País é um dos que menos realiza testes para o novo coronavírus, fundamentais para calibrar reação governamental. Até fim da primeira onda da doença, em maio ou junho, Brasil não deve ter capacidade de testagem adequada.
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Em 16 de março, quando o número de casos de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, já estava em queda na China e disparava na Itália e na Espanha, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez uma orientação incisiva a todos os países: "Testem, testem, testem."
A recomendação se tornou um dos pilares da estratégia de combate ao novo coronavírus, ao lado do isolamento social. Como não há remédio nem vacina para a doença, a OMS orientou os países a reduzir a velocidade de disseminação do vírus e a rastrear a contaminação.
O Brasil reagiu tarde e está entre os países mais afetados pela doença que menos testaram a população, e não tem dados consolidados a nível federal a respeito. Questionado pela DW Brasil, o ministério não respondeu por que não há uma contabilização nacional. No estado de São Paulo, epicentro da doença no Brasil, foram testadas até agora menos de mil pessoas a cada milhão de habitantes.
Enquanto isso, os Estados Unidos testaram 13 mil pessoas a cada milhão de habitantes; a Espanha, 19,9 mil; e a Alemanha, 24,7 mil. Na América Latina, o Chile testou 6,7 mil; e o Uruguai, 4,2 mil por milhão, segundo dados compilados pelo site Worldometer.
Segundo o médico imunologista Manoel Barral Neto, pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a reação tardia do Brasil em termos de testes está relacionada a motivos internacionais e ao contexto nacional. Ele diz que a própria OMS estava atrasada quando decidiu pedir que os países testassem suas populações em massa, em meados de março. "Alguns países já estavam testando em grande escala [nesse momento], mas não era uma orientação geral", afirma.
Quando a testagem em massa passou a ser o padrão internacional, países europeus já haviam se antecipado e adotado essa política, comprando grande quantidade de testes disponíveis no mercado. A escassez dos produtos tornou o acesso a eles mais difícil pelo Brasil.
Para piorar, o Brasil entrou na pandemia em uma trajetória de redução do prestígio e do orçamento em ciência e tecnologia, ancorado nas universidades e laboratórios públicos. "Não havia uma capacidade interna de produção dos reagentes necessários, e faltava escala porque muito estava desativado", diz Barral Neto.
O baixo investimento público em pesquisa desincentiva o próprio setor privado nacional a se organizar para fornecer os insumos e produtos a órgãos do governo. Sem empresas especializadas, a reação fica ainda mais lenta no caso de uma pandemia, diz o imunologista.
O epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas e coordenador de um estudo de larga escala no Brasil para estimar o real número de infectados pela covid-19, também aponta o baixo financiamento em ciência como um dos motivos do atraso da reação do país. "No momento em que chegou a pandemia, as dificuldades estruturais sobre as quais vínhamos alertando se materializou", diz.
Contudo, Hallal afirma que as universidades e órgãos públicos foram capazes de mobilizar seus laboratórios para produzir kits de testes da covid-19 e analisá-los. A Fiocruz, por exemplo, era capaz em março de produzir 2 mil testes do tipo RT-PCR por dia em média, e hoje é capaz de entregar cerca de 30 mil desses testes por dia. A partir de maio, a instituição também deve ser capaz de entregar cerca de 30 mil testes rápidos por dia.
Apesar desses avanços, o Brasil não deve alcançar uma capacidade de testagem adequada até o final da primeira onda epidêmica da covid-19, que pode durar até maio ou junho, diz Barral Neto. Porém, os testes continuarão a ser necessários nas próximas ondas que ocorrerão no futuro, em menor intensidade, até que haja uma vacina contra o vírus.
Testagem por amostra
A testagem da população para covid-19 tem dois objetivos. Numa perspectiva ampla, serve para oferecer aos gestores públicos um retrato preciso da dinâmica da pandemia e dados que fundamentem uma reação governamental calibrada. A testagem também é a base para isolar os contaminados e evitar que eles passem o vírus para ainda mais pessoas.
Na Alemanha, por exemplo, quem testar positivo para covid-19 precisa informar com quem teve contato recentemente, e essas pessoas, por sua vez, devem enviar por e-mail ao governo um questionário com informações básicas e possíveis sintomas. Depois, elas são contatadas pelo telefone e, se for o caso, orientadas a ficar em quarentena preventiva de duas semanas.
No Brasil, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou nesta quarta-feira (22/04), em coletiva de imprensa, que não haverá "teste em massa" no país. "O que você tem que fazer é usar os testes para mapear a população de forma que sua amostra reflita o todo. Ter o dado, interpretar o dado e tomar iniciativas a partir disso é o que vai fazer toda a diferença", afirmou.
Com essa fala, Teich indica que a prioridade do governo federal, no momento, é usar os testes para a perspectiva ampla: entender a dinâmica da pandemia e calcular a reação por meio de amostras.
Isso é feito de maneira parecida às pesquisas de opinião de voto. Da mesma forma que institutos de pesquisa captam a opinião de uma população por meio de uma pequena amostra dos eleitores, usando cálculos estatísticos, é possível realizar estudos que identifiquem a intensidade da contaminação do vírus no país testando apenas uma amostra de seus habitantes.
É um estudo desse tipo que está sendo conduzido por Hallal. A pesquisa, a ser iniciada na próxima semana, testará cerca de 100 mil pessoas em 133 cidades de todo o país, em três fases de coleta, separadas por intervalos duas semanas. Os testes serão fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Hallal já iniciou um estudo semelhante, de menor escala e restrito ao Rio Grande do Sul, de quatro fases. A primeira já foi concluída, e o resultado indica que, no estado, o número de pessoas que já foi infectada pelo novo coronavírus é oito vezes maior do que o número oficial.
Apesar de o ministro da Saúde ter descartado a testagem em massa, na segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou um chamamento público para compra de mais 12 milhões de testes rápidos, elevando a meta do governo de distribuir 46,2 milhões aquisição de testes.
Para Barral Neto, a compra de testes não deve estimular as pessoas a relaxarem o isolamento. "Os testes são importantes, mas sozinhos eles não resolvem. Enquanto não tivermos um panorama adequado, é preciso muita cautela e confiar nas medidas de contenção social", afirma.
Os tipos de teste
Os kits de testagem para covid-19 se dividem em dois tipos. O mais preciso é o RT-PCR, realizado por meio da análise de secreções da boca ou do nariz das pessoas. O material é enviado a um laboratório, que usa máquinas especializadas que conseguem identificar a presença de partes do vírus no fluído coletado.
Esse teste é capaz de apontar a presença do vírus logo nos primeiros dias da infecção, mas demanda pessoal especializado para fazer a coleta da secreção e uma estrutura de laboratórios para analisá-la. Segundo Hallal, é o teste mais indicado caso haja suspeita de que uma pessoa está enfrentando uma infecção aguda.
O outro tipo são os testes rápidos, de análise sorológica. Eles são executados a partir de uma pequena amostra do sangue da pessoa, e são capazes de identificar a presença de anticorpos criados pelo sistema imunológico para combater o coronavírus.
Como o corpo demora cerca de sete dias para desenvolver os anticorpos, pessoas recém-infectadas podem não ser diagnosticadas por esse tipo de teste. Mas os kits são fáceis de usar, e o resultado aparece em poucos minutos. Por isso, diz Hallal, os testes rápidos são os mais indicados para os estudos populacionais por amostragem. A pesquisa que ele está conduzindo usa esse tipo de teste.
Alguns países, como Espanha e Estados Unidos, decidiram devolver aos fabricantes lotes de testes rápidos que não funcionaram a contento. Esses testes usam proteínas desenvolvidas em laboratório que tentam imitar as do coronavírus, mas, em alguns casos, elas podem não ter sido produzidas adequadamente, o que torna impossível identificar se a pessoa tem os anticorpos contra o coronavírus ou não.
Hallal afirma que fez três estudos de validação dos testes que recebeu do Ministério da Saúde e encontrou cerca de 78% de sensibilidade (capacidade de indicar corretamente se uma pessoa possui os anticorpos) e 99% de especificidade (capacidade de indicar corretamente que uma pessoa não possui os anticorpos) neles. "Esses resultados são muito satisfatórios", afirma.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.