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Populações de animais diminuíram 60% desde 1970, diz WWF

30 de outubro de 2018

Relatório mostra que ação humana é o principal fator para redução massiva da população de vertebrados no mundo. Cenário representa uma ameaça para a vida na Terra.

Bicho-preguiça
Animais da América do Sul e Central, como o bicho-preguiça, são os mais ameaçadosFoto: picture-alliance/blickwinkel/G. Kunz

A população mundial de vertebrados diminuiu 60% nos últimos 40 anos no mundo, aponta um estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) divulgado nesta terça-feira (30/10). A ação humana é a principal responsável por essa morte em massa de mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis.

As regiões que mais perderam animais selvagens entre 1970 e 2014 foram as Américas do Sul e Central, onde as populações de vertebrados encolheram 89%. O Relatório Planeta Vivo analisou o estado de 16.704 grupos de 4.005 espécies de vertebrados durante esse período.

Entre as espécies de fauna mais afetadas e com a maior taxa de extinção estão as de água doce, cuja redução nas populações chegou a 83%.

Dependendo da categoria, o ritmo atual  de extinção das espécies é entre 100 e 1.000 vezes maior do que alguns séculos atrás, quando a atividade humana começou a alterar a biologia e a química do planeta.

Segundo o relatório, a principal causa do declínio da biodiversidade é o modelo descontrolado de consumo pelo ser humano, que explora extensivamente ecossistemas e a agricultura. A humanidade é responsável também pela poluição, introdução de espécies invasoras e pelo aquecimento global, fatores que também impactam negativamente a vida selvagem.

"A enorme pressão feita sobre os recursos naturais está ameaçando a estrutura viva que sustenta a humanidade", afirmou Marco Lambertini, diretor-geral do WWF.

Em todo o mundo, a natureza proporciona serviços no valor de aproximadamente 125 bilhões de dólares por ano e ajuda a garantir o fornecimento de ar fresco, água potável, alimentos, energia e medicamentos.

Segundo o relatório, os manguezais, por exemplo, capturam quase cinco vezes mais carbono do que as florestas tropicais; as culturas parcialmente polinizadas por animais correspondem a 35% da produção mundial de alimentos; e os recifes de corais protegem cerca de 200 milhões de pessoas contra ondas e tempestades.

O WWF destaca ainda que a pegada ecológica do planeta – parâmetro que mede o consumo de recursos naturais – aumentou quase 190% nos últimos 50 anos.

CN/efe/afp/ots

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