Presidente alemão é criticado por encontro com ex-terrorista
5 de maio de 2007Depois de se encontrar com Christian Klar, líder da extinta organização terrorista Fração do Exército Vermelho (RAF), na prisão de Bruchsal, no sul da Alemanha, o presidente alemão Horst Köhler foi criticado por vários partidos neste sábado (05/05).
A conservadora União Social-Democrata da Baviera (CSU), que participa da aliança governista formada com a União Democrata Cristã (CDU), ameaçou boicotar a reeleição de Köhler em 2009 caso ele aprove o indulto de Klar.
Segundo a revista Der Spiegel, na sexta-feira, Köhler visitou Klar, que solicitou oficialmente um indulto presidencial para abandonar antecipadamente a prisão. Ele cumpre várias condenações à prisão perpétua e está detido há mais de 24 anos. A revista prevê uma rápida decisão do presidente.
O secretário-geral da CSU, Markus Söder, criticou uma possível concessão de indulto ao ex-dirigente da RAF. De acordo com os social-cristãos, os condenados por terrorismo que não mostraram "arrependimento algum" pelos crimes cometidos não devem ser soltos.
Também o líder da bancada da CDU no Bundestag, Volker Kauder, manifestou-se contra um indulto para Klar. "Ele não colaborou com o esclarecimento dos crimes da RAF", argumentou.
O presidente do Partido Liberal, Guido Westerwelle, é da mesma opinião. "Sou estritamente contra o indulto para o assassino Christian Klar, que até hoje não mostrou arrependimento e silencia sobre seus crimes", disse ao jornal Bild am Sonntag. (gh)
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