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Prêmios Nobel da Paz pedem libertação de Leopoldo López

19 de fevereiro de 2016

No Parlamento da Venezuela, Óscar Arias e Lech Walesa defendem a liberdade de presos políticos. Ex-presidentes participam de cerimônia realizada exatamente dois anos após Lopéz se entregar para as autoridades.

Walesa e Arias discursaram em Parlamento da VenezuelaFoto: picture-alliance/dpa/M. Gutierrez

Dois ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, o ex-presidente da Costa Rica Óscar Arias e o ex-presidente da Polônia Lech Walesa, defenderam nesta quinta-feira (18/02) a libertação do líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, durante uma sessão especial no Parlamento da Venezuela, em Caracas. O evento foi promovido para apoiar opositores que estão presos.

López foi preso em 2014 e condenado a quase 14 anos de prisão por incitação à violência durante uma marcha contra o governo de Nicolás Maduro. Arias afirmou que a liberdade do líder da oposição e de presos políticos é necessária para "que a Venezuela possa voltar a ser chamada de uma democracia que respeita os direitos humanos".

O ex-presidente lamentou a situação social que o país enfrenta com o aumento da pobreza e condições de vida que "não podem ser qualificadas como dignas". Arias criticou ainda a posição do governo ao responsabilizar fatores externos pela crise que assola o país.

"É cinismo falar sobre conspiração internacional, guerra econômica, inflação induzida e sabotagem do setor privado a testemunhas dos erros e abusos cometidos pelas autoridades", ressaltou Arias.

Walesa defendeu a união do povo venezuelano e questionou o motivo pelo qual o país não está fazendo proveito de suas riquezas. O ex-presidente polonês ressaltou que esse não é o momento de buscar culpados e afirmou que a Venezuela precisa promover um encontro entre seus dirigentes.

A sessão especial convocada para apoiar os presos políticos marcou o aniversário de dois anos de quando Lopéz se entregou para as autoridades, em 18 de fevereiro de 2014.

CN/dpa/efe

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