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Presidente argentina procura apoio junto ao papa Francisco no Vaticano

20 de setembro de 2014

Esse foi o terceiro encontro entre Cristina Kirchner e Francisco, desde que o Papa argentino assumiu o pontificado. Na próxima semana, Kirchner deve falar sobre a crise argentina em reunião nas Nações Unidas.

Vatikan Privataudienz Christina Kirchner bei Papst Franziskus
Foto: Reuters/Argentine Presidency/Handout

Em busca de apoio na luta contra os fundos de hedge, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, almoçou neste sábado (20/09) com o papa Francisco, seu compatriota, no Vaticano. Esse foi o terceiro encontro entre os dois desde que o Santo Padre assumiu o pontificado, em março de 2013.

Kirchner chegou ao Vaticano acompanhada por uma comitiva de 30 pessoas, entre elas o ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, e o presidente da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez.

A presidente trouxe vários presentes para o Papa, incluindo um retrato de Evita, outro do próprio Francisco em estilo Andy Warhol e uma imagem da Virgem de Luján, padroeira da Argentina.

O encontro começou com uma conversa a portas fechadas entre Kirchner e Francisco, de aproximadamente 15 minutos. Após a reunião, os dois almoçaram com a comitiva. Segundo a Rádio Vaticano, o conteúdo da conversa foi "particular".

Crise argentina

Para analistas, o encontro de sábado pode ser interpretado com um respaldo que o Papa dá à presidente argentina na véspera de sua viagem a Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU na próxima quarta-feira.

Lá Kirchner pretende falar sobre a briga judicial que mantém com os Estados Unidos, em relação aos fundos de hedge que não aceitaram a redução do pagamento referentes a títulos da dívida argentina.

Antes da visita de Kirchner, Guillermo Karcher, chefe do cerimonial do Vaticano e íntimo de Francisco, afirmou que o Papa estava preocupado com a situação da política da Argentina. "Ele está preocupado com a governabilidade e sobre uma democracia saudável", disse.

A relação entre Kirchner e Francisco nem sempre foi calorosa. Na época em que foi arcebispo de Buenos Aires, o pontífice criticou duramente o governo do então presidente Nestor Kirchner, marido da atual presidente que faleceu em outubro de 2010. Mas, desde que o cardeal Jorge Bergoglio se tornou Papa, a relação entre os dois têm melhorado.

CN/dpa/afp/kna

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