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População mundial pode superar 12 bilhões no final do século

19 de setembro de 2014

Estudo indica crescimento populacional bem acima do máximo de 9 bilhões estimados anteriormente. África deve quadruplicar número de habitantes até 2100.

Foto: picture-alliance/dpa

Ao contrário das expectativas, a população mundial deve continuar crescendo pelo menos até o final deste século. Em 2100, a população da Terra pode chegar a 12,3 bilhões de pessoas, segundo um estudo da Universidade de Washington e da ONU divulgado nesta quinta-feira (18/09) na revista científica Science.

O prognóstico, feito com base na análise estatística de dados da ONU de 2012, indica um aumento de quase 2 bilhões de pessoas em relação a cálculos anteriores. Segundo o pesquisador Adrian Raftery, que participou do estudo, foi consenso nos últimos 20 anos que a população mundial – atualmente em 7,2 bilhões – chegaria até os 9 bilhões de pessoas e então se estabilizaria ou começaria a diminuir.

População deve quadruplicar na África

Mas a nova análise mostra que há uma probabilidade de 80% de a população global atingir um número entre 9,6 bilhões e 12,3 bilhões de pessoas em 2100. Para o diretor do estudo, Patrick Gerland, as elevadas taxas de natalidade na África são o principal responsável por esse impulso. A população africana deve quadruplicar até o final do século – a taxa atual é de cerca de 4,6 filhos por mulher.

Para chegar ao novo resultado, os pesquisadores usaram novos métodos de cálculos de probabilidade, além de incluir os indicadores recentes sobre o vírus da aids no sul da África. Dessa maneira, eles podem afirmar, com 95% de certeza, que em 2100 pelo menos 9 bilhões de pessoas habitarão a Terra.

Se o continente africano deve ter um crescimento exponencial, passando dos atuais 1 bilhão para 4 bilhões de habitantes, na Ásia, por exemplo, o pico de crescimento populacional deverá ser atingindo já na metade deste século.

"O rápido crescimento populacional em países com elevadas taxas de natalidade pode trazer uma série de desafios", escrevem os pesquisadores. Esse fenômeno pode causar impactos ambientais, nas condições de trabalho e contribuir para o aumento da pobreza, da taxa de mortalidade materna e infantil, além da criminalidade.

Menos trabalhadores para cada aposentado

O estudo aponta também, que em muitos países, a proporção entre trabalhadores e aposentados vai diminuir drasticamente. No Brasil, atualmente para cada aposentado há 8,6 trabalhadores, mas a proporção deve cair para 1,5 trabalhador por aposentado até o final do século.

Redução grande também é esperada nos Estados Unidos: dos atuais 4,6 trabalhadores por aposentado para 1,9 em 2100; na China, de 7,8 para 1,8; na Índia, de 10,9 para 2,3 e na Nigéria, de 15,8 para 5,4.

CN/dpa/afp

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