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Prefeito pede que Kiev se prepare para falta de luz e água

7 de novembro de 2022

Vitali Klitschko acusa Rússia de fazer de tudo para deixar capital da Ucrânia sem eletricidade, aquecimento e gás no próximo inverno europeu. Moscou intensificou bombardeios à infraestrutura civil do país.

Kiev às escuras
Kiev às escuras depois de um ataque russo com mísseis, no fim de outubroFoto: Maxym Marusenko/NurPhoto/picture alliance

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, pediu neste domingo (07/11) aos moradores da capital da Ucrânia que se preparem para o pior cenário no próximo inverno europeu. Há semanas que a Rússia vem bombardeando ainfraestrutura civil da Ucrânia, especialmente o sistema de geração de energia elétrica.

"Estamos fazendo de tudo para evitar isso. Mas, sejamos francos, os nossos inimigos estão fazendo de tudo para que a cidade fique sem aquecimento, sem eletricidade, sem abastecimento de água", afirmou Klitschko, pedindo que os habitantes da capital se preparem para o pior no inverno.

O prefeito acusou ainda o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de atacar deliberadamente a infraestrutura civil do país. "Ele quer a nossa morte, que nós congelemos, ou a nossa fuga do país para que ele possa tê-lo", afirmou.

Klitschko pediu também para que os moradores da capital considerem passar algum tempo com familiares ou amigos fora da cidade. Kiev quer instalar cerca de mil centrais comunitárias de aquecimento, mas não há garantias de que elas sejam suficientes para uma cidade de 3 milhões de habitantes.

Os ataques russos têm provocado apagões frequentes em todo o território ucraniano e afetam também o abastecimento de água. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também alertou no domingo para a intensificação dos bombardeios à infraestrutura civil do país. Ele, porém, garantiu que a Ucrânia está se preparando para responder a essa agressão.

Zelenski afirmou ainda que cerca de 4,5 milhões de ucranianos já estão sem eletricidade. Segundo autoridades de energia, o país enfrenta nesta segunda-feira um déficit de 32% no fornecimento de energia elétrica.

Alegações russas

Depois de promover intensos bombardeios desde outubro, a Rússia passou a acusar a Ucrânia de atacar a infraestrutura dos territórios ucranianos anexados ilegalmente por Moscou. Autoridades russas alegaram no domingo que ataques ucranianos teriam danificado uma barragem próxima a Kherson – a região é palco de intensos confrontos com o avanço da ofensiva de Kiev.

Autoridades russas acusaram ainda a Ucrânia de atacar os sistemas elétricos na região, o que teria provocado um apagão e falta de água em Kherson, e pediram que a população deixe a cidade. O fornecimento de eletricidade foi parcialmente restaurado nesta segunda.

No mês passado, o exército ucraniano afirmou que as forças russas têm desligado propositalmente o fornecimento de eletricidade e água para forçar os moradores a deixarem a região. Dezenas de milhares de civis já deixaram Kherson depois de receberem ordens para deixar a cidade em outubro.

Reforço na guerra

A Ucrânia anunciou nesta segunda o recebimento de reforço militar. O país afirmou ter recebido mais sistemas de defesa antiaérea enviados por Noruega, Espanha e Estados Unidos.

''Essas armas fortalecerão significativamente o exército ucraniano e tornarão nossos céus mais seguros'', afirmou o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov.

cn/as (AP, AFP, Lusa, Reuters, dpa)

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