Georg-Constantin, de 41 anos, deveria suceder o tio à frente da dinastia Wettin. Com mais de mil anos de história, família nobre é uma das mais antigas da Europa e tem ligação com a rainha Elizabeth 2ª.
O príncipe Georg-Constantin se casou com a britânica Olivia Rachelle Prage em 2015Foto: picture alliance/dpa/C. Welz
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Georg-Constantin, príncipe herdeiro da dinastia Wettin, morreu no último fim de semana num acidente durante uma cavalgada, afirmou a família na noite desta terça-feira (12/06). Ele tinha 41 anos de idade, e o acidente ocorreu perto do Palácio Apethorpe, em Northamptonshire, na Inglaterra.
O príncipe Georg-Costantin era o sucessor designado de seu tio Michael, de 71 anos, príncipe de Saxe-Weimar-Eisenach – braço da dinastia Wettin, uma das famílias nobres mais antigas da Europa, com mais de mil anos de existência.
Em 1485, ela se dividiu em dois ramos governantes, a linha Albertina e a linha Ernestina. A dinastia Wettin tem ligação com várias famílias reais da Europa, incluindo os monarcas atuais rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, e o rei Philippe, da Bélgica – ambos da linha Ernestina.
O príncipe Michael, de Saxe-Weimar-Eisenach, é o atual líder da linha Ernestina e de toda a dinastia Wettin. De acordo com o código de lei civil franco-sálico, que data de por volta do ano 500, a única filha do príncipe Michael está excluída da linha de sucessão.
O reinado da família deixou de existir em 1918, mas ela ainda é proprietária de uma série de palácios e castelos. Os condes, duques, príncipes-eleitores e reis da dinastia Wettin governaram territórios que hoje fazem parte dos estados alemães da Saxônia, Saxônia-Anhalt e Turíngia.
Nascido em Munique, o príncipe Georg-Constantin viveu 25 anos na Inglaterra. Ele se casou com a britânica Olivia Rachelle Prage em 2015. Segundo a revista Bunte, que noticiou a morte do príncipe, esta resultou de um "trágico acidente".
LPF/dpa/dw
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Castelos e palácios da Alemanha
No final da Idade Média, a nobreza deixou de erguer fortalezas e burgos e passou a construir castelos e palácios – para residir e, acima de tudo, demonstrar poder.
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture-alliance
Neuschwanstein
O Neuschwanstein é o castelo mais famoso da Alemanha e o que mais atrai visitantes – cerca de 1,5 milhão por ano. O excêntrico rei Ludwig 2º da Baviera mandou construí-lo em 1869, próximo à cidade de Füssen, para realizar seu sonho de ter um castelo de cavaleiros medieval. A construção foi inspirada no Wartburg em Eisennach, o mais importante burgo do país.
Foto: picture-alliance/Bildagentur Huber
Albrechtsburg
Construído no século 15, o Albrechtsburg de Meissen, Saxônia, é o castelo mais antigo da Alemanha. Em 1710, Augusto 2º, o Forte, estabeleceu aqui a primeira fábrica de porcelana da Europa. A construção à margem Rio Elba, a 25 quilômetros de Dresden, é hoje um museu.
Foto: Fotolia/digi_dresden
Castelo de Heidelberg
O castelo de Heidelberg é o símbolo desta cidade universitária à beira do rio Neckar. Ele era a suntuosa residência dos príncipes eleitores do Palatinado. Porém em 1693, durante a Guerra dos Nove Anos, foi destruído pelos soldados do rei francês Luís 14. Hoje é a mais famosa ruína da Alemanha, recebendo cerca de 1 milhão de visitantes por ano.
Foto: picture-alliance/dpa
Glücksburg
O palácio aquático Glücksburg fica próximo ao fiorde de Flensburg, no estado de Schleswig-Holstein. Construído no século 16 no lugar de um mosteiro cisterciense, ele conta entre os mais importantes palácios renascentistas do norte alemão. Durante o século 19, era residência de verão do rei da Dinamarca.
Foto: picture-alliance/dpa
Sanssouci
Frederico 2º, rei da Prússia, construiu este palácio de verão para filosofar e fazer música sem preocupação (em francês: "sans souci"). Ele foi erguido em Potsdam entre 1745 e 1747, a partir de esboços do próprio monarca, que na parte sul também fez erguer um vinhedo em terraços. O palácio e o parque onde se localiza são Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1990.
Foto: picture-alliance/dpa
Residência de Würzburg
A Residência de Würzburg compreende 365 quartos. Seu arquiteto, Baltasar Neumann, é especialmente admirado pela magnífica escadaria de entrada. Ela é adornada pelo maior afresco de teto do mundo, pintado pelo veneziano Giovanni Battista Tiepolo entre 1752 e 1753. Desde 1981, a residência é Patrimônio Mundial da Unesco.
Foto: Fotolia
Augustusburg
O palácio Augustusburg de Brühl, erguido no século 18, é considerado uma obra-prima do rococó. Residência do príncipe eleitor e do arcebispo de Colônia, serviu de modelo para várias outras construções do gênero. A partir de 1949, foi casa de hóspedes do governo alemão durante décadas. Ele é Patrimônio Mundial da Unesco desde 1984, juntamente com o vizinho palácio Falkenlust e os jardins de Brühl.
Foto: CC-BY-SA/Hans Weingartz
Castelo de Schwerin
Este castelo-palácio está localizado numa pequena ilha no Lago Schwerin, no centro da homônima capital de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Mil anos atrás já havia lá um castelo eslavo, os grão-duques de Mecklemburgo deram-lhe a forma atual em meados do século 19. Hoje o Palácio de Schwerin é a sede do parlamento estadual.
Foto: fotolia/LianeM
Marienburg
Em 1857 a rainha Maria de Hannover completou 39 anos. Como presente de aniversário, o rei George 5º lhe deu o monte Schulenburger e uma residência a ser construída em seu topo. Concluído dez anos mais tarde, o palácio Marienburg é hoje propriedade privada da Casa de Welf. Nele vive o príncipe-herdeiro Ernst August von Hannover.
Foto: picture-alliance/nordphoto
Moyland
O Palácio Moyland (em holandês: "moiland", "terra bonita") fica perto de Kleve, na Renânia do Norte-Vestfália. No século 17 foi convertido de castelo medieval em palácio barroco e, em meados do século 19, recebeu sua aparência atual, no estilo neogótico. Ele abriga hoje uma coleção de arte moderna, com numerosas obras do alemão Joseph Beuys.