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Populistas de direita comemoram vitória de Trump

9 de novembro de 2016

Políticos como Marine Le Pen, da França, e Frauke Petry, da Alemanha, elogiam decisão do povo americano e classificam triunfo do magnata republicano de "chance para o recomeço" e "revolução política".

Marine Le Pen
Le Pen: "Não é o fim do mundo, mas o fim de um mundo."Foto: Reuters/Y. Herman

Após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana, contrário ao establishment político e a favor de uma política anti-imigração, uma série de líderes populistas de direita europeus comemorou o resultado nesta quarta-feira (09/11).

Uma das manifestações mais efusivas partiu da presidente do partido de extrema direita francês Frente Nacional (FN), Marine Le Pen: "A decisão do povo americano deve ser interpretada como uma vitória para a liberdade, a liberdade de um povo soberano", afirmou, destacando que os americanos votaram contra o status quo. Pelo Twitter, professou: "Isso que aconteceu nesta noite nos Estados Unidos não é o fim do mundo, mas o fim de um mundo."

Nigel Farage, eurodeputado e líder do populista de direita Partido da Independência do Reino Unido (Ukip), também falou numa transformação: "Parece que o ano de 2016 foi o ano de duas grandes revoluções políticas". Farage desempenhou um papel importante na campanha pelo Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) e na véspera havia dito que, caso Trump vencesse, aceitaria de bom grado um cargo de embaixador europeu no governo americano. 

Petry destaca "movimento contra o establishment político"Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

Na Alemanha, a presidente do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Frauke Petry, disse ver Trump como "a melhor chance para um recomeço, que é urgente não apenas nos EUA, mas também em todo o mundo". Ela destacou que o "movimento contra o establishment político" tem reverberação em outros lugares, incluindo na Alemanha com a AfD.

Na Itália, Matteo Salvini, líder do partido eurocético e anti-imigração Liga Norte, comemorou o resultado pelo Twitter: "Agora é nossa vez."

O premiê húngaro, Viktor Orbán, que lidera uma coalizão de direita e duramente contrária à imigração, expressou seu contentamento pelo Facebook: "Parabéns. Que ótima notícia. A democracia ainda vive."

Manifestações de apoio vieram também do legislador populista holandês Geert Wilders, do Partido para a Liberdade (PVV). "Uma vitória histórica. Uma revolução!", escreveu no Twitter. "Nós também devolveremos nosso país ao povo holandês", prosseguiu Wilders, já de olho nas eleições de março próximo na Holanda. "A política nunca mais será a mesma", disse. 

IP/afp/dpa

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