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Prefeito de Berlim deixa cargo após 13 anos

26 de agosto de 2014

Símbolo da renovação na capital alemã, Klaus Wowereit, primeiro político do país a assumir abertamente ser homossexual, diz que deixará o posto em dezembro. Ele ainda tinha mais dois anos de mandato.

Foto: imago

Após 13 anos como prefeito de Berlim, Klaus Wowereit anunciou nesta terça-feira (26/08) que renunciará ao cargo e que deixará a vida política no fim deste ano.

"Foi uma decisão voluntária", declarou o político do Partido Social-Democrata (SPD), que estipulou ainda a data exata de sua despedida: 11 de dezembro.

Segundo Wowereit, de 60 anos, a decisão, dois anos antes do término do seu mandato, não foi fácil. Ele se disse, porém, orgulhoso de sua contribuição para o desenvolvimento da capital alemã.

O presidente do SPD, Sigmar Gabriel, enalteceu os serviços prestados por Wowereit. "Temos que agradecer a Klaus Wowereit por Berlim ser hoje uma metrópole atrativa, cosmopolita e tolerante, e que também está estável no quesito econômico", disse.

Além do cargo político, Wowereit vai deixar também a presidência do conselho fiscal do Aeroporto Internacional de Berlim.

Eleito pela primeira vez em 2001, Wowereit vinha enfrentando queda em sua popularidade recentemente. Especialmente devido ao fiasco político e econômico envolvendo a construção do Aeroporto de Berlim-Brandeburgo (BER), que arranhou sua reputação.

Wowereit havia declarado que o projeto era o mais importante de sua gestão. Mas a inauguração do aeroporto foi adiada inúmeras vezes – e uma nova data ainda não foi divulgada.

"Os constantes adiamentos foram uma derrota amarga, que dói até hoje", admitiu o prefeito.

Carismático, Wowereit foi o primeiro político alemão a declarar-se abertamente gay e se tornou símbolo de uma Berlim jovem e cosmopolita, "uma cidade pobre, mas sexy", como definiu em sua frase mais famosa.

Graças a suas reeleições em 2005 e 2011, se tornou o chefe de governo mais tempo à frente de um estado alemão e chegou a ser cotado para concorrer ao posto de chanceler federal pelo SPD. Seu provável substituto é Jan Stöss, chefe do partido na cidade-estado. A oposição pede novas eleições.

PV/dpa/rtr

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