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Mulher na direção

29 de junho de 2011

Após a eleição para a chefia do FMI, Christine Lagarde deixa clara a intenção de continuar as reformas no organismo. UE saúda a decisão e França diz que opção pela ministra francesa foi uma vitória para o país.

Christine LagardeFoto: AP

A União Europeia saudou nesta quarta-feira (29/06) a escolha de Christine Lagarde, atual ministra das Finanças da França, para nova diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O conselho executivo da organização fez uma "excelente escolha", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na terça-feira à noite, quando Lagarde foi eleita para suceder a Dominique Strauss-Kahn, que renunciou após ser acusado de tentativa de estupro. O outro concorrente à vaga era o economista mexicano Agustín Carstens.

Barroso elogiou a "experiência e o talento" de Lagarde. Nos últimos meses, o FMI e a Comissão Europeia teriam trabalhado em conjunto diariamente para ajudar os Estados europeus nas suas dificuldades, afirmou. "Desejo que as estreitas relações e a cooperações sejam reforçadas", disse Barroso.

O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, declarou estar convencido da boa escolha do grêmio do FMI: "A nomeação de Lagarde é uma notícia boa para a Europa", completou.

Elogios na Europa

A escolha da francesa de 55 anos para o mais alto cargo do FMI disseminou entusiasmo na França, mas para o presidente Nicolas Sarkozy e o premiê da França, François Fillon, o desafio é a sucessão de Lagarde na equipe de governo. Segundo a mídia francesa, não é fácil encontrar um novo ministro das Finanças e Economia. Segundo Fillon, "a opção por Lagarde é uma vitória para a França".

O ministro francês do Exterior, Alain Juppé, expressou seu apoio à nova líder do FMI. "A França está feliz e orgulhosa com o seu sucesso", enfatizou. Também na Alemanha foi registrada reação positiva. "Estou contente por Lagarde. Foi uma escolha ótima", disse o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.

Os 24 integrantes do conselho executivo do FMI escolheram de forma unânime Christine Lagarde para o cargo deixado por Strauss-Kahn. Após as votação, ela garantiu que pretende avançar com a reforma da organização.

"Farei disso minha prioridade, a instituição continuará servindo a todos os membros com igual atenção", disse por meio de um comunicado. Ela ressaltou a importância de a atividade do FMI ser realista, prospectiva, eficiente e justa.

Advertência à Grécia

Poucos minutos após a nomeação, Lagarde desafiou a oposição na Grécia a apoiar o governo. Nesta quarta-feira, o Parlamento grego deverá votar o novo pacote de austeridade apresentado pelo governo de Atenas. A aprovação é crucial para o futuro da Grécia e do euro.

Já durante sua apresentação no conselho executivo da organização, antes de ser eleita, ela deixou clara a intenção de se engajar nas preocupações dos países emergentes. Sobretudo os países mais pobres temem que, pelo fato de Lagarde ser francesa, ela dê prioridade aos problemas europeus.

A escolha, no entanto, poderá sofrer um revés em alguns dias. A Corte de Justiça francesa irá decidir em 8 de julho se abrirá um inquérito contra Lagarde para investigar a denúncia de abuso de poder e de favorecimento ao empresário Bernard Tapie.

BR/dw/dpa/afp
Revisão: Roselaine Wandscheer

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