Três décadas após a queda do Muro, território da antiga Alemanha Oriental têm mesmo número de habitantes registrado em 1905. Em contraste, oeste da Alemanha nunca concentrou tantas pessoas.
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O número de pessoas vivendo no território da antiga Alemanha Oriental continua a diminuir, e a área atingiu o mesmo nível populacional de 114 anos atrás, apontou nesta quarta-feira (12/06) um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Ifo, um think tank baseado em Munique.
Segundo o levantamento, os cinco estados no leste da Alemanha somados à metade oriental de Berlim concentram hoje 13,6 milhões de habitantes, o mesmo número registrado nessas áreas em 1905. Em contraste, os territórios alemães do oeste, que compunham a antiga Alemanha Ocidental, nunca tiveram tantos habitantes. A população do oeste deve atingir 68,3 milhões até o fim do ano – em 1905, a mesma área concentrava 32,6 milhões de habitantes.
Segundo Felix Rösel, autor do levantamento, cidades do leste, como Leipzig e Dresden, teriam hoje milhões de habitantes se tivessem crescido no mesmo ritmo populacional do oeste. No entanto, elas têm hoje pouco mais de 500 mil habitantes cada.
De acordo com Rösel, mesmo passadas três décadas desde a reunificação da Alemanha e a extinção do Estado comunista do leste, a divisão que persistiu por mais de quatro décadas entre as partes ocidental e oriental do país ainda tem impacto.
Entre 1871 (ano da primeira unificação alemã) até 1949, as atuais partes oeste e leste se desenvolveram "praticamente de maneira idêntica" no aspecto populacional – o estudo desconsiderou a população de antigos territórios alemães perdidos após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
"Embora as taxas de renda e desemprego no leste e oeste estejam convergindo lentamente, os números da população estão cada vez mais distantes", diz Rösel. "A força contínua da divisão alemã ainda é subestimada hoje. Esse aspecto é muitas vezes ignorado e requer consideração política especial."
Ainda segundo o estudo, a principal razão para a queda da população é o êxodo em massa que atingiu os territórios do leste em diferentes décadas.
O primeiro grande êxodo começou em 1949, quando foi fundada a República Democrática da Alemanha, de regime comunista, e só foi interrompido com a construção do Muro, em 1961, que estancou por algumas décadas o número de saídas.
Em 1989, no entanto, com a queda do Muro, o êxodo foi retomado e centenas de milhares de habitantes da antiga Alemanha Oriental empobrecida rumaram para o oeste, mais desenvolvido. Em 1990, 16,1 milhões de pessoas viviam no leste – 2,5 milhões a mais do que hoje.
Outro fator que contribuiu para o contraste, segundo Rösel, foi que os territórios do oeste também vivenciaram grandes ondas de migração de trabalhadores de outros países durante as décadas de 1960 e 1970, notadamente da Turquia. Já a então Alemanha Oriental não experimentou nenhuma onda de migração e teve até mesmo que recorrer à violência e à construção do Muro para reter sua população.
Segundo o autor do estudo, uma das soluções para ajudar a estancar o declínio passa pela promoção de subsídios para desenvolver as áreas rurais do leste, e não apenas concentrar fundos nas cidades. "A divisão da Alemanha sangrou as áreas rurais do leste do país até a morte. "Nós precisamos promover a coesão social não apenas nas cidades, mas também no campo."
"Cerca de 30 anos após a queda do Muro de Berlim, os aspectos danosos mais visíveis do socialismo no leste da Alemanha em grande medida desapareceram. Muitos vilarejos foram reconstruídos. Edifícios históricos, restaurados. Sedes de prefeituras estão tinindo. A maioria das cidades e vilarejos alemães-orientais recuperou o esplendor histórico. A única coisa que falta são os habitantes", afirma Rösel.
Da Baviera a Hamburgo, de Brandemburgo à Renânia: uma viagem pelos 16 estados que, desde a Reunificação, formam a atual Alemanha. Conheça o ponto alto de cada região.
Baviera
A Baviera é o destino mais popular dos turistas na Alemanha – todos os anos, cerca de 7,5 milhões de estrangeiros visitam o estado. Ele é especialmente reconhecido por suas antigas tradições e belíssimas paisagens. Cerca de 12,5 milhões de pessoas vivem na Baviera, cuja capital é Munique.
Baden-Württemberg
Baden-Württemberg é um estado vizinho da Baviera, no sudoeste da Alemanha. Seu lema é: "Nós podemos tudo, menos falar o alemão padrão" – uma alusão ao forte dialeto local. Além da variedade de sotaques, o terceiro maior estado da Alemanha é diversificado também nas paisagens e na culinária. Mais de 10 milhões de pessoas vivem no local, cuja capital é Stuttgart.
Berlim
Entre os 16 estados da Alemanha, três deles são formados por cidades. Berlim é uma delas. A capital alemã, sede do governo e metrópole cultural, tem 3,4 milhões de habitantes, e é uma cidade empolgante que está constantemente em mudança – talvez seja por isso que os turistas gostam tanto dela.
Hamburgo
A cidade hanseática de Hamburgo também pertence às três cidades-estado e conta com aproximadamente 1,7 milhão de habitantes. "Grosse Freiheit" – ou "grande liberdade" – não é somente o nome de uma rua na área mais popular da cidade, mas uma representação do verdadeiro estilo de vida em Hamburgo.
Bremen
Do coração urbano de Bremen até o centro marítimo de Bremerhaven, é o menor estado da Alemanha, com apenas 664 mil habitantes. Ainda assim, a cidade-estado oferece uma ampla gama de atrações, moldadas sempre por tradições hanseáticas.
Baixa Saxônia
Poucas cidades e muitas paisagens rurais compõem a Baixa Saxônia. Dos lamaçais do Mar do Norte às colinas dos planaltos de Weser, o segundo maior estado da Alemanha orgulha-se de sua enorme variedade de paisagens. Cerca de 8 milhões de pessoas vivem na região, cuja capital é Hannover.
Renânia do Norte-Vestfália
O estado mais popular da Alemanha, com 18 milhões de habitantes, é conhecido por sua diversidade cultural, bem como pela população alegre e trabalhadora. A maior cidade da Renânia do Norte-Vestfália é Colônia, mas a capital é a cidade vizinha, Düsseldorf. A sede da DW fica em Bonn.
Renânia-Palatinado
Esse é um local de vinhos e madeiras, muito propício para caminhar. A natureza do estado é ainda mais bonita devido à presença de diferentes rios – Reno, Mosela, Nahe e Ahr – enquanto a rica cultura da região também oferece prazer garantido. Cerca de 4 milhões de pessoas vivem na Renânia-Palatinado, cuja capital é Mainz.
Hessen
O estado de Hessen oferece opções incríveis para todos que viajam pela Alemanha. É no norte da região que estão as paisagens dos contos de fadas dos irmãos Grinn. Na região do rio Meno, está a metrópole financeira Frankfurt, a maior cidade de Hessen. A capital é Wiesbaden e há cerca de 6,1 milhões de habitantes no estado.
Sarre
Localizado no oeste da Alemanha, o Sarre faz fronteira com França e Luxemburgo, é um estado pequeno e tem uma história bastante interessante. O estilo de vida europeu é parte da vida cotidiana em Sarre, que tem pouco mais de um milhão de habitantes e cuja capital é Saarbrücken.
Schleswig-Holstein
Com vista para o Mar Báltico e para o Mar do Norte, esse estado é fortemente influenciado pela vida marítima. As incríveis praias, ilhas e cidades portuárias são ótimas razões para visitar a região de Eslésvico-Holsácia. A capital é Kiel e cerca de 2,8 milhões de pessoas vivem em todo o estado.
Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental
Mecklemburgo-Pomerânia também tem sua parte de Mar Báltico. Antes da reunificação da Alemanha, em 1990, o estado pertencia ao lado leste do país. Nenhuma outra região possui tantos lagos e rios, e cerca de 1,7 milhões de pessoas vivem por lá. A capital é Schwerin.
Brandemburgo
Outro estado alemão recém-criado é Brandemburgo, vizinho de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Berlinenses adoram dar uma viajada por lá para apreciar a beleza natural do local, que tem fácil acesso para a capital alemã. Brandemburgo tem 2,5 milhões de habitantes e sua capital é Potsdam.
Saxônia
A Saxônia, no leste da Alemanha, tem cerca de 4 milhões de habitantes e abrange 18.400 quilômetros quadrados, o que a coloca em algum lugar do meio da lista dos estados alemães. Mas a Saxônia não é mediana: há muito para ver na região. Um exemplo é a arquitetura barroca de Dresden, sua capital.
Saxônia-Anhalt
A Alta Saxônia atrai inúmeros visitantes devido à sua famosa arquitetura de Bauhaus, assim como suas lindas paisagens e jardins, como os de Dessau-Wörlitz, que datam do século 18. A região tem cerca de 2,4 milhões de habitantes e a capital é Magdeburg.
Turíngia
Apelidada de “o coração verde da Alemanha”, a Turíngia fica exatamente no centro do país. O estado tem cerca de 2,3 milhões de habitantes e sua capital é Erfurt.