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Presidente italiano pede que Renzi adie renúncia

5 de dezembro de 2016

Após derrota em referendo, primeiro-ministro da Itália reúne-se com Sergio Mattarella para oficializar saída. Presidente, no entanto, apela para que Renzi espere a aprovação do orçamento de 2017 para deixar o cargo.

Italien Matteo Renzi Ankunft am Quirinalspalast in Rom
Matteo Renzi chega ao Palácio do Quirinal, residência oficial do presidente italiano, nesta segunda-feiraFoto: picture-alliance/dpa/EPA/E. Ferrari

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, reuniu-se com o presidente Sergio Mattarella nesta segunda-feira (05/12) para apresentar sua renúncia, já anunciada na véspera, mas recebeu um apelo do líder para que adie a saída do cargo até depois da aprovação do orçamento de 2017.

Leia também: Futuro político da Itália é incerto após "não" no referendo

"O primeiro-ministro, após o resultado do referendo constitucional realizado ontem, anunciou que não poderá continuar com o mandato no governo e, portanto, manifestou sua intenção de renunciar", diz um comunicado divulgado nesta segunda-feira pelo gabinete de Mattarella.

"O presidente da República, dada a necessidade de se concluir o processo parlamentar de aprovação da lei do orçamento, pediu para que o primeiro-ministro adie sua renúncia até que esse requisito tenha sido cumprido", afirma a nota, sem deixar claro se Renzi acatou ou não a solicitação.

A imprensa italiana informou, no entanto, que o primeiro-ministro concordou em esperar a aprovação do orçamento – o que deve ocorrer até o fim desta semana, segundo a mesma mídia local – para deixar o governo, destacando que o faria por "um senso de responsabilidade".

Renzi, de 41 anos, assumiu o cargo em 2014, apresentando-se como um político contrário ao establishment disposto a reformar as instituições do país. No entanto, até o momento, suas reformas tiveram pouco impacto, e a oposição reivindicou o slogan anti-establishment.

O primeiro-ministro anunciou que renunciaria ao cargo no domingo, após ver sua proposta de reforma constitucional ser derrotada em referendo. "Mil dias difíceis, mas maravilhosos. Obrigado a todos. Viva a Itália", escreveu o político nas redes sociais nesta segunda-feira.

EK/efe/dpa/lusa/afp

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