Por que é difícil traçar a genealogia de negros no Brasil?
Pedro Ezequiel Agência Pública
21 de novembro de 2024
Historiadores explicam em reportagem da Agência Pública os desafios da preservação da memória e da ancestralidade em um país onde mais de 55% da população é preta ou parda.
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Esse texto faz parte do Projeto Escravizadores, uma investigação inédita da Agência Pública. O trabalho foi financiado pelo Pulitzer Center e republicado pela DW.
Se o futuro é ancestral, como recuperar a memória que se apagou? Como acessar as histórias que a escravidão combinou de silenciar? Enquanto uma parte da população se beneficiou do sistema da escravidão, pessoas negras sofreram duros impactos. Um deles foi o apagamento de suas identidades, culturas e genealogias.
Durante pesquisa sobre antepassados escravizadores de políticos e autoridades brasileiras, a equipe de reportagem da Agência Pública percebeu uma dificuldade em comum ao fazer o levantamento das genealogias: ter acesso a informações sobre antepassados de pessoas negras e indígenas, assim como a falta de dados sobre ancestrais negros libertos ou pessoas escravizadas, como sobrenome, origem e descendentes. Geralmente, essas pessoas eram citadas apenas pelo primeiro nome ou por uma alcunha.
Mesmo com mais de 55% da população sendo negra – considerando a soma dos grupos de pretos e pardos –, nosso país ainda tem dificuldade de preservar a memória e o orgulho de quem lutou por liberdade. Um caso emblemático é Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares. Sua história precisou ser recuperada da narrativa de imagens pejorativas contra ele, como conta Sueli Carneiro. Somente este ano, a data de sua morte, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, passou a ser celebrada comoferiado nacional.
Desde 2003, a Lei 10.639 determina a inclusão de história e culturas africanas no currículo escolar, mas umapesquisa realizada no ano passado pela Pública revelou que sete em cada dez secretarias de Educação dos municípios fizeram pouco ou nenhuma ação para implementar esses conteúdos em suas programações.
Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) provocou os estudantes sobre os "Desafios para a valorização da cultura africana no Brasil". Recuperar e manter essa memória é "um tema político do tempo presente", diz a professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Hebe Mattos. Ela é uma das responsáveis pelo "Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil". O projeto também virou o site "Passados Presentes – Memória da Escravidão no Brasil".
"A historiografia da escravidão é fantástica para contar a experiência das pessoas negras que foram escravizadas. Mas sempre sobre documentos que estão coisificando essas pessoas. [O nome da pessoa escravizada] Está no inventário, está num processo de crime como escravo. Para você ter uma outra visão, que não essa, você só tem a memória e a tradição oral", explica.
Resgatar registros históricos e memórias de pessoas escravizadas é um trabalho dificultado não apenas porque envolve processos de apagamentos, mas também por traumas sociais, individuais e familiares, e por processos históricos que foram colocados pela violência da escravidão, pela complexidade das hierarquias desse sistema, a miscigenação e, também, as migrações, explica a professora Hebe Mattos.
"Há processos familiares de apagamento das memórias do cativeiro. É uma memória difícil, é uma memória traumática. E, quando ela está mais longe no tempo, sobretudo longe num tempo que passa a própria sociedade escravista, pode acontecer realmente uma quebra dessa memória", diz.
Os processos de migração também têm um papel importante no apagamento de memórias e genealogias de famílias de pessoas negras que foram escravizadas, segundo a pesquisadora. Por isso, "mesmo com as famílias brancas ou esbranquiçadas você não vai além da terceira geração. Porque, quando a gente trabalha com os extratos mais subalternos, populares – estou pensando no campesinato, seja branco ou seja negro –, você tem um processo de migração, de desenraizamento, então de uma memória genealógica mais curta".
"O silêncio sobre memórias coletivas é uma escolha de sujeitos do presente"
A dificuldade de recuperar a genealogia de pessoas negras que foram escravizadas não é um problema de falta de documentos, diz a professora do Instituto Federal do Pará (IFPA) de Belém e doutora pela Universidade Federal do Pará (UFPA) Marley Antonia Silva da Silva. "O silêncio sobre memórias coletivas é uma escolha de sujeitos do presente. Temos que pensar na memória que a gente quer evocar, porque a gente só faz história partindo do presente. Eu penso que a memória não consegue se construir fora das coletividades negras que sempre existiram, que sempre se rearranjaram, que sempre se azeitaram", explica.
Ela fez o parecer técnico do Memorial Afro-Amazônico que deve ser construído na capital paraense. Mesmo com mais de 70% da população no grupo de pessoas negras – considerando pretos e pardos – na cidade, a professora diz que "é o passado português que ainda continua muito vivo". "Uma das formas de descrição de Belém é: Belém é uma cidade morena. Belém não é morena, Belém é negra. E Belém não é negra de hoje, Belém é negra do período colonial", argumenta.
As pesquisas sobre as figuras históricas de Mariana e Generalda, que lutaram pela liberdade em Belém no século 18, foram feitas com consultas às instituições de preservação de acervos, como o Arquivo Histórico Ultramarino, de Portugal, e o Arquivo Público do Pará. Mas a memória, segundo ela, se constrói também pelos relatos das pessoas mais velhas e pelo movimento negro.
Mariana queria pagar sua alforria ao senhor Augusto Domingues de Sequeira, mas ele impediu por todos os meios. Africana, como era descrita, enviou seu pedido ao rei português dom João V. Não há informações sobre se seu pedido foi acatado. Na mesma Belém, no final do século 18, Generalda era mãe e queria alforriar a si mesma e seus três filhos: Vitório, Dionísio e Ignês. Contou com uma rede de apoio de familiares e amigos para lutar em busca do direito de ser quem ela era junto aos descendentes. Infelizmente, apenas sua liberdade e de um dos filhos foi conquistada. A família seguiu separada. Os núcleos familiares são, diz Marley Antonia Silva da Silva, uma das formas de resistência de histórias e identidades na escravidão.
"A busca por memória é um direito individual e também coletivo", argumenta a professora. "O Estado, a imprensa, as instituições de ensino têm obrigação com a memória, com a memória coletiva, de nomear esse passado, de nomear as cores dos Estados, de dar nome aos sujeitos escravizados e não escravizados, dar nome a esses escravizadores e a seus não escravizadores. A memória é um direito coletivo pelo qual nós temos que lutar", defende.
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As sementes da memória
Se as barreiras estão colocadas, a história pode ajudar a derrubá-las para chegar até a vida de quem foi escravizado, mas não foi reduzido à escravidão. Nilma Teixeira Accioli é professora doutora em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela descobriu que sua a tataravó, Margarida, foi escravizada pela família de Manoel Fernandes Barata, cuja família tinha terras em Campo Grande, no Rio de Janeiro.
A partir dos relatos que ouvia da avó quando criança, sobre seus ancestrais que teriam sido escravizados, a pesquisadora passou a procurar os processos relacionados à família Barata. Ela descobriu que, ao ser capturada por mercenários ainda em solo africano, Margarida, sua ancestral originária de Angola, trouxe consigo uma semente de tinhorão – uma planta de folhas grandes e rajadas. No porão do navio para o Brasil, ela conheceu Gonçalo, do Congo. Hoje, seus descendentes têm um tinhorão plantado em suas casas.
"Todo mundo da família tem a semente da batata do tinhorão. É como se a presença de vó Margarida e de vô Gonçalo estivessem sempre com a gente. Tenho muito orgulho de descender deles, não tenho orgulho deles terem sido escravizados. Tenho orgulho deles terem superado a escravização, terem formado a família deles, terem organizado a família de uma maneira que o amor persistiu durante tantas gerações. Esse tinhorão é um elo com vô Gonçalo e a vó Margarida", conta a professora.
Descobrir a história de seus ancestrais foi, para Nilma Accioli, descobrir a si mesma. "Esse caminho é importante que as pessoas sigam. Procurem saber as suas identidades, porque a valorização da ancestralidade é que dá também o seu reconhecimento como ser humano. Você não nasceu do nada. Você nasceu de uma linha genealógica. E isso as pessoas deveriam começar a aprender até nas escolas de ensino fundamental."
O mês de novembro em imagens
O mês de novembro em imagens
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Rússia bombardeia Aleppo, na Síria, pela 1ª vez em 8 anos
Caças russos e sírios realizaram bombardeios em Aleppo, segunda maior metrópole da Síria, depois que jihadistas assumiram o controle da maior parte da cidade após uma ofensiva surpresa. Os ataques ocorreram em um momento em que uma aliança de facções rebeldes, liderada pela organização militante islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) penetrou profundamente na cidade. (30/11)
Foto: OMAR HAJ KADOUR/AFP
Rebeldes sírios invadem Aleppo pela primeira vez desde 2016
Rebeldes sírios da organização radical islâmica Hayat Tahrir al-Sham (HTS) entraram em bairros da cidade síria de Aleppo, a segunda maior do país, nesta sexta-feira. Com a ofensiva relâmpago do grupo jihadista, as forças do regime de Bashar al-Assad perderam o controle de posições que mantinham no município desde 2016. (29/11)
Foto: Bakr Alkasem/AFP
Austrália proíbe redes sociais para menores de 16 anos
O Senado da Austrália aprovou uma lei inédita em todo o mundo que proíbe o uso de redes sociais para menores de 16 anos. A legislação prevê multas de até 50 milhões de dólares australianos a plataformas como TikTok, Instagram, Facebook, Snapchat, Reddit e X no caso de falhas sistêmicas em bloquear os perfis para crianças e adolescentes. (28/11)
Foto: Anna Grigorjeva/PantherMedia/IMAGO
Libaneses retornam à casa – ou ao que restou dela
Milhares de habitantes do sul do Líbano desalojados há meses voltam a suas casas em meio a celebrações, logo após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Apesar da advertência das Forças de Defesa Israelenses (IDF) para que os libaneses se mantenham longe das áreas previamente evacuadas, longos engarrafamentos se formaram nas estradas que levam à região. (27/11)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Biden anuncia cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah
Em discurso na Casa Branca, o presidente americano, Joe Biden, anunciou que Israel aceitou o acordo de trégua de 60 dias o grupo xiita Hezbollah no Líbano. Ele chamou o pacto, mediado por EUA e França, de um "novo começo" para o Líbano e disse que o plano é "projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades". (26/11)
Foto: Saul Loeb/AFP/Getty Images
Queda de avião da DHL na Lituânia deixa um morto
Um avião de carga que voava da Alemanha para a Lituânia caiu numa área residencial perto do aeroporto de Vilnius. Segundo as autoridades locais, dos quatro membros da tripulação, um morreu e três ficaram feridos. Destroços do avião atingiram um pequeno prédio de apartamentos. A queda provocou um incêndio, e as chamas chegaram a atingir o prédio. (25/11)
Foto: Lukas Balandis via REUTERS
França autoriza Ucrânia a usar armas de longo alcance contra a Rússia
Após EUA e Reino Unido, França diz que também autorizou "uso defensivo" de armas mais pesadas contra o território russo. País abastece a Ucrânia com mísseis de cruzeiro do tipo Storm Shadow (foto) desde 2023. A Alemanha, até agora, tem se recusado a fornecer essas armas. O Kremlin criticou Paris, chamando a decisão de "tiro de misericórdia" para a Ucrânia. (24/11)
Foto: Nicolas Economou/NurPhoto/picture alliance
Após tensas negociações, COP29 termina com promessa de US$ 300 bi por ano
Conferência do Clima da ONU em Baku, no Azerbaijão, terminou com promessa de US$ 300 bilhões por ano para países mais afetados por eventos climáticos extremos. Acordo tenso foi costurado na reta final do evento e sob protestos de alguns países (foto). Valor ficou abaixo dos US$ 1,3 trilhão pedidos. Reunião também aprovou regulamentação do mercado de carbono. (23/11)
Foto: Murad Sezer/REUTERS
Putin alerta para mais testes com mísseis
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu mais testes com o míssil hipersônico Oreshnik, disparado um dia antes na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Por isso, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, apelou para mais sistemas antiaéreos contra as ameaças, que levaram o parlamento da Ucrânia a fechar as portas. Putin também disse que a Rússia deve começar a produção em série da nova arma. (22/11)
Foto: Press Service of the State Emergency Service of Ukraine in Dnipr/picture alliance
PF indicia Bolsonaro e outros 36 por tentativa de golpe de Estado
A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. Os agentes apontam que Bolsonaro "analisou e alterou" uma minuta de decreto desenhada para não deixar o poder após derrota nas urnas em 2022 e que ele sabia da existência de um plano para executar Lula. (21/11)
Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images
Protesto de agricultores franceses contra acordo UE-Mercosul entra no 3º dia
Agricultores franceses fizeram barricadas, fecharam a fronteira entre a Espanha e a França e jogaram chorume em frente a prédios públicos em protesto contra um possível acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, endossou a manifestação e interrompeu a compra de carne produzida pelos países do bloco sul-americano. (20/11)
Foto: Gaizka Iroz/AFP/Getty Images
PF desbarata complô de militares para matar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal prendeu um membro da corporação e quatro militares ligados às forças especiais do Exército suspeitos de planejarem um golpe de Estado após as eleições de 2022 e de um complô para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Inquérito envolve ainda o general Braga Netto, ex candidato a vice de Jair Bolsonaro. (19/11)
Foto: Evaristo Sa/AFP
Líderes do G20 no Rio de Janeiro
Brasil recebe líderes das 20 principais economias do planeta no Rio de Janeiro. Declaração final do encontro defende combate à pobreza, desenvolvimento sustentável, taxação de super-ricos e pede soluções diplomáticas para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio. (18/11)
Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance
Biden visita a Floresta Amazônica
O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro para a cúpula do G20. Ele visitou uma reserva florestal, encontrou-se com líderes locais e sobrevoou de helicóptero uma parte da floresta e o encontro dos rios Negro e Solimões. (17/11)
Foto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance
No G20 Social, Lula defende "jornadas mais equilibradas"
O presidente Lula recebeu neste sábado a declaração final do G20 Social – iniciativa da presidência brasileira do G20 para sistematizar e levar propostas da sociedade civil aos chefes de governo dos países do grupo. Ele aproveitou o evento para se entrar no debate sobre a jornada de trabalho, em evidência após proposição de PEC que acaba com a jornada 6x1. (16/11)
Foto: Daniel Ramalho/AFP
Scholz pede a Putin "paz justa e duradoura" na Ucrânia
Na primeira conversa em quase dois anos, chanceler federal alemão (foto) defendeu negociações para encerrar a guerra, enquanto líder russo insistiu em "novas realidades territoriais" em solo ucraniano. Em entrevista de TV exibida no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski disse crer que a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos apressará o fim do conflito. (15/11)
Moraes associa atentado suicida em Brasília a "gabinete do ódio" de Bolsonaro
Após Jair Bolsonaro chamar a ação de um homem-bomba em Brasília de "fato isolado", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reagiu dizendo que o episódio é fruto do clima extremismo que se instalou no país durante o mandato do ex-presidente. Moraes descartou anistia a golpistas: "Pacificação, só com responsabilização de criminosos." A PF apura o caso. (14/11)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Biden dá as boas-vindas a Trump para iniciar a transição
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e o atual mandatário, Joe Biden, estiveram reunidos hoje no Salão Oval da Casa Branca inaugurando formalmente a transição para o governo do republicano, que toma posse em 20 de janeiro. Trump enfatizou que "política é difícil" em seu retorno, embora tenha agradecido a Biden por seus esforços para garantir uma transição pacífica. (13/11)
Foto: AP/dpa/picture alliance
Eleições antecipadas à vista
O partido SPD, do chanceler Olaf Scholz, e a sigla de oposição CDU chegaram a um acordo: as eleições antecipadas para o Bundestag (parlamento alemão) serão realizadas em 23 de fevereiro. A decisão veio uma semana depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, do neoliberal FDP, que selou o fim da coalizão tripartidária à frente do país, que contava ainda com os verdes. (12/11)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Holanda impõe controles de fronteira para barrar ilegais
O governo holandês anunciou a imposição de controles extras em suas fronteiras terrestres para combater a imigração ilegal. "É hora de enfrentar o tráfico de migrantes de maneira concreta", disse ministra holandesa da Migração, Marjolein Faber. Medida tem caráter temporário, de acordo com as normas da União Europeia. (11/11)
Foto: Marcel van Hoorn/ANP/AFP
Ucrânia lança ataque de drones contra Moscou
Bombardeada com um número recorde de 145 drones, a Ucrânia reagiu atacando Moscou com ao menos 34 drones, na mais pesada investida contra a capital russa desde o início da guerra, em 2022. O ataque ucraniano interrompeu o tráfego aéreo em três grandes aeroportos de Moscou e feriu ao menos uma pessoa em um vilarejo nos subúrbios da cidade. (10/11)
Foto: Tatyana Makeyeva/AFP/Getty Images
Ataque suicida deixa mais de 20 mortos no Paquistão
Um ataque suicida executado em uma estação ferroviária da cidade paquistanesa de Quetta, na conturbada província do Baluchistão, deixou pelo mais de 20 mortos e 40 feridosl. O grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) assumiu a responsabilidade em um comunicado divulgado nas redes sociais.(09/11)
Foto: Banaras Khan/AFP/Getty Images
Cúpula da UE termina sob espectro da reeleição de Trump
Líderes da UE prometeram dar novo impulso à economia do bloco europeu ao término da cúpula que reuniu chefes de governo dos 27 Estados-membros na Hungria. Resultado das eleições nos EUA motivou europeus a avançarem medidas para aumentar competitividade do bloco. Cúpula termina com promessa de reforçar defesa e combater alta nos custos de energia. (08/11)
Foto: Mehmet Ali Ozcan/AA/picture alliance
Biden pede união e promete transição pacífica nos EUA
“Você não pode amar seu país somente quando vence. Você não pode amar seu vizinho somente quando concorda. Algo que esperamos que possamos fazer, não importa em quem você votou, é nos vermos não como adversários, mas como concidadãos americanos. Reduzam a temperatura”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, em discurso na Casa Branca (07/11)
Foto: Ron Sachs/Pool/CNPZUMA Press Wire/IMAGO
Scholz demite ministro das Finanças e governo alemão fica por um fio
A tríplice coalizão partidária que governa a Alemanha desmoronou após o chanceler federal Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD), exonerar o ministro das Finanças, Christian Lindner, que também é presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão). Num pronunciamento na televisão, Scholz explicou as razões da demissão e dirigiu palavras duras ao ex-ministro. (06/11)
Foto: ODD ANDERSEN/AFP/Getty Images
Trump derrota Kamala e retorna à Presidência dos EUA
Donald Trump foi eleito novamente presidente dos Estados Unidos, protagonizando um retorno dramático e triunfal à Casa Branca. O republicano derrotou de maneira decisiva sua rival democrata Kamala Harris ao superar a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos EUA. E, em contraste com sua vitória anterior, em 2016, Trump ainda ficou à frente no voto popular. (06/11)
Foto: Brian Snyder/REUTERS
EUA vão às urnas para escolher o novo presidente
Os EUA foram às urnas para definir quem vai comandar a maior potência econômica e militar do mundo. Na disputa estão a democrata Kamala Harris – que pode ser eleita a primeira mulher a ocupar a Casa Branca – e o republicano Donald Trump – que tenta um retorno à Presidência quase quatro anos após deixar Washington em desgraça, na esteira de uma tentativa de golpe. (05/11)
Foto: Timothy D. Easley/AP Photo/picture alliance
Morre Agnaldo Rayol aos 86 anos
Após mais de 60 anos de carreira artística, morreu o carioca Agnaldo Rayol, em consequência de uma queda em sua residência. Cantor romântico, com o auge do sucesso na década de 1960, também protagonizou telenovelas e filmes em papéis de galã, e apresentou programas próprios na TV. Descendente de imigrantes, tocou os corações de seus fãs com canções em italiano, até nos anos 90. (04/11)
Foto: Fotoarena/IMAGO
População joga lama em rei da Espanha durante protestos pós-enchentes
Uma visita do rei e da rainha da Espanha e do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, às áreas atingidas pelas enchentes em Valência, no leste do país, terminou em confusão. Uma multidão atirou lama, pedras e objetos na comitiva e hostilizou as autoridades com gritos de "assassinos". O barro atingiu o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia. (03/11)
Foto: Manaure Quintero/AFP/Getty Images
Espanha intensifica busca por sobreviventes após enchente
O governo espanhol enviou 10 mil agentes de segurança para auxiliar nas buscas por desaparecidos na região de Valência, leste do país, atingida por uma enchente de grandes proporções que deixou 211 mortos nesta semana. Esse é o maior emprego de forças do Exército espanhol em tempos de paz. A inundação já é considerada a segunda mais mortal deste século na Europa. (02/11)
Foto: Alberto Saiz/AP Photo/picture alliance
Alemanha facilita mudança legal de gênero
Maiores de 18 anos poderão requerer a alteração dos registros oficiais, adotando um novo prenome e gênero, ou até eliminando a indicação de gênero. Menores acima dos 14 anos também podem recorrer às novas regras, sob aprovação paterna ou por recurso legal. Em Berlim, que tem comunidade LGBT+ atuante, cerca de 1.200 requerimentos foram apresentados no primeiro dia de vigência da nova lei. (01/11)