Autoridades esperam que quantidade de indivíduos da espécie que migram do Canadá para o sul seja quatro vezes maior neste ano. Número de borboletas sofreu forte queda nas últimas duas décadas.
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A população da icônica borboleta-monarca pode quadruplicar neste ano, anunciaram autoridades ambientais do México nesta quinta-feira (12/11), citando os esforços conjuntos de México, Canadá e Estados Unidos.
Milhões de borboletas-monarcas migram do Canadá para o México todo inverno, percorrendo cerca de 4 mil quilômetros. A viagem não é apenas um espetáculo fascinante da natureza, mas também crucial para o ecossistema inteiro – pesquisadores tentam descobrir em que medida.
"Estimamos que o número de borboletas que chegam à reserva seja três ou quatro vezes maior que a área que elas ocuparam na última estação", disse o secretário do Meio Ambiente mexicano, Rafael Pacchiano, em uma conferência de imprensa na reserva de Piedra Herrada.
A população das borboletas-monarcas tem sofrido uma queda constante desde meados dos anos 1990, quando eram cerca de um bilhão, tendo chegado a 35 milhões entre 2013 e 2014.
Esforços conjuntos
A secretária do Interior dos EUA, Sally Jewell, que falou a jornalistas ao lado de Pacchiano, disse que os países da América do Norte estão concentrando esforços para impedir a exploração ilegal de madeira e plantar mais asclepias, planta importante para o processo reprodutivo das borboletas-monarcas.
Os especialistas também disseram que os pesticidas prejudicam significativamente as borboletas, o que levou as autoridades ambientais a criarem zonas livres de pesticidas.
"México, EUA e Canadá têm muitas espécies que não conhecem as nossas fronteiras políticas, que as cruzam livremente", disse Jewell.
O objetivo é ter "225 milhões de borboletas-monarcas regressando ao México a cada ano. Acreditamos que podemos chegar lá trabalhando em conjunto, e parece que estamos no caminho, é o que esperamos", acrescentou Jewell.
Cientistas ainda precisam descobrir como a espécie é capaz de fazer seu trajeto anual, sendo que nem uma única borboleta-monarca faz a viagem completa, de ida e volta.
AF/rtrs/afp/ap
Melhores fotos da vida selvagem de 2015
Prêmio Fotógrafo de Natureza Selvagem do Ano, do Museu de História Natural de Londres, vai para imagens que aumentam a conscientização sobre beleza e fragilidade da natureza, e defendem padrões éticos na fotografia.
Foto: Don Gutoski/Wildlife Photographer of the Year 2015
Duas raposas
As mudanças climáticas estão empurrando a raposa vermelha mais para o Norte, território da raposa do Ártico. Ali, as duas acabam competindo por comida e, ocasionalmente, a última acaba se tornando presa da primeira. O fotógrafo amador canadense Don Gutoski testemunhou um desses ataques em sua propriedade no Canadá. Para obter essa imagem, ele passou três horas no frio de 30°C negativos.
Foto: Don Gutoski/Wildlife Photographer of the Year 2015
Natureza viva
O holandês Edwin Giesbers estava sentado num córrego frio, vestindo roupa de mergulho, quando ele capturou esta imagem de salamandra. Para tal proeza, ele posicionou sua câmera bem abaixo do animal, que boiava na superfície da água. A sua paciência (e estoicismo) lhe rendou o prêmio da categoria Anfíbios e Répteis.
Foto: Edwin Giesbers/Wildlife Photographer of the Year 2015
Voo dos guarás
O francês Jonathan Jago venceu a categoria para fotógrafos com idades entre 15 e 17 anos com um registro feito no Brasil. O jovem estava num barco ancorado na Ilha dos Lençóis, no litoral do Maranhão, enquanto observava um grupo de aves guarás se alimentando de pequenos crustáceos. A foto foi feita assim que elas alçaram voo sobre as famosas dunas que compõem a paisagem local.
Foto: Jonathan Jagot/Wildlife Photographer of the Year 2015
Na boca da baleia
O primeiro lugar na categoria Submarina foi para o australiano Michael AW. Na imagem, feita na costa leste da África do Sul, uma baleia-de-bryde aparece ao lado de um volumoso cardume de sardinhas. Essa espécie de baleia aproveita a tentativa de outros caçadores para comer os peixes, que se agrupam quando se sentem ameaçados.
Foto: Michael AW/Wildlife Photographer of the Year 2015
A arte das algas
Nesta imagem do Parque Natural de Baía de Cádiz, na costa da Espanha, o fotógrafo Per Soler capturou um fenômeno da primavera que só se consegue perceber completamente em vista aérea. É nessa estação do ano que as chamadas microalgas formadas nos pântanos contrastam de forma mais brilhante com as algas verdes. O espetáculo rendeu ao espanhol o primeiro lugar na categoria A partir de Cima.
Foto: Pere Soler/Wildlife Photographer of the Year 2015
Um, dois, três
Com uma foto muito nítida de três falcões (duas fêmeas e um macho), o israelense Amir Ben-Dov venceu a categoria Pássaros. Aves dessa espécie, chamadas de falcões-de-pés-vermelhos, são muito sociáveis e migram em grandes bandos. A foto foi feita na cidade de Beit Shemesh, enquanto os pássaros seguiam seu caminho de invernada da Europa para a África.
Foto: Amir Ben-Dov/Wildlife Photographer of the Year 2015
Felinos violados
"Esses felinos estão drogados, seus dentes e garras foram arrancados, e são controlados por varetas de metal pontudas durante um show em Guilin, na China", escreveu a vencedora da categoria Imagem Única, Britta Jaschinski, da Alemanha e Reino Unido. O animal no centro é um chamado "ligre", um híbrido que resulta do cruzamento entre um leão e uma tigresa.
Foto: Britta Jaschinski/Wildlife Photographer of the Year 2015
Briga de pássaros
O prêmio de Jovem Fotógrafo de Natureza Selvagem do Ano foi para o tcheco Ondrej Pelánek, de 14 anos, que escapou de sua barraca durante uma madrugada ensolarada na Noruega para fotografar dois pássaros machos que estavam brigando por fêmeas. "Tirei essa foto à meia-noite, enquanto meu pai dormia. Estava empolgado demais para pegar no sono", contou o garoto.
Foto: Ondrej Pelánek/Wildlife Photographer of the Year 2015
Sombra andante
A sombra de uma raposa na cidade transmite a ideia da relação que muitos pensam ter com a natureza selvagem. Após meses de tentativas, o britânico Richard Peters conseguiu capturar essa cena no momento em que seu vizinho ligou as luzes de casa. A foto lhe rendeu o primeiro lugar na categoria Urbana.
Foto: /Richard PetersWildlife Photographer of the Year 2015