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População da Alemanha cresce em 2023 graças à migração

26 de janeiro de 2024

País europeu encerrou o ano com 300 mil moradores a mais do que no período anterior, e agora soma 84,7 milhões de habitantes. Sem migração, Alemanha teria encolhido em 320 mil pessoas.

Pessoas andando em rua comercial na Alemanha
Alemanha registrou em 2023 uma migração líquida de 680 mil a 710 mil pessoasFoto: Sven Hoppe/dpa/picture alliance

A população da Alemanha cresceu em cerca de 300 mil pessoas ao longo de 2023, informou o Departamento Federal de Estatística (Destatis) na quinta-feira (25/01). No final do ano, o país europeu tinha 84,7 milhões de habitantes.

O crescimento populacional ficou dentro da média registrada de 2012 a 2021, mas é muito menor do que o de 2022, quando foi registrada uma alta excepcional de cerca de 1,1 milhão de pessoas, impulsionada pela chegada de ucranianos que fugiam da invasão da Rússia.

Como em outros anos, a migração líquida, ou a diferença entre pessoas que emigram e imigram, foi o fator determinante para o crescimento populacional, dada a redução gradual no tamanho da população dentro da Alemanha.

Há décadas, mortes superam nascimentos

A Alemanha registrou em 2023 uma migração líquida de algo entre 680 mil e 710 mil pessoas, segundo o Destatis, cerca do dobro do crescimento líquido da população.

Como em todos os anos desde a Reunificação alemã, em 1990, o saldo de nascimentos e mortes foi negativo em 2023, pois mais pessoas morreram do que nasceram, informou o Destatis. No ano passado, a diferença entre nascimentos e mortes na Alemanha foi de pelo menos 320 mil pessoas, segundo o departamento.

Migração no centro do debate político

A migração tem sido um tema politicamente sensível no país europeu e na União Europeia (UE) como um todo, e um dos eixos discursivos usados pela ultradireita para mobilizar apoiadores.

Neste mês, por exemplo, revelou-se que membros do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) haviam participado de uma reunião secreta na cidade de Potsdam, em novembro, na qual se discutiu a "remigração", ou expulsão de milhões de estrangeiros e cidadãos "não assimilados" da Alemanha.

O episódio provocou amplo repúdio e, ao longo de janeiro, mais de um milhão de pessoas foram às ruas em toda a Alemanha para protestar contra a ultradireita.

O atual governo alemão, formado por social-democratas, verdes e liberais, recentemente reforçou os controles de fronteira e prometeu acelerar as deportações de pessoas que tiveram seus pedidos de asilo negados.

Ao mesmo tempo, Berlim tem feito esforços para atrair trabalhadores estrangeiros qualificados para suprir a demanda do mercado de trabalho do país.

O Bundestag (câmara baixa do Parlamento) aprovou em junho passado uma reforma para facilitar o acesso de imigrantes ao mercado de trabalho e, em 19 de janeiro, mudanças na lei de cidadania que facilitam a naturalização para obter o passaporte alemão.

bl/cn (Reuters, KNA)

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