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Polícia usa gás lacrimogêneo contra manifestantes em São Paulo

9 de junho de 2014

Imprensa alemã repercutiu confrontos entre policiais e manifestantes durante a greve de funcionários do metrô, a três dias da abertura da Copa do Mundo.

Foto: picture-alliance/AP Photo

A imprensa alemã repercutiu nesta segunda-feira (09/06) os confrontos desta manhã entre policiais e manifestantes durante a greve de funcionários do metrô de São Paulo, a três dias da abertura da Copa do Mundo. De acordo com as agências de notícias, em choques entre quem protestava e a Tropa de Choque da Polícia Militar, policiais usaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes na capital paulista e desocupar a estação Ana Rosa.

Os grevistas do metrô foram apoiados por um grupo de cerca de 100 ativistas, que bloquearam não só o acesso à estação, como a Rua Vergueiro, nas proximidades do metrô, colocando fogo em lixo espalhado na via pública.

O metrô de São Paulo anunciou nesta segunda-feira ter demitido 60 funcionários por causa da paralisação dos metroviários, que está completando cinco dias. No domingo, a Justiça considerou a greve abusiva, liberando o governo do Estado para demitir os que se negaram a retornar a seus postos de trabalho.

Somente 31 das 65 estações de metrô da capital paulista estiveram funcionando nesta segunda-feira.

O site da revista alemã Der Spiegel destaca em reportagem que a cidade de São Paulo, palco da abertura da Copa do Mundo na quinta-feira, está ameaçada de ter seu trânsito paralisado.

A palavra "caos" é usada em matérias sobre os tumultos nos sites de jornais importantes, como o Handelsblatt e o Süddeutsche Zeitung. Este último destaca que engarrafamentos na cidade chegam a "200 quilômetros" e afirma que as autoridades administrativas estão "sobrecarregadas" com as revoltas. A reportagem lembra que a presidente Dilma Rousseff classificou a greve como uma "campanha sistemática" contra a Copa.

MD/afp/dpa/sid

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