica em conexão com os ataques.

CN/rtr/afp/lusa

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