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ConflitosIsrael

Petróleo dispara após Biden falar sobre retaliação de Israel

3 de outubro de 2024

Barril subiu 5% após presidente americano afirmar que tem conversado com Israel sobre a possibilidade de um ataque retaliatório a refinarias de petróleo do Irã,

Joe Biden
"Estamos discutindo isso”, disse Biden, sobre possibilidade de ataque israelense ao IrãFoto: Manuel Balce Ceneta/AP/picture alliance

O preço do petróleo disparou cerca de 5% nesta quinta-feira (03/10), com a cotação do barril se aproximando dos US$ 80, depois do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar que tem conversado com Israel sobre a possibilidade de um ataque a refinarias do Irã,

Biden fez o comentário para jornalistas no gramado sul da Casa Branca antes de embarcar em um helicóptero para visitar Flórida e Geórgia a fim de inspecionar os danos causados pelo furacão Helene.

Em meio ao barulho das hélices do helicóptero, um jornalista perguntou: "O senhor apoiará o ataque de Israel às instalações petrolíferas do Irã?", ao que ele respondeu: "Estamos discutindo isso”.

Após a fala de Biden, o preço do barril de petróleo, que já estava em alta, subiu ainda mais. O Irã é o sétimo maior produtor de petróleo no mundo, com uma produção de cerca 3,9 milhões de barris por dia - ou 5% da demanda mundial.

Em resposta a perguntas de outro profissional de imprensa, Biden afirmou que Israel não está tomando nenhuma medida de retaliação hoje e deixou claro que não cabe aos EUA decidir por Israel o que deve ser feito, e que o governo americano está apenas dando conselhos ao seu aliado no Oriente Médio. "Nós não 'permitimos' Israel. Nós aconselhamos Israel. E nada vai acontecer hoje", disse o presidente americano.

O presidente americano declarou ainda que não apoiaria um ataque de Israel às instalações nucleares do Irã em represália ao ataque que esse país realizou na terça-feira com quase 200 mísseis contra o território israelense.

Os ataques do Irã contra Israel foram os primeiros desde abril, quando o primeiro atacou duas bases aéreas israelenses no deserto de Negev com mísseis e drones e atingiu pontos nas Colinas de Golã, embora Israel, Estados Unidos e países árabes sobre os quais eles voaram tenham conseguido interceptar a maioria dos projéteis.

Após o ataque, primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o Irã "cometeu um grave erro e vai pagar por isso".

A ofensiva de terça-feira ocorreu em meio ao aumento das tensões na região depois que Israel anunciou, na segunda-feira, que estava enviando tropas para o sul do Líbano para desmantelar a infraestrutura do grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irã, após mais de uma semana de bombardeios israelenses no sul e no leste do Líbano.

jps (EFE, ots)

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