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Presidente da Lituânia recebe prêmio Carlos Magno

Roselaine Wandscheer9 de maio de 2013

Dalia Grybauskaite foi homenageada com o mais importante prêmio europeu por sua contribuição no fortalecimento dos laços dentro da União Europeia. Presidente também recebeu elogios por atuação diante da crise econômica.

Foto: picture-alliance/dpa

Por contribuir para a aproximação entre os países na Europa, a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, de 57 anos, foi homenageada nesta quinta-feira (09/05) em Aachen, no oeste da Alemanha, com a mais importante condecoração europeia, o prêmio Carlos Magno. Grybauskaite foi escolhida por ser considerada uma personalidade de destaque na região báltica, e por seus esforços para estreitar os laços entre a União Europeia (UE) e os países do leste europeu.

A ex-Comissária Europeia de Programação Financeira e Orçamento foi elogiada pela forma como conduziu a crise econômica na Lituânia e pela luta para a integração do país na zona do euro. Em seu discurso, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, descreveu Grybauskaite como "uma mulher franca e uma europeia extraordinária".

Segundo Schulz, o prêmio homenageia também um povo que superou com dignidade, serenidade e determinação uma dramática crise econômica e, apesar de tudo, não esqueceu a ideia da Europa. "Se tivéssemos mais lideranças como Grybauskaite, nós teríamos menos problemas na UE", afirmou Schulz.

"Nunca quis ser presidente"

A carreira política de Grybauskaite começou em 1990, depois da independência da Lituânia. Ela foi diretora de departamento no Ministério de Comércio Exterior e depois no Ministério de Relações Exteriores. Nessa época, ela coordenou a assinatura de acordos de livre comércio com a UE.

Grybauskaite é 55ª ganhadora do prêmio Carlos MagnoFoto: Delfi

Grybauskaite foi também embaixadora da Lituânia nos Estados Unidos e ministra das Finanças. Em 2004, ela foi escolhida para Comissária Europeia de Programação Financeira e Orçamento.

"Eu acredito que todo sucesso não depende somente do talento, mas ele também deve consistir necessariamente em trabalho duro e disciplina. É assim que eu trabalho e é o que eu espero dos outros", disse Grybauskaite.

Em 2008, quando a crise econômica atingiu a Lituânia, Grybauskaite deixou o seu cargo na Comissão Europeia e se candidatou para a eleição presidencial em seu país. "Na verdade, eu nunca quis ser presidente. Eu só me candidatei por ver a Lituânia patinando na crise e eu queria ajudar o governo a enfrentar esse problema", justificou Grybauskaite.

Em 2009, ela assumiu a presidência do país. Juntamente com o governo do ex-primeiro-ministro Andrius Kubilius, estabilizou a economia da Lituânia. Diferentemente de outros países em crise no sul da Europa, a presidente abriu mão da ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional.

A presidente da Lituânia é 55ª ganhadora do prêmio Carlos Magno, que teve sua primeira edição em 1950. No ano passado, a premiação homenageou o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.

CN/dpa/afp

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