Brasil está no topo da lista britânica de estrangeiros que retornaram aos países de origem em 2024. Somente até setembro deste ano, cerca de 2,5 mil brasileiros receberam assistência para deixar o Reino Unido.
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Por dois anos e meio, a manicure brasileira Fernanda (nome fictício) viveu em Londres com o marido e a filha, de 7 anos. Os três se mudaram para o Reino Unido a convite de outros parentes, mas a falta de estabilidade financeira e os desentendimentos constantes transformaram em pesadelo o sonho de uma vida melhor no exterior.
No começo do ano, a família descobriu que poderia regressar ao Brasil por meio do serviço de retorno voluntário do Home Office, o departamento ministerial do Reino Unido responsável pela imigração. Por meio dele, os brasileiros em situação ilegal recebem, além da passagem aérea, um apoio financeiro de até 3 mil libras esterlinas, cerca de R$ 23 mil, para voltar para ao Brasil.
Em 2024, cerca de 2,5 mil brasileiros fizeram o mesmo que Fernanda, solicitaram essa assistência e voltaram ao Brasil. É como se todos os dias cerca de 11 brasileiros tivessem deixado o Reino Unido dessa forma.
Os brasileiros estão entre as três nacionalidades que mais retornaram de maneira voluntária do Reino Unido em 2024, atrás apenas de indianos e à frente de albaneses. Foram 2,9 mil retornos voluntários entre janeiro e setembro de 2024, a maioria deles, cerca de 86%, feita de maneira assistida. Outros foram custeados por conta própria.
O número é bem maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando 1,7 mil brasileiros haviam deixado o Reino Unido de forma voluntária, um aumento de 73% em um ano.
"No mesmo voo que o meu, havia pelo menos outras três famílias com crianças pequenas, além de um homem sozinho", conta Fernanda, que retornou em maio em um voo comercial.
Voos fretados somente com brasileiros
No início de dezembro, o jornal dominical The Observer publicou uma reportagem afirmando que cerca de 600 brasileiros haviam sido mandados de volta ao Brasil em três voos fretados secretos. O veículo chegou a usar a palavra deportações para se referir aos casos.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil negou que os voos eram secretos e que os casos eram de deportação. Segundo o Itamaraty, os brasileiros teriam regressado por meio do programa de retorno voluntário.
Por outro lado, fontes do órgão confirmaram à DW que foi o próprio Reino Unido que propôs organizar os voos e que este foi o primeiro ano em que essa medida foi implementada. Além disso, fontes do Itamaraty disseram que, na verdade, foram quatro voos realizados em 2024 e não três como havia publicado o The Observer.
Além dos voos divulgados pelo jornal inglês, ocorridos nos dias 9 de agosto, 23 de setembro e 27 de setembro, também houve um em 28 de novembro. O órgão não quis confirmar a quantidade de brasileiros enviados de volta. Em agosto, a emissora de televisão Band chegou a noticiar um voo com 200 brasileiros regressando do Reino Unido.
A onda de medo entre brasileiros na Irlanda
16:43
Na prática, não se sabe quantos brasileiros nesses quatro voos voltaram porque queriam ou porque foram obrigados. Uma brasileira entrevistada pela DW que preferiu não se identificar contou que um amigo foi deportado no segundo semestre deste ano.
"Ele foi abordado na estação de Liverpool Street em Londres. Ele falou que estavam parando aleatório. Os policiais escolhiam e checavam o documento. Falou que estavam disfarçados, e checando com um tablet a identificação das pessoas", diz. O amigo dela, que morava no Reino Unido desde 2022, ficou dez dias detido antes de voltar, nesse caso sem apoio financeiro.
Depois da pandemia, tanto os retornos voluntários quanto os forçados têm aumentado no Reino Unido. Neste ano, cerca de 29 mil pessoas foram devolvidas aos seus países de origem apenas até a primeira semana de dezembro, 25% a mais do que em 2023 e o maior número desde 2017, de acordo com o Observatório de Migração da Universidade de Oxford.
De acordo com os dados do Home Office, que contabilizam informações até setembro de 2024, a quantidade de brasileiros que foram detidos por questões migratórias aumentou em 8% entre 2023 e 2024. O Brasil foi a terceira nacionalidade entre o número de detidos, perdendo apenas para Albânia e Romênia, respectivamente.
Ao todo, 1,1 mil brasileiros foram detidos no Reino Unido devido a questões migratórias em 2024, e 114 estavam na prisão em setembro. Daqueles que foram detidos, 413 foram deportados.
Reflexo das políticas migratórias britânicas
Em março deste ano, o Reino Unido implementou novas regras de imigração. Entre elas, o aumento do salário-mínimo bruto exigido para conseguir um visto de trabalho e trazer dependentes – que passou de 26,2 mil libras por ano para 38,7 mil libras (cerca de R$ 285 mil). Além disso, estudantes que não estejam fazendo pós-graduação em programas de pesquisa ficaram proibidos de trazer dependentes. O objetivo das medidas é reduzir a imigração.
"Tanto as concessões de visto quanto a migração líquida diminuíram em 2024, apontando para um impacto significativo das restrições", afirmou Mihnea Cuibus, pesquisador do Observatório da Imigração da Universidade de Oxford. Tanto o governo conservador quanto o trabalhista, explica Cuibus, defendem que os retornos de estrangeiros ilegais precisam aumentar.
A meta é expandir as detenções de ilegais em pelo menos 15%. "No entanto, não está claro o quanto do recente aumento nas devoluções se deve a quaisquer novas medidas, e não a continuação das tendências anteriores", pondera Cuibus.
Por que é fácil enviar brasileiros de volta
O serviço de retorno voluntário (VRS) é um programa destinado a quem entrou ilegalmente na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte ou ultrapassou o prazo de permanência permitido pelo visto. Também podem solicitar o retorno quem pediu asilo ou direito de permanência no Reino Unido, além de vítimas de escravidão moderna.
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De acordo com Cuibus, esse tipo de medida é vantajoso para o governo do Reino Unido por ser mais barata e humana. Uma estimativa de 2015 calculou que o custo para o governo britânico do retorno voluntário fica em torno de 7 mil libras esterlinas (R$ 53 mil), quanto uma remoção forçada pode chegar a 15 mil libras (R$ 115 mil). "E esses valores provavelmente aumentaram consideravelmente na última década", lembra Cuibus.
O Reino Unido tem acordos de retorno com 24 países. O Brasil não está nessa lista, mas há alguns fatores que explicam por que o país figura no topo da lista de cidadãos removidos do Reino Unido.
Um deles é a quantidade de residentes: cerca de 230 mil brasileiros vivem no Reino Unido, a segunda maior população brasileira na Europa. Outro fator é a situação política e socioeconômica. "É muito mais fácil devolver alguém para países relativamente pacíficos e onde há oportunidades econômicas, como o Brasil ou a Índia, do que para lugares como o Iraque ou a República Democrática do Congo", afirma Cuibus.
Por outro lado, os brasileiros são elegíveis a receber a assistência financeira porque o Brasil é um país em desenvolvimento, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Até março de 2022, o retorno voluntário era feito em parceria com organizações do terceiro setor com influência nas comunidades de estrangeiros, conta Vitória Nabas, advogada brasileira especialista na área de imigração e integrante da ONG Casa do Brasil, entidade que atuou durante cinco anos como facilitadora do projeto.
Na época, os brasileiros iam até a sede da instituição para realizar as entrevistas com os agentes do Home Office, e pessoas ligadas à ONG apoiavam com a tradução. A parceria com as entidades, entretanto, foi interrompida sem justificativas, afirma Nabas. "Quando facilitávamos o projeto, as pessoas iam para o Brasil em menos de uma semana. Agora, estão esperando em média seis meses", diz.
Atualmente, o processo envolve preencher um formulário no site do governo e aguardar o retorno das autoridades.
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Voluntários, mas nem tanto
Outro fator que contribui para o regresso de brasileiros, voluntária e involuntariamente, são os desafios para permanecer no Reino Unido. Com o Brexit, desde janeiro de 2021, brasileiros com dupla nacionalidade europeia perderam o direito de viver, trabalhar ou estudar no Reino Unido sem visto.
Com isso, explica o advogado especialista em imigração e sociólogo Edmar da Rocha, muitos brasileiros com cidadania portuguesa, italiana e espanhola ou dependentes destes se tornaram ilegais. "O Reino Unido não faz anistia, não tem políticas públicas para regularizar uma pessoa. O que você tem são rotas de imigração, por meio de casamento, estudo, trabalho e família", explica Rocha.
De acordo com ele, a comunidade brasileira enfrenta dois principais desafios: atender aos critérios da imigração e financeiro. O custo para requisitar um primeiro visto, de duração de dois anos e meio, pode chegar a 3,8 mil libras (R$ 30 mil). "Só o imposto de saúde, que era 735 libras, aumentou para 1.035", acrescenta Rocha. Uma residência permanente requer no mínimo três submissões, que custam o mesmo valor da primeira.
Por isso, o uso da palavra "voluntário" para descrever os retornos é considerado controverso. "Eu conheci uma mulher que engravidou de um brasileiro, ele não deu assistência e ela estava aqui sozinha com a criança, sem poder trabalhar. Não queria voltar, mas foi pelo desespero", exemplifica Fernanda.
De acordo com o The Observer, nos voos fretados, houve pelo menos um caso de uma mulher vítima de violência doméstica que teve a concessão de permanecer no Reino Unido negada e foi obrigada a voltar.
Fontes da Revibra, uma rede de assistência a mulheres migrantes vítimas de violência doméstica ou discriminação contra imigrantes, afirmaram à DW que é muito difícil denunciar casos de violência doméstica no Reino Unido e muitas mulheres são orientadas a voltar quando procuram a assistência social.
"Muitas vezes, imigrantes enfrentam situações de pressão, como o risco de deportação forçada, ou se veem sem alternativas viáveis para regularizar sua situação, o que acaba tornando o programa [de retorno] uma espécie de último recurso", afirma Francine Mendonça, especialista em imigração da LondonHelp4u.
Mendonça afirma que todos os meses recebe, em média, dez interessados em entender e se submeter ao processo de retorno voluntário. Entre os problemas relatados estão falta de emprego estável, questões de saúde ou isolamento. Há também quem deseje retornar ao Brasil para estar próximo da família após anos vivendo no Reino Unido.
"Muitos estão em situação irregular, seja porque o visto expirou ou porque nunca tiveram um status legal formalizado", diz. Quem adere ao programa de retorno voluntário não pode voltar ao Reino Unido por um período de até cinco anos.
Fernanda diz que, por enquanto, não pensa em regressar ao Reino Unido. "A situação estava muito difícil, se eu não tivesse minha filha, teria tentado mais. Mas, com ela, não dava."
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Anas Alkharboutli/dpa/picture alliance
Mundo celebra chegada de 2025
Milhões foram às ruas para comemorar a virada do ano em diversos países. Na Austrália, um milhão de pessoas viram o show de fogos de artifícios na capital do país. (31/12)
Foto: Bianca De Marchi/AAP via REUTERS
2024 é o ano mais quente já registrado, confirma ONU
As mudanças climáticas desencadearam uma série de eventos climáticos extremos e uma década de calor sem precedentes, afirmou a Organização Meteorológica Mundial. O órgão confirmou que 2024 é o ano mais quente já registrado, com recorde de emissões de gases do efeito estufa, e apelou ao mundo para que abandone a "estrada rumo à ruína". (30/12)
Foto: MARIO TAMA/AFP/Getty Images
Acidente de avião na Coreia do Sul
Um avião com 181 pessoas a bordo saiu da pista e explodiu após pousar no aeroporto de Muan, na Coreia do Sul. Segundo autoridades, a explosão deixou 179 mortos. Dois pessoas sobreviveram. O avião da companhia Jeju Air partiu da capital da Tailândia, Bangcoc, com destino a Muan. Uma falha no trem de pouso, ocasionada provavelmente por uma colisão com pássaros, teria causado a tragédia. (29/12)
Foto: Yonhap via REUTERS
Manifestantes na Geórgia fazem corrente humana para pedir nova eleição
Milhares de pessoas formaram uma corrente humana na capital da Geórgia, Tbilisi, para exigir novas eleições parlamentares, marcando um mês de protestos pró-UE. O país está tensionado desde as contestadas eleições parlamentares de outubro e da escolha de um presidente pró-Rússia para comandar o país. (28/12)
Foto: Zurab Tsertsvadze/picture alliance
Sonda da Nasa atinge aproximação recorde do Sol
A sonda espacial Parker Solar Probe, da Nasa, conseguiu chegar mais próximo do Sol do que qualquer objeto já fabricado por humanos e está "operando normalmente", segundo a agência espacial americana. Ela agora entra em órbita, como visto nesta ilustração, a 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. (27/12)
Foto: APL/NASA/ZUMA Wire/picture alliance
Finlândia apreende navio suspeito de sabotar cabo de energia
Autoridades da Finlândia apreenderam e assumiram o comando de um navio-tanque de combustível suspeito de sabotar um cabo submarino de energia. A embarcação, que navega sob bandeira das Ilhas Cook, faria parte da frota fantasma usada pela Rússia para contornar sanções que impedem Moscou de exportar petróleo. (26/12)
Foto: PantherMedia/picture alliance
Avião da Embraer cai no Cazaquistão
Um avião de fabricação brasileira modelo Embraer 190 que decolou do Azerbaijão com destino à Rússia levando 67 pessoas caiu próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, informaram autoridades cazaques, que contabilizam pelo menos 29 sobreviventes do acidente. A aeronave era operada pela Azerbaijan Airlines. (25/12)
Foto: Azamat Sarsenbayev/REUTERS
"O ódio não pode ter a palavra final", diz presidente alemão em discurso de Natal
Em seu tradicional discurso de Natal à nação, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, abordou o ataque a um mercado de Natal em Magdeburg na semana passada, que deixou cinco mortos. Pedindo união e coesão ao país, Steinmeier se solidarizou com as famílias das vítimas e os feridos e afirmou que "ódio e a violência não podem ter a palavra final". (24/12)
Equipes buscam desaparecidos após colapso de ponte sobre o Rio Tocantins
Equipes de resgate buscam 14 desaparecidos após a Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, colapsar no último domingo, provocando a queda de 10 veículos. Ao menos três mortes foram confirmadas até o momento. Devido ao derramamento de produtos tóxicos no acidente, autoridades proibiram o uso da água do Rio Tocantins em 19 municípios. (23/12)
Foto: Bombeiro Militar/Governo do Tocantins
Queda de avião em Gramado mata empresário e 9 familiares
Um avião de pequeno porte caiu no município de Gramado, no Rio Grande do Sul. A aeronave atingiu uma loja de móveis, uma pousada e residências perto do centro da cidade. Os dez ocupantes da aeronave morreram. Todos eram da mesma família. Outras 17 pessoas que estavam no solo foram encaminhadas a um hospital, duas delas em estado grave. (22/12)
Foto: Defesa Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação
Magdeburg tem dia de homenagens e protestos após ataque
Centenas de pessoas homenagearam as vítimas de um atentado que deixou 5 mortos e 200 feridos em Magdeburg. O suspeito do crime é um médico saudita de 50 anos, que se dizia ex-muçulmano, alegava ser perseguido por radicais religiosos e simpatizava com a ultradireitista AfD. Em resposta, manifestantes ocuparam as ruas da cidade com slogans anti-imigração. (21/12)
Foto: Michael Probst/AP/picture alliance
Motorista invade mercado de Natal na Alemanha e atropela dezenas
Um motorista avançou em alta velocidade contra um mercado de Natal na cidade alemã de Magdeburgo, no estado da Saxônia-Anhalt, leste da Alemanha, atropelando dezenas de pessoas e deixando mortos e feridos. O suspeito, um médico psiquiatra saudita de 50 anos, foi preso. Aparentemente, ele tinha perfil crítico ao islã. (20/12)
Foto: Heiko Rebsch/dpa/picture alliance
Ex-marido de Gisèle Pelicot é condenado a 20 anos de prisão
Dominique Pelicot, que passou uma década dopando sua então esposa, Gisèle, e convidando outros homens a estuprá-la, foi condenado a 20 anos pela Justiça francesa. Ele foi considerado culpado por estupro com agravantes e por gravar e distribuir imagens dos atos. Gisèle tornou-se um ícone feminista global ao decidir tornar público o julgamento e assistir às sessões com o rosto descoberto. (19/12)
Foto: Laurent Coust/ABACA/picture alliance
Macron e Zelenski discutem envio de tropas europeias à Ucrânia
Presidentes da Franca, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, voltaram a discutir possibilidade de a Europa enviar tropas para a Ucrânia no intuito de ajudar a alcançar uma paz estável. "Garantias confiáveis são essenciais para que a paz possa realmente ser alcançada”, disse Zelenski, que também se reuniu com chefe da Otan, Mark Rutte, em Bruxelas. (18/12)
Foto: Nicolas Tucat, Pool Photo via AP/picture alliance
General russo morre em explosão em Moscou
O general Igor Kirillov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, foi morto num ataque a bomba em Moscou. A bomba foi acionada quando Kirillov, de 54 anos, estava saindo de uma casa com seu assessor, que também foi morto no atentado. Investigadores citados pelo jornal Kommersant apontaram os serviços secretos ucranianos como os possíveis autores do ataque. (17/12)
Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance
Olaf Scholz perde moção de confiança
O chanceler alemão Olaf Scholz perde voto de confiança no Bundestag (parlamento alemão) depois de não conseguir obter a maioria no Legislativo após o colapso de seu governo de coalizão. O resultado abre caminho para a dissolução da atual legislatura e a convocação de eleições federais antecipadas, que devem ocorrer em 23 de fevereiro, marcand o fim da era Scholz. (16/12)
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Escolas reabrem na Síria após queda do regime de Assad
Dezenas de crianças e adolescentes voltaram às escolas em Damasco neste domingo, uma semana após a queda do ditador Bashar al-Assad. A rotina também está lentamente voltando ao normal em universidades e nos centros comerciais, depois de um período de comemorações e incertezas sobre o futuro da Síria. (15/12)
Foto: Ammar Awad/REUTERS
PF prende general Braga Netto no inquérito do golpe
Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mandou prender preventinamente o ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, acusado de tentar obstruir as investigações. Ele é tomado pela Polícia Federal como um dos coordenadores do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aplicar um golpe de Estado. (14/12)
Foto: SERGIO LIMA/AFP
Multidão toma as ruas de Damasco para celebrar queda de Assad
Milhares de pessoas se reuniram em cidades sírias para celebrar o fim do regime de Bashar al-Assad após as primeiras orações de sexta-feira desde que os rebeldes assumiram o poder. Em Damasco, uma multidão se reuniu na praça Umayyad, no centro da capital. O local é simbólico por ter também recebido os protestos massivos de 2011, que deram início à guerra civil no país. (13/12)
Foto: Ghaith Alsayed/AP/dpa/picture alliance
Trump é a Pessoa do Ano de 2024 da revista "Time"
Publicação cita "volta por cima de proporções históricas" ao justificar escolha e diz que republicano é beneficiário e agente da perda de confiança nos valores liberais. (12/12)
Foto: Heather Khalifa/AP Photo/picture alliance
Assembleia Geral da ONU pede cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza
Por 158 votos favoráveis, órgão que reúne 193 países pediu o fim do conflito entre Israel e o Hamas no território palestino e a libertação imediata de todos os reféns sequestrados por islamistas. Mas diferentemente das votações no Conselho de Segurança, decisão não é juridicamente vinculativa. Conflito em Gaza já dura 14 meses, sem fim à vista. (11/12)
Foto: Mohammed M Skaik/Avalon/picture alliance
Rebeldes sírios anunciam novo governo de transição
Mohammad al-Bashir, que liderava o governo no reduto rebelde de Idlib, vai assumir gestão interina do país até 1º de março, mudando a liderança do país após 24 anos de regime de Bashar al-Assad. Novo primeiro-ministro é ligado ao grupo radical islâmico HTS. (10/12)
Foto: Omar Haj Kadour/AFP/Getty Images
STF obriga PM de São Paulo a manter uso de câmeras corporais
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares do estado de São Paulo. A determinação é uma derrota para o governador Tarcísio de Freitas, que desde a campanha eleitoral se posicionou contra o uso dos equipamentos e vinha tentando propor modelos alternativos. (09/12)
Foto: FotoRua/NurPhoto/IMAGO
Rebeldes derrubam regime na Síria, e Assad foge para a Rússia
Após uma ofensiva que durou menos de duas semanas, insurgentes sírios liderados pelo grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (HTS) chegaram à capital da Síria, Damasco, e a declararam "livre" do regime do presidente Bashar al-Assad. Citando fontes do Kremlin, veículos russos afirmam que o ditador e sua família estão asilados em Moscou. (08/12)
Foto: Louai Beshara/AFP
Restaurada, Catedral de Notre-Dame é reaberta cinco anos após incêndio devastador
Bancada por doações, reconstrução de monumento arquitetônico parisiense custou cerca de 700 milhões de euros e demandou o trabalho de cerca de 2 mil especialistas. Construída entre os séculos 12 e 14, catedral quase foi destruída em incêndio de causas desconhecidas. Solenidade foi prestigiada por chefes de governo e de Estado do mundo inteiro. (07/12)
Foto: Stevens Tomas/ABACA/IMAGO
Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio
Após 25 anos de negociações, blocos concluíram texto final do acordo que prevê a redução ou eliminação de tarifas e barreiras comerciais, facilitando a exportação de produtos de ambos os lados. A líder da UE, Ursula von der Leyen (centro), disse que o pacto é uma "vitória para Europa". Ratificação deve, porém, esbarrar em resistência de países como a França. (06/12)
Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP/Getty Images
Após tomar Aleppo, Rebeldes avançam pela Síria e anunciam conquista de Hama
Islamistas apoiados pela Turquia fizeram seu mais rápido avanço em 13 anos de guerra civil no país. A captura de Hama vem após o enfraquecimento do Hezbollah, tradicional aliado do ditador sírio Bashar al-Assad, ao lado de Rússia e Irã. (05/12)
Governo da França é derrubado após moção de censura
Deputados de esquerda e da ultradireita se uniram para derrubar o governo do premiê francês, Michel Barnier, que assumiu o cargo há menos de 100 dias. Barnier enfrentava duas moções de censura, após usar um controverso mecanismo para forçar a aprovação do Orçamento. A primeira moção acabou sendo aprovada com 331 votos, selando o fim do governo do aliado do presidente Emmanuel Macron. (04/12)
Foto: Sarah Meyssonnier/REUTERS
Presidente sul-coreano impõe e depois desiste de lei marcial
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu o país e o mundo ao decretar lei marcial em pronunciamento transmitido pela TV. Ele justificou a militarização do país como forma de conter uma "ameaça comunista". Horas depois, após protestos e uma votação unânime do Parlamento para derrubar medida, ele recuou e suspendeu lei. (03/12)
Foto: JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images
Trabalhadores da Volkswagen entram em greve em toda a Alemanha
Milhares de trabalhadores da Volkswagen na Alemanha entraram em greve, depois que a empresa anunciou planos de fechar três fábricas e cortar aposentadorias. "Se necessário, esta será a disputa salarial mais dura que a Volkswagen já viu", disse Thorsten Gröger, que está liderando as negociações sindicais com a gigante automobilística alemã. (02/12)
Foto: Jens Schlueter/AFP via Getty Images
Regime sírio perde controle de Aleppo
O regime do ditador sírio Bashar al-Assad perdeu completamente o controle de Aleppo, a segunda cidade do país, informou uma ONG. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o grupo Hayat Tahrir al Sham, antigo ramo sírio da rede terrorista Al Qaeda, e outras facções rebeldes aliadas "controlam a cidade de Aleppo, com exceção dos bairros controlados pelas forças curdas". (01/12)