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SociedadeFrança

Prefeitura de Paris é multada por contratar mulheres demais

16 de dezembro de 2020

Gabinete formado por 11 mulheres e cinco homens rendeu multa de 90 mil euros à administração da capital francesa. Prefeita tacha punição de injusta e diz que o país deixa a desejar em termos de igualdade de gênero.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo
"Precisamos promover as mulheres em toda a parte", declarou a prefeita de Paris, Anne HidalgoFoto: Pierrick Villette/Avenir Pictures/abaca/picture alliance

A administração municipal de Paris foi multada em 90 mil euros (em torno de R$ 558 mil) por empregar um número "excessivo" de mulheres em posições de alto escalão.

Em uma reunião com o Conselho Municipal nesta terça-feira (15/12), a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, classificou a punição como absurda e injusta. "Estou feliz por anunciar que fomos multados", disse. O caso se refere às nomeações feitas para o gabinete municipal em 2018, que violariam uma lei que assegura a igualdade de gênero.

Naquele ano, 11 mulheres e cinco homens foram indicados para os cargos mais altos da prefeitura, o que significa que 69% dos cargos eram ocupados por mulheres. A proporção menor de homens levou o Ministério dos Serviços Públicos a impor a multa.

Uma lei de 2013 exigia um mínimo de 40% de nomeações para pessoas de cada gênero, mas, desde então, a legislação foi alterada para permitir exceções, quando o equilíbrio de gêneros é respeitado de modo geral.

Atualmente, 47% de todos os servidores públicos nos principais cargos da administração municipal de Paris são mulheres. "A administração da prefeitura se tornou, de repente, feminista demais", riu a prefeita socialista.

"França deixa a desejar" em termos de paridade

"Essa multa é, obviamente, absurda, injusta, irresponsável e perigosa", criticou Hidalgo, em tom mais sério. "Precisamos promover as mulheres com determinação e vigor em toda a parte. A França ainda deixa a desejar."

"Para um dia atingirmos a paridade, devemos acelerar o andamento e assegurar que mais mulheres do que homens sejam nomeadas", declarou a prefeita, que foi reeleita para um novo mandato no ano passado.

A ministra dos Serviços Públicos, Amelie de Montchalin, rebateu Hidalgo dizendo esperar que o valor da multa seja destinado a ações concretas para promover mulheres no serviço público, e convidou a prefeita a debater a questão.

RC/afp/ap

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