Um DJ, um operário, um designer de móveis: em comum, o fato de terem se erguido contra o governo Lukashenko. À DW, falam dos métodos das forças de repressão bielorrussas, e como veem o futuro do movimento de protesto.
Anúncio
Em Belarus, prosseguem os protestos contra Alexander Lukashenko. Porém cada vez mais opositores do governo abandonam o país por medo de ser detidos e processados, as vizinhas Lituânia e Polônia lhes concedem asilo. Ativistas do movimento de protesto narram à DW por que tiveram que deixar seu país, se querem retornar e se lamentam ter protestado.
Anúncio
DJ Vlad: "Nós vamos deixar vocês aleijados"
O DJ Vlad Sokolovsky foi mantido por dez dias no famigerado presídio Okrestina, na capital Minsk, só por ter tocado numa festa municipal a canção de Viktor Tsoi Change, que se transformou em símbolo do movimento de protesto bielorrusso. Em 22 agosto, ele foi forçado a sair do país, e hoje se encontra na Lituânia.
"Espero que isso só seja passageiro. A embaixada lituana nos ofereceu ajuda já em 17, 18 de agosto. Mas aí parecia que tudo tinha passado, e nós recusamos" conta. Em 21 de agosto, porém, veio o telefonema de um policial, querendo interrogar o DJ pelas entrevistas dadas após ser posto em liberdade, ao que ele se recusou.
Apenas horas mais tarde, a polícia batia a sua porta para levá-lo à delegacia, onde foi interrogado, também sobre sua entrevista à DW. Nela, Vlad narrava como o vice-ministro do Interior, Alexander Barsukov, o visitara na cela, ameaçando-o com uma longa pena de prisão, e lhe dera pancadas nas costas. Por isso, a polícia o ameaçava com um processo por calúnia e difamação.
"Aí Barsukov entrou na sala pessoalmente, com alguns acompanhantes. Um deles filmava tudo com o celular. Barsukov é que falava mais, muito emocional, eu praticamente não pude dizer uma palavra. Ele perguntou se alguém tinha me pagado. A ideia da coisa toda era: ou eu me desculpava, ou ele apresentava queixa por difamação. Eu me desculpei e assinei o papel. Agora vou manter essa posição, pois tenho parentes em Belarus, e não sei que consequências isso pode ter para eles."
Ao finalmente deixar a cela acompanhado por dois funcionários, Vlad, encontrou um homem com que dividira a cela em Okrestina, ao que tudo indica um informante secreto da polícia. "Então ficou claro que a coisa não ia acabar aí, e que eu precisava sair do país."
A embaixada da Lituânia expediu seu visto em poucas horas, ONGs providenciaram uma moradia para o período obrigatório de quarentena, e "muita gente já me ofereceu emprego".
A época mais difícil na prisão foram os cinco dias em que ele não tinha ideia do que se passava no país. "Aí escutei um guarda dizer no corredor: 'A gente vai deixar vocês aleijados, vocês não vão mais poder andar.' A noite toda eu ouvia gritos, sem parar. Todo mundo tinha medo que alguém entrasse pela porta. Isso foi o pior, nesse tempo todo."
Durante os protestos contra o governo, 7 mil cidadãos foram temporariamente presos, muitos sofreram torturas na prisão. Contudo, Vlad está confiante: "Nós vamos retornar a Belarus, tão logo seja seguro. Depois da minha volta, quero poder trabalhar sem ter medo."
Líder grevista Yuri: "Sou mais útil aqui do que escondido"
Yuri Rovovoy, empregado da fabricante de fertilizantes Grodno Azot, era líder do comitê de greve local. Juntamente com seus colegas, ele exigiu que a produção fosse suspensa, em sinal de protesto. Em 24 de agosto viu-se obrigado a escapar para a Polônia.
"A decisão de ir embora foi espontânea. Depois do turno da noite, eu me deitei, e fui acordado por uma batida na porta. A supervisora do plantão, visivelmente nervosa disse: 'Eles espalharam areia aqui no corredor e na escada.'" Yuri entendeu imediatamente: se descesse para varrer a areia, agentes à paisana iriam apanhá-lo na saída de emergência, arrastá-lo para dentro de um carro e levá-lo embora. Nesse momento, ele decidiu fugir: um amigo o levou de carro, através da fronteira, até a Polônia, onde Yuri pediu asilo.
"Amigos me ajudaram a alugar um apartamento onde eu pudesse ficar os 14 dias de quarentena prescritos. Sei o que quero fazer em seguida: ganhar dinheiro com minha própria cabeça e as minhas próprias mãos. Mas não quero criar raízes aqui, nos meus pensamentos estou em Belarus. Assim que alguma coisa mude, pego logo o primeiro ônibus para Grodno."
Ele não lamenta ter liderado a greve, muitos a seu redor de início estavam inertes, embora quisessem o mesmo. "É gente que quer melhorar o país, mesmo fazendo greve. Todo mundo sabe que isso é necessário. Vai doer, mas não por muito tempo", crê Yuri, e acrescenta: "Acho que posso ser mais útil a partir de Varsóvia do que me escondendo no campo ou na casa de amigos."
Empresário Andrei: "O aparato de repressão é bem pensado"
Andrei Voronin é conhecido por seus móveis de designer de madeira. Em agosto, filiou-se ao conselho de coordenação oposicionista em Brest, no entanto, em breve também ele teve que abandonar o país, como escreveu em 26 de agosto no Facebook. Ele não quer revelar onde se encontra.
"Quando entrei para o conselho de coordenação, eu e outros membros fomos intimados a comparecer ao Ministério Público. Eles também vieram à minha oficina, onde estão máquinas e aparelhos, fotografaram e selaram tudo, interrogaram meus funcionários e revistaram a casa dos meus pais, que é meu endereço oficial."
O empresário foi ameaçado com uma pena de prisão de cinco anos por suposta sonegação de faturamento, uma quantia bem grande. "Ficou claro para mim que precisava ir embora de Belarus, para não acabar como preso político." Em duas horas, empacotou seus pertences e deixou o país com a esposa, de carro. Não houve problemas na fronteira.
"O aparato de repressão todo de Lukashenko é bem pensado. Não são só métodos como as torturas no presídio de Okrestina, também amigos e familiares são colocados sob pressão. Há muitas formas de reprimir uma pessoa." Apesar de tudo, tampouco ele lamenta ter se erguido contra o sistema.
"Tão logo Lukashenko e a gente dele tenham desaparecido – não duvido disso por um minuto – vou voltar imediatamente, porque amo Belarus, os bielorrussos, meus amigos e minha família. É preciso que reja o Estado de direito, e os direitos humanos devem ser garantidos. Não é o caso no momento: agora o que rege em Belarus são chicotes e espingardas de balas de borracha."
Andrei não crê que o protesto vá amainar: "Acho que todos que tiveram que deixar o país tentarão ajudar os que ficaram." Para a população, não há mais como voltar atrás politicamente.
Adaptação: Augusto Valente
O mês de setembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/W. Rudhart
Morre Quino, pai da Mafalda
O cartunista e artista gráfico argentino Joaquín Salvador Lavado, conhecido como Quino e criador da inconformada Mafalda, uma das personagens mais famosas do mundo dos quadrinhos, morreu em Mendoza, sua cidade natal, aos 88 anos. Segundo o jornal "Clarín", o artista, um dos maiores ícones da Argentina, havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) na semana anterior. (30/09)
Foto: Eduardo Di Baia/AP Photo/picture-alliance
O debate caótico entre Trump e Biden
Faltando pouco mais de um mês para a eleição presidencial dos EUA, o primeiro debate entre Donald Trump e o candidato democrata Joe Biden foi marcado por ataques pessoais, insultos e constantes interrupções. O moderador do duelo, o jornalista Chris Wallace, da Fox News, teve dificuldades de controlar a situação. O debate teve duração de 90 minutos, sem intervalos. (29/09)
Foto: Morry Gash/Reuters
Um milhão de mortos pela covid-19
O mundo superou oficialmente a marca de um milhão de mortes por covid-19 desde que o novo coronavírus foi detectado na China, em dezembro passado. Mais cedo, o planeta ultrapassara a marca oficial de 33 milhões de casos de covid-19. Apesar de somar apenas 7% da população global, Estados Unidos e Brasil respondem por 35% do total de vítimas no mundo. (29/09)
Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance
Trump e os impostos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, praticamente não pagou imposto de renda durante pelo menos dez anos nas últimas duas décadas, revelou o jornal "The New York Times". Em 2016, por exemplo, ano em que foi eleito, o magnata desembolsou apenas 750 dólares em taxas. No ano seguinte, seu primeiro à frente da Casa Branca, desembolsou a mesma quantia. (28/09)
Foto: Brendan Smialowski/AFP/Getty Images
Unidos contra Lukashenko
Milhares participaram das já tradicionais passeatas de domingo contra o governo de Alexander Lukashenko em Belarus, apesar de forte repressão policial e militar. O presidente da França, Emmanuel Macron, comentou: "É evidente que Lukashenko tem de partir, em Belarus há uma crise de poder, um poder autoritário que não aceita a lógica da democracia e resiste pela força." (27/09)
Foto: TUT.BY/AFP
Orgulho LGBT+ em tempos de corona
A Marcha da Diversidade nas ruas da capital do Paraguai, Montevidéu, foi colorida e barulhenta. Os participantes celebraram a pluralidade humana, contra a discriminação decorrente da identidade ou orientação sexual. Proteção contra o coronavírus, como a da pessoa da foto, quase não houve: massas compactas de LGBTs e outros, com poucos usando máscaras protetoras. (26/09)
Foto: Matilde Campodonico/AP/dpa/picture alliance
Jovens ativistas retomam protestos pelo clima
Após meses de pausa forçada por causa da pandemia, movimento iniciado por Greta Thunberg volta a organizar manifestações em dezenas de países para exigir ações para conter as mudanças climáticas. De acordo com os organizadores, foram mais de 3 mil "greves climáticas". Protestos foram registrados na Austrália, Japão, Bangladesh, Áustria, Filipinas, Portugal, Polônia e Alemanha. (25/09)
Foto: Hannibal Hanschke/Reuters
União Europeia não reconhece novo mandato de Lukashenko
Em declaração conjunta, os 27 países da União Europeia (UE) afirmam que Alexander Lukashenko não é o presidente legítimo de Belarus e que sua cerimônia de posse ocorreu em oposição direta à vontade do povo bielorrusso. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, reiterou que o bloco não reconhece os "resultados falsificados" das eleições de agosto. Belarus não faz parte da UE. (24/09)
Foto: TUT.BY/Reuters
Novo pacto migratório da UE descarta realocação obrigatória
Duas semanas após incêndios destruírem o campo de refugiados de Moria, na Grécia, a União Europeia apresentou sua aguardada proposta para um novo pacto migratório. Sob o novo acordo, países-membros poderão optar entre acolher refugiados ou assumir deportação de quem tiver pedido negado. Proposta ainda precisa da aprovação do Parlamento Europeu e dos 27 Estados. (23/09)
Foto: Aris Messinis/AFP
O discurso de Bolsonaro na ONU
Ao abrir a 75ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é vítima de uma campanha de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal e defendeu sua gestão da pandemia de covid-19. Ele também usou o discurso para atacar a imprensa e apelou ao combate à "cristofobia". A fala foi condenada por entidades ambientalistas como "delirante" e "irresponsável". (22/09)
Foto: UNTV/AP Photo/picture-alliance
Documentos secretos dos EUA expõem grandes bancos
Milhares de documentos secretos do governo dos Estados Unidos vazados e analisados por um consórcio internacional de jornalistas indicam que grandes bancos multinacionais de todo mundo teriam permitido que dinheiro sujo fosse movimentado. Ao analisar mais de 2 mil documentos, os jornalistas descobriram cerca de 2 trilhões de dólares em transações assinaladas como suspeitas. (21/09)
Foto: picture alliance/dpa/A. Dedert
Manifestantes em Belarus mantêm pressão contra Lukashenko
Dezenas de milhares de pessoas protestaram em Minsk gritando "vá embora" no sexto fim de semana seguido de protestos contra o ditador Alexander Lukashenko, mantendo a pressão para que o líder bielorrusso - há 26 anos poder - renuncie. Pelo menos dez pessoas foram detidas. (20/09)
Foto: TUT.BY/AFP/ Getty Images
Morte de juíza da Suprema Corte acirra tensões nos EUA
A morte da juíza da Suprema Corte dos EUA Ruth Ginsburg desencadeou uma nova disputa entre democratas e republicanos, agora em torno da nomeação de um nome para substituí-la na mais alta instância jurídica americana: A veterana juíza progressista, considerada um símbolo da luta pelos direitos das mulheres, morreu aos 87 anos após complicações de um câncer no pâncreas. (19/09)
Foto: Al Drago/Reuters
França reitera oposição ao acordo Mercosul-EU
O governo francês anunciou que mantém sua oposição ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul devido a motivos ambientais. Paris anunciou sua posição após receber um relatório encomendado pelo governo francês a uma comissão de especialistas independentes para analisar os riscos ambientais do acordo, enquanto crescem na Europa as vozes reticentes à sua entrada em vigor. (18/09)
Foto: picture-alliance/AP Images/G. Fuentes
Fome volta a se alastrar no Brasil
Após seguidos recuos por mais de uma década, a fome voltou a crescer no Brasil. Segundo o IBGE, o percentual de domicílios que gozam de segurança alimentar caiu para 63,3% em pesquisa realizada entre 2017-2018, contra 77,4% em 2013 e 65,1% em 2004. Os dados apontam que quase quatro em cada dez domicílios sofrem com algum grau de insegurança alimentar. (17/09)
Foto: Getty Images/S. Lima
Missão da ONU acusa Maduro de crimes contra a humanidade
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e dois de seus ministros são responsáveis por crimes contra a humanidade, disse uma missão de especialistas encarregada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. Os especialistas apresentaram um relatório que documenta o uso sistemático de tortura, execuções extrajudiciais e detenções arbitrárias por forças de segurança do país. (16/09)
Foto: Carolina Cabral/Getty Images
Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrein formalizam normalização de relações
Em evento na Casa Branca, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, assinou dois acordos que normalizam as relações de Israel com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein. Netanyahu assinou os acordos junto ao ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan, e do Bahrein, Abdullatif Al-Zayani. Donald Trump também estava presente durante a assinatura. (15/09)
Foto: Getty Images/AFP/S. Loeb
Indícios de vida em Vênus
Uma equipe internacional de astrônomos identificou a presença de um gás na atmosfera de Vênus que indica que micróbios podem habitar ou ter habitado o planeta: na Terra, a fosfina é produzida por bactérias que vivem em ambientes carentes de oxigênio. A detecção do gás nas nuvens espessas de Vênus foi anunciada em um estudo publicado na revista científica "Nature Astronomy". (14/09)
Foto: Reuters/ESO/M. Kornmesser/L. Calcada
Israel reimpõe quarentena nacional
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a imposição de um segundo lockdown nacional no país, em resposta a um aumento das infecções pelo coronavírus. A medida valerá por três semanas, durante os feriados judaicos – o que levou um ministro ultraortodoxo a renunciar ao cargo. Assim, Israel se torna o primeiro país a reimpor a quarentena em todo seu território. (13/09)
Foto: Getty Images/AFP/E. Dunand
Dragão tailandês
Apesar de localizado a apenas 40 quilômetros da capital da Tailândia, Bangkok, o templo Wat Samphran é pouco conhecido entre os turistas. E no entanto sua arquitetura oferece um espetáculo imperdível, com um dragão que serpenteia em torno da torre rosada de 17 andares e 80 metros de altura. Por isso, o local habitado por monges desde 1895 é coloquialmente chamado Templo do Dragão. (12/09)
Foto: Getty Images/AFP/M. Antonov
França bate seu recorde de casos de covid em 24 horas
Autoridades da França reportaram quase 10 mil casos confirmados de coronavírus em 24 horas, marcando o maior índice diário registrado no país desde o início da pandemia. Segundo o Ministério da Saúde francês, foram 9.843 novas infecções, ou quase 900 a mais que o recorde anterior, de 8.975 casos, registrado seis dias antes. O balanço eleva o total de infectados para mais de 392 mil. (11/09)
Foto: picture-alliance/G. Bottino
Dezenas de incêndios atingem costa oeste dos EUA
Os quase cem incêndios florestais que atingem o oeste dos Estados Unidos mataram ao menos oito pessoas e destruíram cidades inteiras, obrigando milhares de moradores a deixarem suas residências. Os estados mais atingidos são a Califórnia, o Óregon, Washington e Idaho. Na Califórnia, a fumaça provocou a mudança na coloração do céu em São Francisco para um tom alaranjado. (10/09)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Larson
Fogo destrói maior campo de refugiados da Grécia
O maior campo de refugiados da Grécia, em Moria, na ilha de Lesbos, ficou praticamente destruído devido a vários incêndios que ocorreram durante a madrugada. O campo acolhia mais de 12 mil pessoas, que agora ficaram desabrigadas. O número equivale a mais de quatro vezes a capacidade da instalação. (09/09)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Baltagiannis
Merkel anuncia pacote bilionário para saúde
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, elogiou os funcionários das autoridades sanitárias da Alemanha por um "trabalho extra inacreditável" durante a crise do coronavírus. Ao mesmo tempo, ela anunciou um fortalecimento significativo do setor: um pacote federal de 4 bilhões de euros (25 bilhões de reais) a ser implementado nos próximos seis anos. (08/09)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Navalny sai do coma
O opositor russo Alexei Navalny, vítima de um envenenamento na Rússia, saiu do coma induzido, anunciou o hospital Charité, onde ele está internado em Berlim. Segundo os médicos alemães, Navalny foi envenenado com um agente neurotóxico do chamado grupo Novichok. O veneno foi desenvolvido por cientistas soviéticos na década de 70. (07/09)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Índia tem recorde mundial de novos casos de covid-19
O Ministério da Saúde da Índia anunciou ter registrado 90.632 novas infecções por coronavírus nas últimas 24 horas. Nunca antes tantos casos de infecção foram contados em um país em um dia. Existem agora 4,1 milhões de infecções confirmadas na Índia. O país asiático está em terceiro lugar nas estatísticas, atrás dos EUA e do Brasil, mas deve logo superar o Brasil. (06/09)
Foto: Reuters/A. Dave
Protesto antivacina em Roma
Cerca de mil pessoas participaram de protesto em Roma contra a obrigação de vacinar as crianças em idade escolar e contra medidas impostas para conter a pandemia de covid-19. "Não à máscara na escola, não ao distanciamento", dizia um dos cartazes. Entre os manifestantes havia membros de grupos de extrema direita, militantes antivacinas e adeptos de teorias de conspiração. (05/09)
Foto: Getty Images/AFP/V. Pinto
Assassinato de crianças choca a Alemanha
Autoridades do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália anunciaram que vão denunciar uma mulher de 27 anos por homicídio, depois que cinco de seus filhos foram encontrados mortos no apartamento da família na cidade de Solingen, no oeste do país. Autópsias feitas nas crianças, que tinham de 1 a 8 anos de idade, mostraram sinais de sedação e sufocamento. Mãe tentou se matar no mesmo dia. (04/09)
Foto: DW/H. Kaschel
Greenpeace faz ato pela Amazônia em Berlim
Ativistas do Greenpeace projetaram imagens de incêndios na Amazônia e mensagens pedindo a proteção da floresta na fachada do prédio do Ministério do Exterior da Alemanha, em Berlim. Com o ato, a ONG se manifestou contra o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, considerado prejudicial ao meio ambiente pelos ativistas. (03/09)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Navalny foi envenenado, diz governo alemão
O líder oposicionista russo Alexei Navalny foi envenenado com um agente químico neurotóxico do grupo Novichok, anunciou o porta-voz do governo alemão. O político está sendo tratado em um hospital na Alemanha desde agosto, quando foi transferido da Rússia. Merkel condenou a "tentativa de assassinato" e disse que o crime teve como objetivo silenciar um dos maiores críticos do governo Putin. (02/09)
Foto: Reuters/T. Makeyeva
PIB brasileiro tem queda recorde de 9,7% no segundo trimestre
A economia brasileira registrou uma retração de 9,7% no segundo trimestre de 2020 em relação aos primeiros três meses do ano. Em comparação ao segundo trimestre de 2019, o PIB do país caiu 11,4%. Ambas as taxas representam as retrações mais intensas desde 1996, segundo o IBGE. Sob os efeitos da pandemia, o PIB brasileiro voltou ao patamar do final de 2009, logo após a crise global de 2008. (01/09)