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Presidente ucraniano condena "terrorismo" russo

21 de janeiro de 2015

Em Davos, Poroshenko afirma que 9 mil soldados russos estão em território da Ucrânia. "Se isso não é agressão, o que é?" Rússia responde pedindo provas.

Foto: Reuters/R. Sprich

No Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, afirmou que a sua nação está "mais unida do que nunca", mas que vem enfrentando "ameaças terroristas", assim como o resto do mundo.

Poroshenko traçou uma conexão entre o recente ataque a um ônibus perto de Volnovaja, na Ucrânia, que matou 12 pessoas, a queda do avião da Malaysia Airlines em território ucraniano, no último ano, e os atentados em Paris contra o semanário satírico Charlie Hebdo, dizendo que eles eram todos atos de terrorismo que exigem solidariedade global para serem combatidos.

Em Davos, Poroshenko mostrou um pedaço de metal carbonizado, que ele disse ser um pedaço do ônibus alvejado em Volnovaja. Ele culpou a Rússia pelo atentado. Além disso, Poroshenko afirmou que mais de 9 mil soldados russos, bem como 500 veículos militares e tanques, estão em território ucraniano.

"Se isso não é agressão, o que é?", indagou o presidente ao público presente em Davos. "Nossa abordagem é muito simples: não temos nada a negociar."

Respondendo a acusações similares feitas mais cedo, o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, negou as alegações. "Venho dizendo isso há um bom tempo: se você afirma isso com tanta confiança, apresente os fatos", disse Lavrov, antes de partir para Berlim, local de um encontro com seus homólogos da Ucrânia, da Alemanha e da França. "Antes de exigir de nós que paremos de fazer algo, apresente por favor provas de que o fizemos", concluiu.

Lavrov concordou que os separatistas pró-Rússia estão ocupando mais território do que havia sido decidido num acordo de cessar-fogo, em setembro, durante um encontro em Minsk, mas disse ter recebido garantias de que eles vão se retirar para as regiões determinadas.

Bombardeios em Donetsk e Lugansk, que começaram na terça-feira, continuaram nesta quarta-feira e causaram a morte de pelo menos cinco civis. Dezenas de pessoas foram feridas.

As conversações em Berlim tentarão acalmar as recentes tensões que abalaram o leste ucraniano. Lavrov afirmou que o cessar-fogo entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos está mais "frágil" do que nunca e que ele deseja evitar uma nova Guerra Fria.

Um dos principais objetivos do encontro em Berlim é chegar a um acordo que retire o armamento pesado das regiões em disputa. Em visita a Kiev, o comandante militar dos EUA na Europa, tenente-general Bem Hodges, afirmou que a quantidade de equipamentos russos fornecidos aos separatistas dobrou desde a assinatura do cessar-fogo em setembro.

"Com base nos recursos que os proxies (rebeldes) estão usando contra as forças de segurança da Ucrânia, o tipo de artilharia, equipamentos modernos, a quantidade de munição, é irrefutável de que eles estão recebendo apoio direto da Rússia", atestou Hodges.

PV/dpa/afp/ap

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