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Pouco barulho na cidade do artilheiro

tj5 de junho de 2002

O vilarejo de Kusel, onde Klose começou sua carreira, não demonstra grande entusiasmo pela Copa do Mundo.

Em apenas três anos, Klose (dir., na partida contra Irlanda) passou dos gramados de Kusel para os do JapãoFoto: AP

Somente na loja de artigos esportivos Wirtz era possível observar a bandeira alemã, sinalizando torcida pela seleção de Rudi Völler no jogo desta quarta-feira (05/06) da Alemanha contra Irlanda, em Ibaraki (Japão).

"Estamos orgulhosos dele e, é claro, que isso é assunto de conversas na cidade", afirma uma padeira a respeito do craque do FC Kaiserslautern. Não muito longe dali está o estádio de Aalbach, onde o jogador ensaiou seus primeiros passos como futebolista. Em apenas três anos, Miroslav Klose transformou-se de atacante da liga local em astro do futebol mundial.

Pouco movimento - Durante a partida contra a Irlanda, a cidade manteve-se calma e silenciosa, até mesmo em seus bares e cafés. Não havia o menor sinal de transmissões dos jogos em locais públicos. Alguns estabelecimentos chegaram a fechar para almoço (a partida começou às 13h30, horário alemão).

Até hoje, poucos turistas haviam se interessado pela cidade. Nos últimos dias, entretanto, as atenções parecem ter-se voltado para aquela região. Desde a estréia da Seleção Alemã, no sábado, Kusel é conhecida em toda a Alemanha.

Muitos perguntam pelo "Miro", o que não agrada aos aproximadamente 15 mil moradores da cidade. Todos são muito educados e prestativos. No entanto, a idéia de badalação em torno de um herói da Copa não é motivo para entusiasmo.

A pequena distância dali, no vilarejo de Blaubach, a alegria dos moradores já é maior. O principal motivo deste alvoroço é a mudança de Klose para o distrito, onde ele está construindo sua nova casa. É naquele pequeno local que o atual artilheiro da Copa irá procurar tranqüilidade e paz depois do campeonato mundial.

À Klose - Referência clara ao artilheiro da Seleção Alemã, só se encontra no hotel Reweschnier, que incluiu no cardápio de seu restaurante um prato à Klose. Junto ao balcão, os fregueses preocupam-se com o futuro do jovem herói. "Quanto melhor ele jogar, menores serão as chances de nós o mantermos por perto", afirmou um senhor, após Klose marcar, contra a Irlanda, seu quarto gol no Japão.

Mas a esperança é grande, afinal Klose seria muito arraigado à terra em que vive, segundo os moradores. "Por que ele iria querer sair daqui?", questiona uma jovem, contagiada pela febre do futebol.

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