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Estado de DireitoRússia

Políticos alemães condenam condições de prisão de Navalny

10 de abril de 2021

Condenado a dois anos e meio numa colônia penal, oposicionista russo não recebe cuidados médicos adequados e está em greve de fome. Deputados pretendem apelar ao Comitê Europeu para Prevenção de Tortura.

Entrada da colônia penal de Pokrov, Rússia
Entrada da colônia penal de Pokrov, Rússia, onde crítico do Kremlin está encarceradoFoto: Kirill Zarubin/AP/dpa/picture alliance

Políticos de quase todas as facções da Alemanha manifestaram "total solidariedade" ao oposicionista russo Alexei Navalny. Em carta citada pela revista Der Spiegel, deputadas e deputados classificaram as condições de confinamento como "tortura direcionada".

O crítico do Kremlin de 44 anos é mantido no colônia penal de Pokrov e atualmente se encontra em greve de fome. "Independente da arbitrariedade e ilicitude das sentenças pronunciadas contra o senhor, exigimos um exame de suas condições de prisão pelo Comitê Europeu para Prevenção de Tortura", consta do documento.

Além da encarregada de direitos humanos do governo federal alemão, Bärbel Kofler, e de outros políticos do Partido Social-Democrata (SPD), a carta é assinada por políticos do Partido Verde, União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) e do Partido Liberal Democrático (FDP).

Em audiência virtual em 28/01/2021, Alexei Navalny apela contra sua prisãoFoto: Alexander Nemenov/AFP/Getty Images

"Não podemos olhar para o outro lado"

Os apoiadores de Navalny informaram recentemente sobre a piora de seu estado de saúde, com dores nas costas e dormência nas pernas e braços. Uma assistência médica condizente lhe estaria sendo negada.

Segundo Manuel Sarrazin, porta-voz dos verdes para política do Leste Europeu e iniciador da carta, as notícias sobre a greve de fome do oposicionista são "angustiantes": "Não podemos olhar para o outro lado quando o sistema [do presidente da Rússia Vladimir] Putin volta a colocar Navalny em perigo."

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02:07

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Em agosto de 2020 ele sobreviveu um atentado com um agente dos nervos do grupo Novichok. Levado de avião para a Alemanha, foi tratado no hospital Charité, de Berlim. Imediatamente após seu retorno à Rússia, em janeiro, foi preso.

Numa sentença que recebeu severas críticas internacionais e desencadeou protestos de massa na Rússia, Alexei Navalny foi condenado, por suposta violação dos termos de sua liberdade condicional, a mais de dois anos e meio na colônia penal N2, na localidade Pokrov, situada 200 quilômetros a leste de Moscou.

av (AFP,ots)

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