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Presidente alemão faz visita surpresa à Ucrânia

25 de outubro de 2022

Frank-Walter Steinmeier viaja a Kiev pela primeira vez desde o início da guerra. Político alemão pretendia ir ao país em abril, mas foi desconvidado por postura pró-Rússia durante governo Merkel.

Steinmeier saindo de trem ao chegar em Kiev
Steinmeier viajou de trem a KievFoto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, desembarcou na manhã desta terça-feira (25/10) em Kiev para uma visita surpresa à Ucrânia. Um encontro com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, está previsto na agenda do político alemão.

"A minha mensagem aos ucranianos é: não estamos apenas do seu lado, mas continuaremos também apoiando a Ucrânia – militar, política e financeiramente e com ajuda humanitária", afirmou Steinmeier ao desembarcar do trem.

Steinemeier afirmou ser importante mostrar solidariedade ao país, que enfrenta neste momento vários bombardeiros à infraestrutura civil. No início da manhã, o político alemão visitou Korjukiwa – uma pequena cidade no norte do país que foi ocupada por tropas russas. Além de ver com os próprios olhos a destruição causada pela Rússia, o presidente alemão pretende conversar com os ucranianos.

"Como muitos alemães, olho com admiração para os ucranianos. Para sua coragem, sua irredutibilidade, que eles mostram não somente no front, mas também nas cidades bombardeadas e nas zonas rurais", destacou Steinemeier.

O Banco Mundial estimou, em setembro, que 350 bilhões de dólares seriam necessários para reconstruir o país até aquele momento. Esse valor é maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia, que ficou em 200 bilhões de dólares em 2021.

Primeira visita à Ucrânia

Essa é a primeira visita do presidente alemão à Ucrânia desde o início da guerra em 24 de fevereiro. Ele chegou a programar uma ida a Kiev em abril, mas foi desconvidado pelo governo ucraniano devido à posição pró-Rússia que teve quando fez parte do governo de Angela Merkel, que promoveu uma aproximação com Moscou.

O social-democrata Steinmeier foi ministro do Exterior em dois governos de Merkel. Ele também defendeu a construção do controverso gasoduto russo Nord Stream 2, que teve seu processo de licenciamento interrompido por Berlim devido à escalada do conflito na Ucrânia.

Em Berlim, o desconvite foi visto como uma afronta diplomática e política sem precedentes. Pouco depois, a ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock, foi a primeira representante do governo alemão a visitar a Ucrânia, em 10 de maio. O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, esteve em Kiev em meados de junho.

Já Steinmeier anunciou na semana passada que iria à Ucrânia. A viagem, porém, teve de ser adiada por questões de segurança. Há semanas, a Rússia promove uma série de ataques aéreos a várias cidades do país. Os bombardeios danificaram seriamente a rede elétrica do país e de aquecimento. Sem uma reconstrução rápida dessa infraestrutura, muitos ucranianos deveram passar por um inverno com apagões e no frio.

No encontro entre os presidentes, Steinmeier e Zelenski devem pedir que cidades alemãs façam parceiras com localidades ucranianas voltadas para promover ajuda durante o inverno.

cn/lf (dpa, Lusa, Reuters)

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