1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Papa pede fim da guerra a Putin em apelo incomum

2 de outubro de 2022

Pela primeira vez desde 2013, pontífice substituiu tradicional oração por apelo pelo fim da guerra na Ucrânia. Reflexão também citou preocupação com ameaça nuclear e pediu fim de "espiral de violência e morte".

Papa Francisco diante de microfone e púlpito e vestimenta tradicional branca em sua costumeira aparição no Palácio do Vaticano, na Praça de São Pedro
Em vez de tradicional oração, papa Francisco fez apelo à Rússia pelo fim da guerra na Ucrânia neste domingoFoto: Domenico Stinellis/AP Photo/picture alliance

Em vez da costumeira oração dominical do Angelus, o Papa Francisco dedicou o sermão na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, deste domingo (02/10) à guerra na Ucrânia, iniciada no final de fevereiro deste ano. O pontífice também expressou preocupação com o risco de uma escalada nuclear no planeta.

Francisco exortou o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar a "espiral de violência e morte", também para o bem do próprio povo russo. "Meu apelo se dirige, sobretudo, ao presidente da Federação Russa, suplicando a ele interromper, também por amor ao seu povo, essa espiral de violência e morte", disse o líder da Igreja Católica, que enviou pela primeira vez uma mensagem ao chefe de Estado, embora não tenha citado o nome dele.

Na reflexão, Francisco convocou o mundo a recorrer a "instrumentos diplomáticos" para frear o "grave, devastador e ameaçador" conflito.

A última vez em que o papa fez declaração fora do protocolo foi em 2013, para pedir o fim dos combates na guerra civil da Síria.

O pontífice pediu também ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que permaneça aberto a ofertas sérias de paz.

Preocupação com ameaça nuclear

"O que dizer do fato que a humanidade está novamente diante da ameaça atômica? É absurdo. O que mais deve acontecer? Quando sangue ainda deve ser derramado para que compreendamos que a guerra não é nunca a solução, mas sim a destruição", disse o papa.

Da janela do Palácio Apostólico, Francisco confessou a "profunda dor" que causam a ele "os rios de sangue e lágrimas derramados nestes meses e as milhares de vítimas, em particular, as crianças", assim como "tantas destruições que deixaram sem casa muitas pessoas e famílias".

"Por favor, façamos respirar as jovens gerações o saudável ar da paz, não o contaminado pela guerra, que é uma loucura. Após sete meses de hostilidades, que se recorra a todos os instrumentos diplomáticos para fazer com que termine essa enorme tragédia", disse Francisco.

rk (EFE, ots)

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque