Prédio de agência alemã que combate covid-19 sofre ataque
26 de outubro de 2020
Pessoas não identificadas atiraram coquetéis molotov contra fachada de uma das sedes do RKI em Berlim. Instituto tem papel central na luta contra a covid-19 no país. Polícia investiga se ato teve motivação política.
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O Departamento Criminal Estadual (LKA) de Berlim abriu uma investigação sobre um ataque que ocorreu a um prédio do Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas na Alemanha, neste domingo (25/10).
Por volta de 2h40 (horário local), um segurança percebeu que várias pessoas estavam jogando garrafas com um líquido inflamável contra a fachada do prédio, que chegou a pegar fogo. O princípio de incêndio foi controlado pelo próprio segurança.
Uma janela do edifício localizado no bairro Tempelhof também ficou quebrada. Ninguém ficou ferido no ataque.
O RKI está na vanguarda da luta contra o coronavírus na Alemanha. Tanto a agência, quanto seus especialistas têm sido alvo constante de ataques na internet e em protestos por seguidores de teorias de conspiração e negadores da covid-19.
A polícia não descarta que o ataque tenha uma motivação política. O caso está sendo investigado como tentativa de incêndio criminoso.
Horas depois do ataque, cerca de 2.000 manifestantes que se opõem às medidas contra a pandemia se reuniram na Alexanderplatz, na região central da cidade. Segundo a polícia, os manifestantes, entre eles militantes de extrema direita, ignoraram completamente medidas de distanciamento e não usaram máscaras. Tanto o ataque ao RKI quanto o protesto ocorreram pouco antes da abertura da nova edição da Conferência Mundial de Saúde, que ocorre anualmente em Berlim desde 2009. A iniciativa reúne centenas de cientistas, políticos e empresários para debater questões ligadas à área de saúde. Neste ano, o encontro ocorre de forma virtual.
O ataque também acontece dias após dezenas de antigos artefatos serem alvos de um misterioso ato de vandalismo no complexo da Ilha dos Museus, em Berlim. A imprensa alemã apontou que esse ataque poderia ter conexão com propagadores de teorias da conspiração que descrevem museu de maneira delirante como "trono de satanás". Esses grupos também promovem os protestos negacionistas da covid-19.
No momento, a Alemanha enfrenta um aumento significado nos casos da doença e com diversos governos locais reimpondo medidas restritivas para tentar conter a pandemia. De acordo com o RKI, 8.685 novas infecções foram registradas nesta segunda-feira, elevando o total de casos para 437.866. O instituto contabilizou ainda 24 óbitos pela doença, com o total chegando a 10.056.
CN/afp/ots
Pandemia esvazia locais turísticos na Europa
O silêncio ocupa os principais pontos turísticos das capitais europeias, devido às restrições de contato social por causa da pandemia do novo coronavírus. Veja como estão alguns lugares da Europa.
Desde domingo, quando a chanceler federal Angela Merkel anunciou mais restrições à circulação de pessoas na Alemanha, as ruas de Berlim e outras cidades alemãs estão mais vazias. O plano de nove pontos anunciado pelo governo proíbe encontros públicos de mais de duas pessoas, a não ser familiares. Todos devem manter uma distância de 1,5 metro dos outros e ir para a rua somente se necessário.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Estrangeiros barrados, fronteiras fechadas
Além de limitar o movimento interno, a Alemanha reforçou as restrições à entrada de estrangeiros no país. Como resultado, o tráfego no aeroporto mais movimentado do país, em Frankfurt, teve uma queda significativa.
Foto: picture-alliance/nordphoto/Bratic
Os bávaros devem ficar em casa
Na Baviera, estado mais meridional da Alemanha, as pessoas estão proibidas de sair às ruas para evitar a propagação do novo coronavírus. Sob as medidas que estarão em vigor por pelo menos duas semanas, as pessoas não podem se reunir no exterior em grupos e os restaurantes foram fechados. As ruas de Munique ficaram vazias.
Foto: picture-alliance/Zuma/S. Babbar
Paris isolada
A atividade nas ruas normalmente movimentadas de Paris parou completamente depois que a França anunciou um bloqueio nacional na semana passada. As pessoas não podem sair de casa, a menos que seja para como comprar comida, visitar um médico ou ir ao trabalho. O prefeito de Paris, no entanto, pediu medidas de confinamento mais rigorosas à medida que o número de infecções aumenta em todo o mundo.
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Camus
Capital britânica ficou mais vazia
O Reino Unido fechou todos os bares, pubs e restaurantes para combater a ameaça do coronavírus. O primeiro-ministro, Boris Johnson, exortou todos os cidadãos a evitar qualquer viagem e contatos não essenciais com outras pessoas.
Foto: picture-alliance/R. Pinney
Milão, no coração da pandemia
No norte da Itália, só os pombos se atrevem a fazer aglomerações na rua. A catedral de Milão ergue-se solitária para o céu numa praça deserta. Na Itália, as pessoas só podem sair de suas casas para trabalhar ou fazer compras.
Foto: picture-alliance/dpa/AP/L. Bruno
Vaticano fechado ao público
Embora um número esmagador de casos de coronavírus tenha sido registrado na região da Lombardia, no norte da Itália, Roma e o Vaticano também foram forçadas a restringir severamente as reuniões públicas. Toda a Itália está sob quarentena. As lojas fecharam e os turistas deixaram o país. A Praça de São Pedro, no Vaticano, está bloqueada. Em Roma, museus e pontos turísticos estão fechados.
Foto: picture-alliance/dpa/Zuma/G. Galazka
Espanha, um país fortemente atingido pela crise
O governo espanhol prorrogou até 11 de abril o estado de emergência no país. A Espanha tem o segundo maior número de casos de doenças pelo novo coronavírus na Europa, atrás da Itália. Barcelona e Madri são particularmente atingidas.
Os cidadãos austríacos também já não podem circular livremente. Desde meados de março, todos os bares e restaurantes estão fechados. O marco de Viena - a Catedral de Santo Estêvão - está fechada aos turistas, os serviços na igreja são realizados sem fiéis e são transmitidos por rádio. Também a praça em frente à catedral, normalmente bastante movimentada, está deserta.
Foto: picture-alliance/dpa/W. Gredler-Oxenbauer
República Tcheca se fecha
A tradicional Ponte Carlos, em Praga, normalmente visitada por multidões de turistas, agora está em silêncio. A República Tcheca declarou estado de emergência por causa da pandemia do novo vírus e impôs uma extensa proibição de entrada e saída. Todas as ligações transfronteiriças de trens e ônibus também foram suspensas. A liberdade de circulação dos habitantes foi rigorosamente restringida.