Propagada por Bolsonaro, ideia tem encontrado eco entre empresários. Para cientistas, contexto brasileiro não possibilita isolamento apenas de grupos de risco ou modelo sul-coreano. Economistas também descartam medida.
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Em alternativa à quarentena decretada em alguns estados para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro passou a defender o isolamento apenas de idosos e de grupos de risco. Já economistas e investidores falam em aplicar o modelo sul-coreano de retiro parcial e testes massivos. Apesar de estarem ganhando mais adeptos no país, infectologistas e epidemiologistas descartam a aplicação destas medidas no contexto brasileiro.
Para justificar suas propostas, Bolsonaro, empresários e investidores alegam que o remédio receitado para combater o coronavírus – a quarentena de toda a população – pode ser pior que a própria doença. A ideia contraria, sobretudo, a recomendação da própria Organização Mundial de Saúde (OMS) e vai na contramão de medidas aplicadas em quase todo o mundo.
Os defensores desta ideia argumentam que pode haver exagero numa quarentena por mais de duas semanas, e que o abalo econômico pode ser mais amargo, além de afetar mais gente que a própria crise da saúde. Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, é um desses críticos. Ele publicou um vídeo em que dizia: "não podemos [parar] por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer". Depois, se desculpou.
As consequências econômicas do coronavírus são ainda imprevisíveis. Economistas falam num impacto global, no mínimo, tão grande quanto o da crise de 2008. Para o Brasil, que sofreu queda acumulada de 8% do Produto Interno Bruto (PIB) na última recessão e cresce em torno de 1% nos últimos três anos, com 41% de pessoas na informalidade, certamente será crítico. Em meados deste mês, o Credit Suisse cortou a projeção de crescimento do PIB brasileiro para zero em 2020.
Mas não é só a questão humanitária que representa um problema na ideia do isolamento apenas de idosos. "Como você faz uma quarentena isolando só idosos no Brasil? Nossos idosos moram com a família, com crianças e jovens. O presidente da República, para estarrecimento de todos que prezam pela ciência, falou em reabrir escolas. As crianças vão contrair o vírus na escola e vão levar para dentro de casa para contaminar os idosos", argumenta o ex-ministro da Saúde e pesquisador da Fiocruz José Gomes Temporão, que esteve à frente do combate à H1N1.
O professor titular de epidemiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Roberto Medronho tem uma opinião semelhante. "É impraticável, teríamos que colocar os idosos separados das famílias, em hotéis, em qualquer opção desse tipo. Se o idoso ficar apenas sem sair de casa, vai ser contaminado pela família."
Especialistas ouvidos pela DW Brasil também são céticos em relação à aplicação do modelo sul-coreano no país. "A Coreia conseguiu testar grande parte da população. No caso do Brasil, e da China, não há essa capacidade, por serem países de dimensões continentais. E não tem nem como comprar tantos testes no mercado internacional", afirma o professor da Universidade Federal de Pelotas e doutor em epidemiologia Bruno Nunes.
Os especialistas destacam o contexto completamente diferente do país asiático diante do Brasil. Com 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, dimensões continentais e condições de habitação e socialização completamente diferentes das da Coreia do Sul, a comparação entre os dois países não faz sentido.
Além disso, Nunes lembra que com a contaminação atingindo áreas mais empobrecidas, onde várias pessoas dividem poucos cômodos, fica impraticável isolar grupos de risco. No Rio de Janeiro, por exemplo, um terço da população vive em comunidades.
De acordo com Temporão, o Brasil optou pelo isolamento social ainda no começo da contaminação e, se for possível manter dois meses ou mais de quarentena, o país pode ter um resultado positivo diante da crise. "Eu não conheço nenhum epidemiologista sério no Brasil que defenda esse posicionamento do presidente. Vemos uma pressão do empresariado, que não entende nada de saúde, numa situação muito delicada".
OMS recomenda isolamento social
O isolamento social é uma das recomendações da OMS para conter a pandeia, considerada inclusive a medida mais eficaz até agora. Um artigo científico publicado na revista Science sobre as restrições adotadas pela China pontua que "as medidas drásticas de controle" impostas no país asiático "atenuaram substancialmente a expansão da covid-19".
As evidências científicas mostram que o isolamento social tem o efeito de achatar a curva de infectados, isto é, fazer com que haja menos pessoas infectadas em um curto espaço de tempo, o que tenderia a sobrecarregar o sistema de saúde e elevar a letalidade. Ele foi adotado pela China, que superou a crise do novo coronavírus, e por países europeus, como França, Itália, Espanha e Alemanha.
"Se tivermos no Brasil o acúmulo de pacientes que tivemos no norte na Itália, que tivemos em Wuhan, que vamos ter em Nova York, teremos uma brutal hecatombe. Vamos ter pessoas morrendo não é nem dentro de hospital, será na rua, porque não vão conseguir nem entrar em hospital", avalia o professor de infectologia da UFRJ Celso Ramos.
Medronho explica ainda que o isolamento é importante para diminuir o chamado número de reprodução básico. Quando esse número é menor que um, a epidemia cessa. Quando está em 1,5, é considerada uma situação endêmica. "No Brasil, estudos que estamos fazendo nos mostram que está em torno de 5, outros pesquisadores, estimam 4,4", alerta, ao mostrar o alto índice de contágio do vírus no momento.
"No nosso país, temos muita gente com doenças crônico-degenerativas e os processos epidêmicos regularmente nos atingindo, o que faz com que tenhamos uma carga de adoecimento já elevada", acrescenta.
Mesmo economicamente, medida seria ruim
Para o professor Nelson Marconi, coordenador do Núcleo de Desenvolvimento da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EAESP), nem mesmo economicamente faria sentido aliviar as restrições de forma prematura. "Vamos supor que os governos liberem ou reduzam o isolamento, a epidemia se agrava, e aí logicamente vai ter um problema social com impacto sobre o nível de atividade também. As pessoas vão se retrair de novo se aumentar o número de mortes, mas aí de forma desordenada. Não existe essa solução", diz.
Ele defende que o governo aumente o gasto público tanto para a saúde quanto para maior proteção social. Assim, age nas duas frentes necessárias para que os impactos, tanto sociais quanto econômicos, não sejam tão severos. É nesta direção que têm atuado os governos europeus, por exemplo. "O isolamento tem que acontecer, a questão é saber o que [o governo] precisa fazer para minimizar esse impacto".
O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, também acredita que é mais inteligente manter o isolamento social. "Se do ponto de vista médico é pior [não fazer quarentena], do ponto de vista econômico é pior, porque vai demorar mais para superar [a epidemia no país]. A informação que eu tenho é que quem tentou outro caminho, que foi a Europa no começo, perdeu tempo, perdeu vidas, e perdeu atividade econômica".
Reino Unido voltou atrás de quarentena parcial
O fundador do Centro de Prevenção de Doenças de Yale, David Katz, é um dos críticos do isolamento total da população. Com base em dados da Coreia do Sul, ele argumenta que 99% dos infectados sentem no máximo sintomas leves e não precisam de tratamento. E sugere concentrar testes em idosos.
Temporão, no entanto, discorda desta visão. "Claro que existem polêmicas e ninguém é dono da verdade. Mas o que chama a atenção é: o mundo todo neste momento opta pelo distanciamento social radical. Vacina só daqui a um ano, um ano e meio, e medicamentos ainda não temos", diz o ex-ministro da saúde.
Na semana passada, o premiê britânico, Boris Johnson, defendia um isolamento parcial da população. Nesta terça-feira, no entanto, voltou atrás diante da pressão da opinião pública e de cientistas, e acabou determinando a quarentena para todos.
Por enquanto, além de Bolsonaro, o único outro líder mundial que acena com o fim precoce da quarentena total é o presidente americano, Donald Trump, que falou na possibilidade de encerrá-la na Páscoa.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.