Turquia prende belga suspeito de ligação com terror em Paris
21 de novembro de 2015
Homem de 26 anos foi detido com dois sírios em hotel de luxo em Antalya, no sul do país. Autoridades investigam se ele participou de "missão de reconhecimento" para escolher os locais dos atentados realizados em Paris.
Anúncio
Um cidadão belga de origem marroquina foi preso no sul da Turquia por suspeita de ligação com os atentados em Paris, anunciou neste sábado (21/11) a agência de notícias Dogan.
Ahmed Dahmani, de 26 anos, foi detido com dois sírios em um hotel de luxo no balneário de Antalya. Segundo as autoridades turcas, ele chegou ao local no dia 14 de novembro após deixar Amsterdã, na Holanda, e estava se preparando para cruzar a fronteira com a Síria com a ajuda dos dois homens quando foi preso.
Ainda segundo a agência, a polícia da Turquia indicou que Dahmani é suspeito de ter participado de uma missão de reconhecimento em Paris que escolheu os locais dos atentados, entre eles o Stade de France, a casa de shows Bataclan, bares e restaurantes.
"Nós acreditamos que ele estava em contato com os terroristas que cometeram os atentados em Paris. As investigações continuam", afirmou uma fonte policial à agência.
Os dois sírios foram identificados como Ahmet Tahir, de 29 anos, e Muhammed Verdi, de 23, segundo a agência Dogan.
A cidade de Antalya sediou no último fim de semana a cúpula dos chefes de Estado e de Governo do G20, que prometeram reforçar a cooperação na luta contra os extremistas que ocupam parte da Síria e do Iraque.
Nos últimos meses, a Turquia foi acusada de ignorar a passagem de extremistas através do seu território, mas recentemente as autoridades têm feito um esforço para prender suspeitos, especialmente desde o atentado suicida atribuído ao grupo Estado Islâmico (EI) que deixou 103 mortos em frente à estação de trem de Ancara, em 10 de outubro.
JPS/afp/dogan
Imagens do terror em Paris
Mais de 120 pessoas foram vítimas do terrorismo na noite de 13 de novembro de 2015 na capital francesa. Confira imagens de uma noite que vai mudar o mundo.
Foto: Reuters/Ch. Hartman
Primeiras notícias
O jogo amistoso entre Alemanha e França ainda estava em andamento quando as primeiras notícias de tiros e explosões apareceram na televisão.
Foto: picture-alliance/dpa
Medo nas ruas
As notícias espalharam o medo entre as pessoas que aproveitavam uma noite de temperatura agradável na capital francesa. Autoridades pediram à população para que não deixassem suas residências.
Foto: picture-alliance/dpa
Cenário da barbárie
A sala de espetáculos Bataclan foi invadida por forças de segurança, que libertaram reféns por volta da 1h. Cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas para um show de rock.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Reação imediata do presidente
François Hollande se dirigiu à população francesa ainda na noite dos atentados. Pouco antes, ele havia deixado o Stade de France, onde assistia ao amistoso entre França e Alemanha. Hollande falou em atentados terroristas sem precedentes.
Foto: Reuters
Torcedores no gramado
Os torcedores inicialmente não puderam deixar o Stade de France e se dirigiram para o gramado.
Foto: Getty Images/AFP/M. Alexandre
Atiradores estão mortos
Os atentados aconteceram simultaneamente em seis pontos de Paris e aparentemente foram executados por oito terroristas. Segundo a polícia, sete deles cometeram suicídio e um foi morto por policiais.
Foto: Getty Images/K. Tribouillard
O medo dos sobreviventes
O número de vítimas pode subir ainda mais, pois há um grande número de feridos. Nas ruas, o medo é visível nos rostos das pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau
Segurança reforçada
A segurança foi reforçada em diversas instituições francesas pelo mundo, como no consulado de Nova York.
Foto: Getty Images/S. Platt
Solidariedade mundial
O One World Trade Center, em Nova York, coloriu a antena no alto do prédio com as cores nacionais da França. Em todo o mundo, líderes expressaram solidariedade.