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Policiais e manifestantes voltam a se enfrentar em Hong Kong

14 de julho de 2019

Milhares de pessoas voltaram a protestar contra polêmico projeto de extradição. Protestos, que entraram na quinta semana consecutiva, também pedem manutenção das liberdades na antiga colônia britânica.

Proteste gegen chinesische Regierung in Hongkong
Manifestantes ocuparam via no distrito de Sha TinFoto: Getty Images/A. Kwan

Policiais e manifestantes voltaram a se enfrentar neste domingo (14/07) em Hong Kong, que registrou mais um dia de protestos contra um polêmico projeto de lei que permite extradições para a China continental.

Policiais usaram cassetetes e spray de pimenta contra dezenas de milhares de manifestantes que tomaram uma via em Sha Tin, distrito que fica entre a principal aglomeração urbana ao redor do porto e a fronteira com a China.

Manifestantes mascarados responderam, construindo barricadas com cercas de metal e houve um confronto com a tropa de choque da polícia.

Alguns manifestantes carregavam bandeiras americanas ou da época colonial de Hong Kong.

Essa foi a quinta semana consecutiva de grandes manifestações em Hong Kong. "Já marchamos tantas vezes, mas o governo ainda não nos escutou. Tem nos forçado a sair às ruas todos os dias", disse Tony Wong, de 24 anos, que participou da marcha de Sha Tin.

A ex-colônia britânica está há semanas mergulhada em sua pior crise na história recente, com manifestações que, em alguns casos, levaram a violentos confrontos entre a polícia e manifestantes. Em 1º de julho, alguns manifestantes invadiram o parlamento local e causaram danos ao prédio.

O projeto de lei foi retirado, mas não totalmente excluído, o que não acalmou a situação. Ao longo das semanas, o movimento tornou-se mais amplo, exigindo reformas democráticas e o fim da erosão das liberdades neste território semiautônomo.

"Hoje em dia não há realmente nenhuma confiança da China, e então os manifestantes saem", disse Jennie Kwan, de 73 anos. "Eles não prometeram 50 anos, nenhuma mudança? E, no entanto, todos nós vimos as mudanças. Eu mesmo já tenho 70 e poucos anos. O que eu sei sobre política? Mas a política chega até você."

Os manifestantes também exigem uma investigação independente sobre o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela polícia, uma anistia para os detidos e a renúncia da chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam.

Hong Kong retornou ao domínio chinês em 1997 sob a fórmula "um país, dois sistemas", que garante ao seu povo um grau de liberdade de 50 anos que não é desfrutado na China continental, incluindo a liberdade de protestar e de um Judiciário independente.

JPS/afp/rt/lusa

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