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Presidentes do SPD no pós-guerra

(lk)31 de outubro de 2005

Franz Müntefering é o nono presidente do Partido Social Democrata (SPD) no pós-guerra. Quem ocupou o cargo por mais tempo foi Willy Brandt, que conduziu o partido durante 23 anos.

Foram os seguintes os presidentes do SPD a partir de 1945:

Kurt Schumacher (c) e Erich Ollenhauer (e) em foto de 1949Foto: DHM

Kurt Schumacher (1946 a 1952) foi responsável pela reconstituição da social-democracia na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial. Perdeu a eleição de chanceler federal para o democrata-cristão Konrad Adenauer. Schumacher presidiu o partido durante seis anos e meio, até sua morte em agosto de 1952.

Erich Ollenhauer (1952 a 1963) permaneceu no cargo durante mais de 11 anos até sua morte, tendo consolidado nesse período o papel do SPD como partido de oposição.

Willy BrandtFoto: dpa

Willy Brandt (1964 a 1987) foi o primeiro a conduzir os social-democratas ao governo no pós-guerra. Numa fase inicial, a partir de 1966, o SPD participou de uma grande coalizão com a União Democrata Cristã (CDU), tendo o democrata-cristão Kurt Kiesinger como chanceler federal. Em 1969 Brandt assumiu o governo, em coalizão com os liberais. Manteve-se na presidência do partido mesmo depois de ter renunciado ao cargo por causa do escândalo originado pelo espião alemão-oriental Günter Guillaume, e depois que o SPD perdeu a maioria no Parlamento, em 1982.

Hans-Jochen VogelFoto: AP

Hans-Jochen Vogel (1987 a 1991) tentou consolidar novamente o SPD na oposição. Não quis concorrer à chefia do governo em 1990, deixando a candidatura a chanceler federal para Oskar Lafontaine.

Björn Engholm (1991 a 1993) era visto como a nova esperança do partido, devendo reconduzir o SPD ao governo em 1994. No entanto, precisou renunciar antes da eleição à presidência do partido por causa de um escândalo em seu Estado, Schleswig-Holstein.

Rudolf Scharping (e) e Oskar LafontaineFoto: AP

Rudolf Scharping (1993 a 1995) foi o primeiro presidente do SPD a ser escolhido por meio de pesquisa de opinião entre os membros do partido, passando para trás Heidemarie Wieczorek-Zeul e até o atual chanceler federal, Gerhard Schröder. Perdeu por pouco a eleição parlamentar de 1994.

Oskar Lafontaine (1995 a 1999) derrubou Scharping numa convenção do partido, tendo arquitetado, juntamente com Schröder, a vitória do SPD na eleição de 1998. Apenas meio ano depois, renunciou a todos os cargos no governo e no partido, em função de divergências com Schröder.

Gerhard Schröder (1999 a 2004) assumiu o cargo vago, conciliando de novo, depois de muito tempo, as funções de chefe de governo e presidente do partido. Nos anos seguintes, porém, seus correligionários passaram a acusá-lo de relegar a segundo plano o trabalho no partido em favor das atividades governamentais. Em novembro de 2003, foi reeleito com apenas 80,8% dos votos, bem menos do que os 86,3% que obtivera em sua primeira eleição, em 1999.

Franz Muentefering (e) sucedu Gerhard Schröder na presidência do partidoFoto: AP

Franz Müntefering foi escolhido sucessor, em março de 2004, em função de sua fama de manter melhores relações com as bases partidárias. Após a derrota de seu candidato, Kajo Wasserhövel, para o cargo de secretário-geral, Müntefering anunciou em 31 de outubro de 2005 que não vai se candidatar à reeleição no convenção agendada para meados de novembro.