1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Policial armado não tentou evitar massacre

23 de fevereiro de 2018

Agente chegou ao prédio onde ocorreu grande parte da chacina na Flórida cerca de 90 segundos após primeiros disparos, mas permaneceu do lado de fora. A orientação era para que ele tentasse matar atirador.

O atirador chegou a escapar ao se misturar em meio à multidão em fuga, mas foi capturado horas depois pela políciaFoto: picture-alliance/AP Photo/Mike Stocker

Um policial armado enviado à escola secundária em Parkland, na Flórida, onde 17 pessoas foram mortas a tiros, ficou parado do lado de fora do prédio no momento em que Nikolas Cruz atirava com um fuzil de assalto contra crianças e professores. Ele apresentou sua demissão.

A polícia do condado de Broward abriu uma investigação interna. Scot Peterson, que estava de plantão e usando uniforme como oficial designado à escola secundária Marjory Stoneman Douglas High School, era o único agente da lei presente no campus durante o massacre na quarta-feira da semana passada, comunicou o xerife do condado de Broward, Scott Israel. Ele não confrontou o atirador.

Peterson, de 54 anos, entrou para a corporação em 1985 e era o policial designado para a escola Marjory Stoneman Douglas High School desde 2009. Desde o ataque na escola secundária de Columbine, no Colorado, em 1999, as autoridades têm enfatizado a importância de perseguir rapidamente atiradores para tentar eliminar a ameaça e prevenir mortes adicionais. 

Leia também:

Quem é o autor do massacre em escola na Flórida?

O novo rosto do movimento antiarmas nos EUA

A chacina, a segunda mais mortal numa escola pública dos Estados Unidos, foi executada por um jovem armado com um fuzil semiautomático AR-15. O ataque do ex-aluno Nikolas Cruz durou seis minutos. Neste meio tempo, as ações de Peterson foram capturadas em vídeo.

"O que vi foi um policial que chegou ao lado oeste do edifício 12, assumiu uma posição e que nunca entrou", disse Israel, referindo-se ao prédio no campus popularmente conhecido como "edifícios dos calouros". Foi ali que ocorreu a maior parte do ataque.

Israel comunicou que, por ora, a polícia não divulgará o vídeo e, provavelmente, nunca o faça, "dependendo da acusação e do caso criminal" contra Cruz, o ex-aluno de 19 anos que enfrenta 17 acusações de assassinato premeditado.

Em coletiva à imprensa, Israel disse a jornalistas que o ataque durou seis minutos, e que Peterson chegou ao prédio dos calouros cerca de 90 segundos após os primeiros disparos, mas permaneceu do lado de fora por outros quatro minutos. Indagado sobre o que o policial deveria ter feito, Israel respondeu: "Entrar, dirigir-se ao assassino, matar o assassino".

O xerife disse que decidiu com base em suas descobertas suspender Peterson, mas o delegado apresentou sua demissão antes. Israel comunicou também que outros dois oficiais foram colocados em tarefas administrativas e também enfrentarão uma investigação interna sobre se eles abordaram adequadamente duas denúncias telefônicas, recebidas em 2016 e 2017, que alertavam que Cruz poderia estar inclinado a abrir fogo na escola.

Cruz foi expulso da Marjory Stoneman High School no ano passado por problemas disciplinares não especificados. Ele chegou a escapar do campus ao se misturar em meio à multidão em fuga, mas foi capturado horas depois pela polícia.  

PV/rtr/ap

_______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo