Anne Hidalgo quer proibir veículos no coração da capital francesa, para melhorar qualidade do ar. Projeto seria realizado durante eventual próximo mandato.
Anúncio
A prefeita Anne Hidalgo quer tornar exclusivos para pedestres os distritos históricos mais centrais de Paris para reduzir o impacto negativo dos veículos sobre a qualidade do ar no entorno dos monumentos históricos.
O novo projeto atingiria os quatro bairros mais centrais da cidade com a criação de uma zona de circulação extremamente restrita. Só carros elétricos autônomos poderiam andar ali.
A medida ficaria para o próximo mandato (2020 – 2026), se a prefeita for reeleita, segundo informações divulgadas pelo jornal francês Le Monde.
O diário cita ainda assessores de Hidalgo e diz que a ideia seria adotada após "estudos aprofundados e consultas com as partes envolvidas", como comerciantes, a polícia e administrações regionais dos bairros em questão.
Num primeiro momento, porém, a prefeitura quer ampliar a atual operação "Paris respira", que impede a circulação de veículos em vários locais da cidade nos primeiros domingos do mês. Até 2019, Hidalgo espera poder expandir a operação para todos os domingos.
Segundo o governo municipal, uma decisão nesse sentido havia sido pedida pelos governantes desses bairros turísticos, que incluem monumentos como a catedral de Notre Dame, o Museu do Louvre, o Centro Georges Pompidou e os bairros do Marais e Les Halles.
Anne Hidalgo preside o grupo C40 de Grandes Cidades que combatem as mudanças climáticas e é uma das principais vozes críticas, na França, da circulação de veículos poluidores nas metrópoles. A prefeita socialista, que assumiu o cargo em 2014, sucedendo ao também socialista Bertrand Delanoë, também é uma defensora aguerrida do uso da bicicleta e de carros elétricos.
Segundo cálculos da própria Hidalgo, o tráfego de veículos gera atualmente dois terços das emissões de dióxido de nitrogênio e 56% das partículas finas na capital francesa.
A restrição ao tráfego defendida pela prefeita encontra forte oposição entre representantes da centro-direita e de usuários de automóveis nos arredores da capital francesa. Eles argumentam que a medida prejudica sua mobilidade.
RK/efe/afp/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube
Praias antes paradisíacas repletas de garrafas, animais engasgados com dejetos, pessoas recolhendo o material em aterros. Uso desenfreado do derivado do petróleo deixa rastro preocupante no meio ambiente.
Foto: Daniel Müller/Greenpeace
A era do plástico
Leve, durável, flexível e muito popular. O mundo produziu 8,3 bilhões de toneladas de plástico desde o início da produção em massa, nos anos 50. Como o material não é facilmente biodegradável, muito do que foi produzido acaba em aterros como este, nos arredores de Nairóbi. Catadores de lixo caçam plásticos recicláveis para ganhar a vida. Mas muito também acaba no oceano.
Foto: Reuters/T. Mukoya
Rios de lixo
Cerca de 90% do plástico entra nos habitats marinhos através de apenas dez rios: o Yangtzé, o Indo, o Amarelo, o Hai, o Nilo, o Ganges, o Pearl River, o Amur, o Níger e o Mekong. Esses rios atravessam áreas altamente povoadas, com falta de infraestrutura adequada para o descarte de resíduos. Aqui, um pescador nas Filipinas retira uma armadilha para peixes e caranguejos de águas poluídas.
Foto: picture-alliance/Pacific Press/G. B. Dantes
Começo de vida plastificado
Alguns animais encontram uma utilidade para resíduos de plástico. Este cisne fez seu ninho no lixo em um lago de Copenhague que é popular entre os turistas. Seus filhotes saíram dos ovos rodeados de dejetos, o que não é um bom início de vida. Mas para outros animais, as consequências são muito piores.
Foto: picture-alliance/Ritzau Scanpix
Consequências fatais
Embora o plástico seja altamente durável e possa ser usado para produtos com longa vida útil, como móveis e tubulações, cerca de 50% da produção são destinados a produtos descartáveis, incluindo talheres e anéis usados em pacotes de seis unidades de latas de bebidas, que acabam no meio ambiente. Animais correm o risco de se enredar neles e morrer, como ocorreu com este pinguim.
Foto: picture-alliance/Photoshot/Balance
Confundido com comida
Este filhote de albatroz foi encontrado morto em Sand Island, no Havaí, com vários pedaços de plástico no estômago. Um levantamento realizado em 34 espécies de aves no norte da Europa, Rússia, Islândia, Escandinávia e Groenlândia, apontou que 74% delas ingeriram plástico. Comer o material pode levar a danos nos órgãos e bloqueios no intestino.
Mesmo os animais maiores sofrem os efeitos do consumo de plástico. Esta baleia foi encontrada na Tailândia. Durante a tentativa de salvamento, o animal vomitou cinco sacos plásticos e morreu. Na autópsia, os veterinários encontraram 80 sacolas de compras e outros dejetos plásticos que entupiam o estômago da baleia, de modo que ela não conseguia mais digerir alimentos nutritivos.
Foto: Reuters
Dejetos invisíveis
Grandes pedaços de plástico na superfície do oceano, como é registrado aqui, na costa havaiana, chamam atenção. Mas poucos sabem que trilhões de minúsculas partículas com menos de 5 milímetros de diâmetro também flutuam nos mares. Essas partículas acabam na cadeia alimentar. O plâncton marinho, que é uma fonte importante de alimento para peixes e outros animais marinhos, já foi filmado comendo-as.
Foto: picture-alliance/AP Photo/NOAA Pacific Islands Fisheries Science Center
Fim à vista?
Medidas para tentar reduzir o plástico descartável já foram tomadas em alguns países africanos, como proibições de sacolas plásticas, e a União Europeia planeja proibir produtos plásticos descartáveis. Mas se as tendências atuais forem mantidas, cientistas acreditam que haverá 12 bilhões de toneladas de plástico no planeta até 2050.