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Presidente de Israel pede desculpas a Dilma

12 de agosto de 2014

Rivlin diz que declarações do diplomata que chamou Brasil de "anão diplomático" não correspondem aos sentimentos da população de seu país. Dilma reforça posição brasileira em favor da existência de dois estados.

Foto: imago/ITAR-TASS

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, telefonou nesta segunda-feira (11/08) para a presidente Dilma Rousseff. Segundo nota divulgada à imprensa, o líder israelense "pediu desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria [Yigal Palmor] em relação ao Brasil", que causara polêmica ao chamar o Brasil de "anão diplomático".

Segundo o comunicado, Rivlin disse que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil. As declarações de Palmor haviam sido dadas em julho, após o Itamaraty condenar o uso desproporcional da força, por Israel, no conflito na Faixa de Gaza.

Os dois líderes discutiram a grave situação em Gaza, e Rivlin afirmou que "o país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu terriório vinha sofrendo". Dilma disse que o governo brasileiro "condenara e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte de centenas de civis".

Dilma reforçou a posição histórica do país, em foros internacionais, de defender a coexistência entre Israel e Palestina "como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros".

A presidente brasileira manifestou ainda esperança de que o cessar-fogo e as negociações atuais possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região. "A crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos", destacou Dilma.

LPF/abr/ots

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