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Polícia usa gás contra manifestantes pró-democracia em Hong Kong

28 de setembro de 2014

Milhares ocupam área central do território autônomo para exigir que o governo chinês concorde com a livre escolha do novo chefe do Executivo de Hong Kong.

Foto: Reuters

A polícia de Hong Kong lançou granadas de gás lacrimogêneo e usou spray de pimenta para acabar com protestos pró-democracia que paralisaram o centro desse território autônomo chinês neste domingo (28/09).

Os agentes de segurança também fizeram uso de cassetetes para dispersar uma multidão que bloqueou uma pista central no distrito onde funcionam prédios do governo, desafiando os avisos das autoridades contra manifestações consideradas ilegais.

Os manifestantes gritavam "Vergonha!", enquanto tentavam fugir das nuvens de gás lacrimogêneo, raramente utilizado pela polícia em Hong Kong – a vez anterior havia sido em 2005. Cinco pessoas, incluindo três deputados, foram detidas, e mais de 30 ficaram feridas. Milhares de pessoas participaram dos protestos deste domingo.

Manifestantes enfrentaram a polícia no primeiro dia da campanha 'Occupy Central'Foto: picture-alliance/AP Photo/Vincent Yu

Desobediência civil

Segundo manifestantes, este foi o primeiro dia da campanha promovida pelo movimento Occupy Central, inicialmente previsto para começar na próxima quarta-feira. Eles afirmam terem iniciado uma "nova era" de desobediência civil, a fim de pressionar Pequim por garantias de democracia plena no território chinês.

Os protestos de ativistas e estudantes começaram na sexta-feira, com acampamentos nas proximidades de prédios do governo, e se acirraram neste domingo, quando integrantes do Occupy Central se uniram a eles.

A China havia garantido que o novo chefe do Executivo de Hong Kong seria escolhido por sufrágio universal direto em 2017. No entanto, em 31 de agosto, Pequim determinou que os candidatos ao cargo terão de ser submetidos à apreciação de um comitê de nomeação. Desde então, ativistas vinham ameaçando parar a área central do território.

Segundo a mídia estatal chinesa, o governo em Pequim ofereceu apoio às autoridades de Hong Kong e disse que elas têm capacidade para lidar com o que considerou ser uma "reunião ilegal".

Hong Kong é uma ex-colônia britânica que retornou ao domíno chinês em 1997, dentro da fórmula "um país, dois sistemas", que garante um elevado nível de autonomia e liberdade ao território.

Milhares de pessoas participaram dos protestos, iniciados por estudantes e ativistasFoto: dpa

MSB/rtr/lusa/ap