O vice-líder da bancada dos partidos conservadores CDU/CSU no Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão), Wolfgang Bosbach, e deputados de ambos partidos defenderam nesta sexta-feira (15/04) que o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinedjad, seja proibido de visitar a Alemanha durante a Copa do Mundo. A seleção do Irã é uma das 32 equipes classificadas para o torneio.

"Seria desejável que o governo deixasse claro, por vias diplomáticas, que a visita de Ahmadinedjad à Alemanha não é desejada", disse Bosbach ao jornal Welt am Sonntag.

Já um dos porta-vozes da bancada da CDU, Georg Brunnhuber, exigiu que a Fifa declare o presidente do Irã persona non grata durante o torneio.

"Deveríamos fazer entender a Ahmadinedjad que ele deveria desistir de visitar a Alemanha", afirmou o porta-voz de política interna dos conservadores, Hans-Peter Uhl.

O governo alemão ainda não tem uma posição sobre o assunto. "Nós ainda não sabemos o que fazer caso Ahmadinedjad queira assistir aos jogos da sua seleção nacional, ao vivo, na Alemanha", afirmou um fonte do governo ao jornal Rheinische Post.

A mesma fonte revelou haver claros sinais de que a União Européia poderá proibir as lideranças iranianas de viajar aos países-membros do bloco, à semelhança do que aconteceu com integrantes do governo de Belarus.

Já o porta-voz do governo, Thomas Steg, disse que não é possível saber se Ahmadinedjad realmente virá à Alemanha. Segundo Steg, nem a Fifa nem o governo alemão convidaram o presidente do Irã para o torneio.

Ahmadinedjad tem negado o extermínio de judeus durante o regime nazista. Negar a existência do Holocausto é crime na Alemanha, punível com até cinco anos de prisão. Os condenados podem ser punidos com até cinco anos de prisão. O governante iraniano é conhecido como aficionado de futebol.