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Premiê da Holanda tem caminho livre para chefiar a Otan

20 de junho de 2024

Romênia anuncia apoio à candidatura de Mark Rutte, liberando último entrave para que premiê holandês seja o próximo secretário-geral da aliança. Troca de comando marcará fim de uma década de liderança de Stoltenberg.

Mark Rutte fala em um púlpito
Rutte, de 57 anos, tem sido um rosto conhecido na política europeia após completar 13 anos como primeiro-ministro da HolandaFoto: Amir Hamzagic/AA/picture alliance

O atual primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, deve ser nomeado como o próximo secretário-geral daOrganização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), após todos os 32 membros da aliança terem manifestado apoio à sua candidatura para o cargo.

Depois de receber o endosso da Hungria e da Eslováquia no início da semana, a candidatura de Rutte superou o último entrave nesta quinta-feira (20/06), quando a Romênia confirmou o seu apoio após o atual presidente romeno, Klaus Iohannis, retirar sua própria candidatura concorrente para o cargo.

Antes disso, Rutte já havia recebido o apoio de peso dos Estados Unidos, principal força militar da Otan. "O primeiro-ministro Rutte tem uma profunda compreensão da importância da aliança, é um líder e comunicador nato, e sua liderança serviria bem à aliança neste momento crítico", disse o presidente americano, Joe Biden, em fevereiro.

Posição delicada

O atual secretário-Geral da Otan, Jens Stoltenberg, vai encerrar seu mandato em outubro, após permanecer uma década no posto.

Seu sucessor terá que procurar equilibrar o apoio dos membros da Otan à Ucrânia e, ao mesmo tempo, evitar qualquer escalada que possa levar a aliança a uma guerra contra a Rússia.

Dependendo do resultado das eleições presidenciais americanas de novembro, o próximo chefe da Otan poderá ainda ter que lidar com um segundo mandato de Donald Trump, que foi alvo de críticas de autoridades ocidentais neste ano por questionar o compromisso dos EUA em defender os países-membros da aliança.

Jens Stoltenberg vai encerrar seu mandato em outubro, após permanecer uma década no postoFoto: Dursun Aydemir/Anadolu/picture alliance / Anadolu

Fundada em 1949 para contrabalancear a força da União Soviética durante a Guerra Fria, a Otan é uma aliança política e militar de países da América do Norte e da Europa.

Consagrado no Artigo 5 de seu tratado de fundação está o princípio da defesa coletiva – a ideia de que um ataque a um membro é considerado um ataque a todos.

Indicação precisava de apoio de todos os 32 países-membros

A indicação para o cargo de secretário-geral da Otan é escolhida por consenso, o que significa que todos os membros devem concordar com a decisão final. No entanto, os EUA costumam exercer mais peso na escolha. Atualmente, a aliança tem 32 membros – em março, ela foi reforçada com a entrada da Suécia.

Rutte, de 57 anos, tem sido um rosto conhecido na política europeia após completar 13 anos como primeiro-ministro da Holanda – o mais longo mandato na história do país.

Ele anunciou inesperadamente sua saída da política holandesa no ano passado, mas continua a liderar o país de forma interina até que o novo governo de coalizão tome posse, o que está previsto para ocorrer no início de julho.

No ano passado, Rutte disse à mídia holandesa estar aberto à ideia de assumir chefia da Otan, algo que ele classificou como "um trabalho muito interessante".

Além de Rutte e Iohannis, a lista de aspirantes confessos ao cargo incluia a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Krisjanis Karins – mas esses três últimos nomes no final não conseguiram reunir apoios decisivos entre os membros da aliança.

Espera-se que o nome de Rutte seja anunciado oficialmente para o cargo em Washington, em julho, para coincidir com a reunião que vai marcar o 75º aniversário da aliança.

jps/le (Reuters, DW)