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Presidente do banco do Vaticano é afastado do cargo

25 de maio de 2012

Ettore Gotti Tedeschi não levou adiante "funções fundamentais importantes para o cargo", segundo um comunicado divulgado pelo Vaticano. Ele é suspeito de vazar documentos confidenciais, diz agência de notícias.

Foto: Buesi-Fotolia.com

O presidente do banco do Vaticano (oficialmente chamado Instituto para Obras de Religião), Ettore Gotti Tedeschi, foi destituído do cargo após receber uma moção de censura unânime do conselho de supervisão da instituição.

Ele não levou adiante "funções fundamentais importantes para o cargo", segundo um comunicado divulgado pelo Vaticano nesta quinta-feira (24/05). Ele ocupava a presidência desde 2009.

Tedeschi vazou documentos confidenciais para atender interesses pessoais e políticos, disse uma pessoa familiarizada com o caso, segundo a agência de notícias AP.

Tedeschi disse à agência de notícias Reuters que a demissão ocorreu porque o banco não concordava com a forma honesta que ele trabalhava. "Não quero dar entrevistas, paguei pela minha transparência", disse o ex-presidente.

O ex-presidente do banco do Vaticano, Ettore Gotti TedeschiFoto: picture-alliance/dpa

O Banco do Vaticano, fundado em 1942 pelo Papa Pio 12, tem estado no centro das atenções desde setembro de 2010, quando investigadores congelaram 23 milhões de euros de seus recursos depositados em bancos italianos, após o início de uma investigação sobre um possível caso de lavagem de dinheiro.

Este não deve ter sido o motivo para a demissão de Tedeschi, já que o Vaticano declara que a investigação é motivada por questões políticas externas. Tedeschi alega que não fez nada de errado e só estava transferindo recursos de uma conta para a outra. O recursos congelados foram liberado em junho de 2011, mas a investigação prossegue.

O Vaticano aprovou recentemente novas leis de transparência financeira e estabeleceu normas internas para assegurar que seu banco e todos os outros departamentos sigam os padrões internacionais.

O banco vai procurar um novo presidente para "restaurar as relações plenas e eficazes com a comunidade financeira, baseada no respeito mútuo das normas bancárias internacionais", acrescenta o comunicado.

AKS/rtr/ape
Revisão: Alexandre Schossler

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